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Cemitério dos Pretos Novos celebra 250 anos com exposição

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O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), reconhecido como Patrimônio Cultural da Cidade do Rio de Janeiro, comemora no próximo dia 10 os 250 anos do sítio arqueológico do Cemitério dos Pretos Novos, um dos mais importantes vestígios da chegada dos africanos escravizados no Brasil, que funcionou entre 1774 e 1830, e também os 19 anos de existência do próprio IPN. A exposição Será o Benedito?, da artista visual Fátima Farkas, abre a programação comemorativa dos dois aniversários, com curadoria de Mauro Trindade.

O coordenador de Comunicação do IPN, Alexandre Nadai, informou à Agência Brasil que também no dia 10 haverá o lançamento de três livros, além do evento Samba no Museu e degustação de gastronomia afrobrasileira, com Tia Mara. 

As ações para festejar os dois aniversários, entretanto, ocorrem durante todo o ano. “São mais de mil circuitos históricos gratuitos de território de herança africana e mais de 43 oficinas online, também gratuitas, com temática afrocentrada”, informou Nadai. 

Um dos circuitos, por exemplo, tem por objeto quilombolas e povos de terreiro, enquanto uma das oficinas é dedicada à educação antirracista para professores. O IPN atende escolas públicas do estado. 

Estão previstas ainda mais quatro exposições, sendo a primeira de Isabelle Mesquita. As três restantes estão definindo a curadoria, informou Alexandre Nadai.

Descoberta

O Cemitério dos Pretos Novos foi descoberto em 1996 e tem o seu solo tombado. Ali foram enterrados entre 20 mil e 30 mil pretos novos, como eram chamados os escravos que morriam após a entrada dos navios na Baía de Guanabara ou imediatamente depois do desembarque, antes de serem vendidos. Ele funcionou de 1772 a 1830, no Valongo, faixa do litoral carioca que ia da Prainha à Gamboa, após ter operado no Largo de Santa Rita, próximo ao mercado de escravos recém-chegados.

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Segundo Alexandre Nadai, o Complexo do Valongo movimentou mais de 1 milhão de pessoas, das quais cerca de 400 mil eram mulheres, tratadas como mercadoria e, em consequência, como reprodutoras. Todas foram estupradas, disse Nadai.

O cemitério foi descoberto em 1996, pelo casal Merced e Petruccio Guimarães dos Anjos, quando compraram a casa onde funciona o instituto e iniciaram a reforma do imóvel. Em seguida, encontraram, nas escavações, ossadas humanas que confirmaram ser o local o cemitério de negros africanos.

A primeira ossada completa foi encontrada no Cemitério dos Pretos Novos depois de sete meses de escavações. As escavações ocorreram em uma área de 2 metros quadrados de um dos poços de observação do cemitério. Coordenado pelo arqueólogo Reinaldo Tavares, do Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o trabalho identificou que o esqueleto pertencia a uma mulher jovem, que morreu com cerca de 20 anos de idade, no início do século 19. O esqueleto encontrado no Cemitério dos Pretos Novos recebeu o nome de Josefina Bakhita, homenageando a primeira santa africana da igreja católica.

Exposição

A exposição Será o Benedito?, de Fátima Farkas, reúne cerca de 32 telas, que trazem à tona personagens marcantes das lutas raciais, muitos dos quais esquecidos em razão da herança racista e patriarcal. Fátima utiliza sua pintura expressiva para reconstruir a memória, utilizando retratos fotográficos de negros. Um deles é Benedito Caravelas (1805-1885), também conhecido como Benedito Meia-Légua, líder de grupos quilombolas que libertavam escravos no Nordeste e no Espírito Santo. A artista se inspira em fotografias antigas para dar vida a esses personagens históricos, como as de Alberto Henschel, fotógrafo teuto-brasileiro e um dos mais importantes da segunda metade do século 19, com atuação no Brasil. Considerado excelente retratista, recebeu o título de Fotógrafo da Casa Imperial. Além de fotografar o Imperador Dom Pedro II e sua família, Henschel fez registro fotográfico dos negros livres e escravos que viviam no país.

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Outros retratos incluem figuras como João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata; o escritor e abolicionista Luiz Gama; Nzinga (rainha de Ndongo e de Matamba); e o premiado arquiteto burquinês Diébédo Francis Kéré. Fátima Farkas denuncia também o apagamento histórico ao substituir rostos por vegetação ou por um vazio branco, representando o sumiço de corpos e vidas.

O curador da exposição, Mauro Trindade, destacou que a artista, além de revelar o processo de apagamento das pessoas, propõe, ao mesmo tempo, uma reelaboração da memória por meio da apropriação de retratos fotográficos de negros que recriam grandes personagens do passado e do presente. Será o Benedito? poderá ser visitada no Instituto Pretos Novos até 20 julho, de terça-feira a sexta-feira, das 10h às 16h e, aos sábados, de 10h às 13h.

Fonte: EBC GERAL

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Festa de Pentecostes emociona multidão de fieis no Taguaparque

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Festa de Pentecostes emociona multidão de fieis no Taguaparque
Agência Brasília

Festa de Pentecostes emociona multidão de fieis no Taguaparque

Um dos maiores eventos religiosos do Distrito Federal, a Festa de Pentecostes 2024 reuniu uma multidão de fieis e devotos neste domingo (19), no Taguaparque. O Governo do Distrito Federal (GDF) prestou apoio logístico ao evento que, neste ano, completou 25 anos de história. A celebração sempre acontece 50 dias após a Páscoa e tem o objetivo de relembrar a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos e seguidores de Jesus Cristo.

O governador Ibaneis Rocha e a primeira-dama Mayara Noronha Rocha prestigiaram a missa, celebrada pelo padre Moacir Anastácio. “É um final de semana de muita religiosidade. Começamos ontem em Planaltina com a festa do Divino Espírito Santo, e hoje estamos aqui em Pentecostes, uma celebração que já tem mais de 25 anos. Só temos a agradecer esse público maravilhoso que vem para louvar a Deus”, observou o chefe do Executivo, que, assim como os outros fieis, consagra uma vela ao Espírito Santo. “Ainda não precisei usá-la, mas se precisar eu tenho certeza que serei socorrido”, disse.

O padre Moacir Anastácio lembrou que a festa já passou por outras instalações desde a criação, em 1999, e se firmou no Taguaparque a partir de 2011. “É uma graça de Deus muito grande celebrar os 25 anos dessa festa. A gente começou em 1999 e, em todos os anos, fizemos uma linda festa com a ajuda de todos, com a ajuda do povo, de Deus, de Brasília, que é uma cidade abençoada”, compartilhou.

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Cerca de 1,5 mil pessoas trabalharam nos oito dias de evento. O representante da organização Flávio Camargo destacou que a preparação para a celebração começa já em janeiro e tem como suporte diversos órgãos do GDF. “Todos os segmentos se mobilizam para aumentar o número de ônibus, trazer água para o pessoal… A estrutura é montada para que a pessoa venha participar do evento, passe o dia inteiro aqui e não tenha nenhuma dificuldade”, afirmou.

Segundo Camargo, a celebração conquistou milhares de pessoas, que se deslocam de outras regiões até Taguatinga para aproveitar a data. “Na grande maioria, nosso público é católico, mas muitos cristãos de maneira geral vêm participar dessa festa, que entrou inclusive no calendário oficial de Taguatinga e é o maior evento paroquial que temos em Brasília”, disse.

Suporte

Para preparar o espaço, a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) executou uma série de manutenções, como reparos na cobertura, nas instalações elétricas e nos sistemas hidráulicos. Houve ainda roçagem e conserto de nove bocas de lobo e quatro poços de visita, além de reposição de lajes, tampões de concreto e ferro, meios-fios vazados e grelhas de ferro.

As forças de segurança do Distrito Federal atuaram de forma conjunta para garantir tranquilidade ao público e fluidez para o trânsito na região. A Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) reforçou o policiamento na região e trabalhou junto ao Departamento de Estradas de Rodagem (DER) na Estrada Parque Taguatinga (EPTG), na Estrada Parque Ceilândia (EPCL) e no Pistão Norte.

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Com 170 servidores à disposição, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran) esteve presente nas vias próximas ao Taguaparque. Já o trânsito na BR-070 ficou sob a responsabilidade da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio do DER no controle do trânsito nas proximidades do local e também nas rodovias próximas, como a DF-085 e a DF-095.

O Corpo de Bombeiros Militar do DF atuou na prevenção de incêndios e contou com equipes de militares especializados em atendimento pré-hospitalar, além de trabalhar em conjunto com a Secretaria de Saúde (SES-DF), por meio do Samu.

A SES-DF esteve presente no evento com a oferta de vacinas contra a gripe (influenza) para a população. O imunizante pode ser aplicado em bebês a partir dos 6 meses de idade, crianças, adolescentes, adultos e idosos.

A Administração Regional de Taguatinga e a Secretaria de Governo também apoiaram a festividade. O turismo religioso entrou para o escopo da política de turismo oficial do DF em janeiro deste ano, junto ao esportivo.

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Fonte: Nacional

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