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Medeiros propõe audiência pública para destravar projeto da Ferrogrão

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A Comissão de Viação e Transporte da Câmara Federal aprovou, na última quarta-feira (17), o requerimento do deputado federal José Medeiros (PODE) para realização de uma audiência pública para debater a implantação da Ferrogrão, seus benefícios para o país e a contribuição do Legislativo para dar mais celeridade no andamento do projeto. A previsão é que a audiência aconteça ainda este ano.

O projeto da ferrovia está paralisado desde março em função de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Atendendo um pedido do PSOL, o ministro do STF Alexandre de Moraes suspendeu a licitação da obra em função da Ferrogrão passar por cerca de 400 hectares de 1 milhão que compõem a reserva do Parque Nacional do Jamanxin (PA).

“Além de discutir a importância da Ferrogrão para Mato Grosso e o país, vamos promover um debate sobre os entraves jurídicos que paralisaram a licitação. Vamos convidar o ministro Alexandre de Moraes e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, na tentativa de buscar um consenso sobre o assunto. Com a audiência, o Congresso Nacional, especialmente os parlamentares de Mato Grosso e do Pará, quer contribuir com medidas legislativas para que essa ferrovia se torne realidade e o Brasil possa usufruir de seus benefícios”, frisa o deputado federal, que é membro da Comissão de Viação e Transporte.

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Medeiros, que é vice-líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal, informa que o Governo Federal, por meio do Ministério da Infraestrutura, já recorreu da decisão e espera autorização do STF para fazer a licitação da Ferrogrão, ferrovia que será o principal meio de escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja Centro-Oeste pelo Arco Norte do país, ligando Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA).

“A Ferrogrão é um dos principais projetos do Governo Federal. Ela vai substituir o transporte rodoviário e tornar o Brasil mais competitivo, reduzindo em quase R$ 20 bilhões o custo logístico da produção.  A expectativa do governo é de que a ferrovia, que tem pouco impacto ambiental, movimente 48,6 milhões de toneladas em 30 anos e gere cerca de 160 mil empregos direto e indireto”, destaca o parlamentar.

Ao defender a Ferrogrão, Medeiros lembra que existe um lobby para impedir a redução do frete com as ferroviais. “O lobby é grande para impedir a redução do frete e manter o monopólio, mas o governo Bolsonaro é o primeiro que vem enfrentando com coragem tudo isso e trabalhando efetivamente para melhorar o escoamento da produção de Mato Grosso e de outros estados. A Ferrogrão e FICO (Ferrovia de Integração do Centro-Oeste) vão provocar uma redução dos fretes rodoviários. Apesar disso, existem setores que estão tentando inviabilizar as ferrovias federais para manter o monopólio de empresas e impedir que o frete seja, de fato, reduzido. Precisamos unir forças e não desviar o foco. Para isso, contamos com o apoio do judiciário e da sociedade”.

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Cira bloqueia R$ 379 milhões de grupo do setor de etanol

O grupo acumula mais de R$ 470 milhões em débitos com o estado e a decisão judicial busca assegurar ressarcimento dos cofres públicos

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A empresa é investigada por montar um esquema de blindagem patrimonial e fraude estruturada para sonegar tributos

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira-MT) obteve na justiça o bloqueio de R$ 379,5 milhões em bens, imóveis e ativos financeiros de um grupo empresarial do setor de etanol. A empresa é investigada por montar um esquema de blindagem patrimonial e fraude estruturada para sonegar tributos.

A decisão judicial, que está sob segredo de justiça, busca assegurar com as medidas adotadas o ressarcimento dos cofres do estado. O grupo acumula mais de R$ 470 milhões em débitos com o Estado de Mato Grosso e cerca de R$ 639 milhões em obrigações fiscais federais.

As investigações foram realizadas pela Coordenadoria de Inteligência da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MT), que utilizou rastreamento financeiro, cruzamento de dados societários, análise de registros patrimoniais e transações imobiliárias. O trabalho revelou uma estrutura jurídica supostamente criada para dificultar a cobrança de tributos e atrapalhar as investigações.

“Essa é uma resposta firme do Estado contra estratégias ilegais de ocultação de patrimônio. A investigação mostrou que o grupo concentrava dívidas em uma única empresa operacional, enquanto o patrimônio era transferido para outras empresas do mesmo grupo, com o objetivo de esconder os bens. Esse tipo de fraude prejudica a justiça fiscal e a concorrência leal”, afirmou o coordenador de Inteligência da PGE-MT, procurador Wilmer Cysne Prado Vasconcelos Neto.

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O delegado titular da Delegacia Fazendária, Walter de Melo Fonseca Júnior, destacou que o grupo é considerado devedor contumaz. “Utilizava estruturas jurídicas para esconder patrimônio e evitar o cumprimento da lei. A atuação do Cira-MT mostra que o combate aos crimes contra a ordem tributária exige investigação financeira e enfrentamento de esquemas empresariais sofisticados. Esse resultado reforça o compromisso com a proteção do interesse público.”

A promotora de Justiça Anne Karine Louzich Hugueney Wiegert, Secretária-Geral do Cira-MT, destacou a relevância da atuação conjunta dos órgãos públicos no combate à sonegação fiscal. “Sem dúvida, essa estrutura de trabalho, por meio de um Comitê Interinstitucional, favorece a sinergia dos órgãos e instituições, e torna a recuperação de créditos fiscais de titularidade do Estado ainda mais eficaz. Nosso papel, enquanto comitê, é demonstrar que o Estado está preparado para enfrentar práticas que lesam os cofres públicos”, apontou.

O Cira-MT é formado por representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado (CGE), Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp/PJC-Defaz) e Secretaria de Fazenda (Sefaz). O Comitê atua no combate a grandes esquemas de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio.

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