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Custos do algodão em Mato Grosso disparam, mas Brasil deve bater recorde de produção em 2026

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O setor algodoeiro brasileiro vive um momento de contrastes. Enquanto os cotonicultores de Mato Grosso — maior estado produtor do país — enfrentam uma elevação significativa nos custos de produção, as estimativas nacionais apontam para um novo recorde na safra 2025/26, consolidando o Brasil como potência global na fibra.

Custos em Mato Grosso sobem mais de 12%

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o custo de produção do algodão em Mato Grosso foi estimado em R$ 10.776,94 por hectare em agosto, alta de 12,27% em relação ao ciclo anterior.

A variação mensal também registrou crescimento, de 0,56% sobre julho, impulsionada principalmente pelo aumento nos preços de defensivos agrícolas (+0,65%) e fertilizantes e corretivos (+0,47%).

Outro fator de pressão foi o custo de pós-produção, que mais que dobrou, com alta de 104,90%, tornando-se um dos principais desafios para a rentabilidade do produtor.

Com isso, o Custo Operacional Efetivo (COE) alcançou R$ 15.407,20/ha, o maior desde a safra 2022/23, representando elevação de 17,69% frente ao ciclo anterior.

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Ponto de equilíbrio preocupa produtores

O Imea também chama atenção para a queda no ponto de equilíbrio da atividade. Em setembro, a paridade de preços para julho de 2026 caiu 1,36%, sendo precificada em R$ 128,66/@, valor inferior ao COE, o que aumenta o alerta para a necessidade de planejamento estratégico por parte dos cotonicultores.

Brasil deve colher safra recorde em 2025/26

Apesar do aumento dos custos, a produção nacional de algodão segue em trajetória de expansão. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Brasil deve colher 4,09 milhões de toneladas de pluma na safra 2025/26, novo recorde histórico.

A área cultivada está estimada em 2,16 milhões de hectares, crescimento de 3,54% em relação à temporada anterior, com destaque para a Bahia, que deve ampliar em 35 mil hectares sua área destinada ao algodão, consolidando-se como segundo maior produtor do país.

Produtividade recua, mas volume compensa

Apesar da expansão da área, a produtividade média deve cair 2,74%, passando de 312,58 @/ha para 304,00 @/ha, interrompendo uma sequência de recordes. Ainda assim, o volume total de algodão em caroço deve chegar a 9,85 milhões de toneladas, alta de 0,70%.

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O desempenho reforça a importância estratégica do Brasil no fornecimento da fibra para o mercado global, mesmo em meio a desafios climáticos, logísticos e de custos.

Safra anterior quase concluída

O levantamento do Imea indica que a safra 2024/25 já está praticamente finalizada, com 99,90% da área colhida até 19 de setembro. A conclusão da colheita abre caminho para o preparo da nova temporada, em que o país deve confirmar mais uma vez sua resiliência e protagonismo no agronegócio mundial.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Copom mantém Selic em 15% “por período prolongado” e reforça cautela diante da inflação

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O Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu, na última semana, manter a taxa básica de juros da economia (Selic) em 15% ao ano. A decisão foi detalhada na ata da reunião realizada nos dias 16 e 17 de setembro, divulgada na terça-feira (23/09).

Segundo o documento, após um ciclo de “firme elevação de juros”, o Comitê optou por interromper os aumentos e avaliar os efeitos acumulados. A intenção é manter a taxa atual “por período bastante prolongado”, garantindo o cumprimento da meta de inflação.

“O cenário atual, marcado por elevada incerteza, exige cautela na condução da política monetária. O Comitê seguirá vigilante e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso julgue apropriado”, afirma a ata.

Cenário econômico externo e interno influencia decisão

O Copom destacou fatores externos, como a conjuntura econômica dos Estados Unidos e tarifas aplicadas pelo país, que têm impacto significativo nos preços e no comércio internacional.

“Sobressai o debate sobre o início do ciclo de cortes pelo Federal Reserve e o ritmo de crescimento norte-americano, ao mesmo tempo em que persistem dúvidas sobre o impacto das tarifas sobre a inflação nos EUA. Riscos de longo prazo, como elevação de gastos fiscais, permanecem presentes”, aponta a ata.

Internamente, o Comitê observou moderação no crescimento econômico doméstico, com estímulos fiscais e de crédito ainda sem efeitos relevantes. Pesquisas setoriais e dados de consumo indicam uma redução gradual do ritmo de expansão da economia.

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Inflação acima da meta mantém atenção do Copom

As expectativas de inflação seguem acima da meta, segundo diferentes instrumentos e grupos de agentes, reforçando o cenário adverso para os preços.

“O Comitê inicia um novo estágio em que opta por manter a Selic inalterada e avaliar se essa estratégia, mantida por período prolongado, será suficiente para a convergência da inflação à meta”, diz a ata.

Projeções do Banco Central para 2025 e 2026

A Selic é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. Taxas mais altas encarecem o crédito e estimulam a poupança, freando a atividade econômica e reduzindo pressões inflacionárias. Por outro lado, cortes na Selic tornam o crédito mais barato e podem estimular consumo e produção, mas elevam os riscos inflacionários.

O Copom projeta que a inflação medida pelo IPCA feche 2025 em 4,8%, acima da faixa de tolerância de 1,5% a 4,5%, enquanto para 2026 a estimativa é de 3,6%, reduzindo-se para 3,4% no primeiro trimestre de 2027, mais próxima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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