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Desempenho da cadeia da soja e do biodiesel recua em 2024, apesar de avanços na agroindústria

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Avanços no setor industrial impulsionam resultados antes e depois da porteira

A cadeia produtiva da soja e do biodiesel registrou, em 2024, crescimento nos setores ligados à agroindústria e à indústria de insumos. De acordo com estudo realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais), a indústria de insumos teve alta de 3,98%, enquanto a agroindústria avançou 2,81%. Este último desempenho foi puxado, principalmente, pela expressiva alta de 20,45% na indústria de biodiesel.

PIB da cadeia sofre queda, mesmo com desempenho industrial positivo

Apesar dos resultados positivos nos setores industriais, o Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia da soja e do biodiesel recuou 5,03% em 2024, na comparação com o ano anterior. A retração foi motivada pela quebra da safra de soja, que comprometeu a produção agrícola e reduziu a demanda por agrosserviços. Ainda assim, pesquisadores do Cepea e da Abiove destacam que o recuo acontece após um crescimento expressivo de 23% registrado em 2023, o que faz de 2024 o segundo melhor resultado histórico da cadeia em termos de valor agregado.

Renda real tem leve queda, mas permanece acima do patamar pré-pandemia

A renda real da cadeia produtiva registrou importante recuperação nos últimos meses de 2024, impulsionada pela valorização dos preços da soja em grão, do óleo de soja e do biodiesel. Mesmo assim, o PIB-renda da cadeia caiu 3,27%, somando R$ 650,4 bilhões em 2024, ante os R$ 672,4 bilhões de 2023. O montante, no entanto, permanece acima do registrado antes da pandemia, evidenciando a resiliência do setor.

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Participação expressiva no PIB nacional e no agronegócio

Em 2024, a cadeia da soja e do biodiesel representou 23,8% do PIB do agronegócio brasileiro e 5,5% do PIB nacional. O estudo também revela que, considerando os valores gerados por tonelada, a soja processada agregou muito mais valor do que a exportada in natura: o PIB por tonelada de soja produzida e processada foi de R$ 8.108, enquanto o da soja exportada diretamente foi de apenas R$ 1.738 — ou seja, 4,67 vezes menor.

Mercado de trabalho: queda geral, mas avanço na agroindústria

O número de pessoas ocupadas na cadeia produtiva da soja e do biodiesel caiu 3,2% em 2024, totalizando 2,26 milhões de trabalhadores. A retração ocorreu, principalmente, nos segmentos de agrosserviços e no setor primário (produção de soja). Em contrapartida, a agroindústria da soja apresentou crescimento de 20,71% na ocupação, refletindo a ampliação das atividades de processamento, fabricação de rações e produção de biodiesel.

Apesar de o setor de agrosserviços ainda ser o maior em número de trabalhadores, ele sofreu uma queda de 4,98% em 2024. A retração está diretamente relacionada à quebra da safra, que reduziu a demanda por serviços, parcialmente compensada pelo aumento nas atividades industriais. Um ponto positivo observado foi o aumento no número de profissionais com ensino superior, especialmente nos segmentos industriais e de produção, o que sinaliza uma tendência de maior qualificação da mão de obra na cadeia.

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Comércio exterior: volume menor e forte retração em valor

As exportações da cadeia da soja e do biodiesel somaram 124,1 milhões de toneladas em 2024, uma queda de 2,54% em relação ao ano anterior. Em valor, as exportações caíram 19,69%, totalizando US$ 54,25 bilhões. A retração foi influenciada pela menor produção interna e pela redução de 17,6% nos preços internacionais, reflexo do aumento da oferta global da oleaginosa.

A China manteve-se como principal destino das exportações da cadeia, respondendo por 59% do volume total, mesmo com leve recuo de 2,56% em relação a 2023. A soja em grão liderou os embarques para o país asiático (73,4%), seguida pelo glicerol (78,7%). Já o óleo de soja teve quase 80% do volume destinado a “outros países”, com destaque para a Índia. O farelo de soja foi majoritariamente exportado para a União Europeia (42,9%), Sudeste Asiático (32,4%), Oriente Médio (12,4%) e Leste Asiático (7,9%).

Importações sobem fortemente por escassez interna

As importações da cadeia produtiva cresceram 338,09% em volume no ano, impulsionadas pela baixa disponibilidade de soja comercializável no mercado interno. Esse aumento reflete a busca por manter as operações industriais em níveis satisfatórios diante da quebra na safra nacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Ministro Fávaro se reúne com autoridades agrícolas na China

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O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, se reuniu nesta segunda-feira (12), em Pequim, com a ministra da Administração-Geral de Aduanas (GACC), Sun Meijun, e, na sequência, com o ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Han Jun.

As reuniões bilaterais fazem parte da missão oficial do ministro ao país asiático e reforçam o compromisso do governo brasileiro em ampliar o diálogo técnico com a China, principal parceiro do Brasil no comércio agropecuário.

Entre os temas tratados, estiveram em pauta a proposta de uma nova parceria agrícola entre os dois países, a cooperação em segurança alimentar e a possível retirada da suspensão chinesa às exportações do Rio Grande do Sul, em razão da doença de Newcastle ocorrida em julho de 2024.

“O Brasil e a China mantêm uma relação de confiança, respeito e amizade. Temos dialogado para que essa parceria continue avançando e gerando novas oportunidades para o agro brasileiro”, destacou o ministro Carlos Fávaro.

Informação à imprensa
[email protected]

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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