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Exportações de Café do Espírito Santo para a União Europeia Duplicam em 2024
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As exportações do complexo cafeeiro do Espírito Santo para a União Europeia registraram um crescimento significativo em 2024. O volume de embarques, que inclui café cru em grãos, café solúvem e café torrado/moído, passou de 1,6 milhão de sacas em 2023 para quase 4,1 milhões de sacas no ano seguinte, um aumento de 150%, equivalente a um acréscimo de 2,4 milhões de sacas.
Desse total, aproximadamente 3,95 milhões de sacas corresponderam ao café cru em grãos, enquanto 107,7 mil sacas foram de café solúvem. Com esse desempenho, 2024 tornou-se o ano de maior volume de exportação do produto para a União Europeia na série histórica.
O bloco europeu ampliou sua participação na destinação do café capixaba. Em 2023, representava 26,2% do volume total exportado pelo estado; em 2024, essa fatia subiu para 40,3%, evidenciando o aumento da demanda europeia.
Receita triplica com crescimento da demanda europeia
O expressivo crescimento no volume exportado também refletiu na receita gerada. O valor das exportações de café do Espírito Santo para a União Europeia triplicou, passando de US$ 260,1 milhões em 2023 para US$ 852,6 milhões em 2024. Isso representa um acréscimo de US$ 592,5 milhões no período, consolidando a Europa como um dos principais destinos do café capixaba.
O secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Enio Bergoli, destacou que esse avanço é resultado de fatores internos e externos. “Os investimentos em tecnologia e a capacitação dos produtores elevaram a qualidade do café capixaba, especialmente o conilon. Além disso, a quebra de safra no Vietnã, os conflitos internacionais e a busca por café sustentável impulsionaram esse crescimento. Nosso planejamento estratégico e o programa de cafeicultura sustentável posicionam o Espírito Santo como referência global”, afirmou.
Fatores globais e estratégias impulsionam setor cafeeiro
O aumento das exportações é resultado de uma combinação de fatores. Internamente, o aprimoramento da qualidade do café capixaba, especialmente do conilon, decorre de investimentos em tecnologia e capacitação dos produtores. No mercado global, a oferta reduzida de café devido a problemas climáticos em países concorrentes, somada aos atrasos nas exportações do Vietnã, contribuiu para a valorização do produto brasileiro.
Outro aspecto relevante foi a implementação do Regulamento Europeu de Commodities Livres de Desmatamento (EUDR), que gerou incertezas no mercado e incentivou os importadores a buscar fornecedores alinhados às novas diretrizes ambientais. O Espírito Santo, com seu programa de cafeicultura sustentável, consolidou-se como um fornecedor confiável e alinhado às exigências europeias.
O presidente do Centro de Comércio de Café de Vitória (CCCV), Fabrício Tristão, ressaltou a competitividade do café capixaba no cenário global. “Houve uma ampliação da oferta de cafés certificados do Espírito Santo e uma antecipação de compras devido à previsão de implementação do EUDR em dezembro de 2024, o que acabou não ocorrendo”, afirmou.
Destaque para a Bélgica como principal destino
Entre os principais destinos do café capixaba dentro da União Europeia, a Bélgica liderou o crescimento, registrando um aumento de 134% no volume importado. As exportações para o país passaram de 464,3 mil sacas em 2023 para quase 1,1 milhão de sacas em 2024. O valor exportado também cresceu substancialmente, de US$ 68,5 milhões para US$ 226,6 milhões.
A Alemanha também apresentou um desempenho expressivo, saindo de 294,9 mil sacas em 2023 para quase 894 mil sacas em 2024, com o valor das divisas saltando de US$ 48,2 milhões para US$ 192,4 milhões. A Itália ocupou a terceira posição, com um aumento de 316,4 mil para 857,3 mil sacas, enquanto o valor exportado subiu de US$ 51,2 milhões para US$ 175,1 milhões.
Outro mercado relevante foi a Espanha, que ampliou suas importações de 195,6 mil para 539,4 mil sacas, com o valor das exportações crescendo de US$ 30 milhões para US$ 107,4 milhões.
Além desses quatro países, outros seis da União Europeia também figuram entre os principais destinos do café capixaba: Países Baixos, Polônia, Grécia, Estônia, França e Croácia. Ao todo, o bloco europeu foi responsável por 40,3% das exportações do complexo cafeeiro capixaba em 2024.
Os dados reforçam a crescente demanda pelo café capixaba no mercado europeu, criando novas oportunidades para os produtores locais. O cenário favorável exige a continuidade dos investimentos em qualidade e promoção do produto, garantindo a consolidação do Espírito Santo como um dos principais fornecedores de café para o exigente mercado europeu.
Fonte: Gerência de Dados e Análises da Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), a partir de dados do Comexstat/Mdic e Agrostat/Mapa.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio

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Exportações de Frutas Brasileiras Crescem 49% em Volume nos Últimos Dez Anos

As exportações de frutas frescas e secas pelo Brasil registraram um aumento de 49% em volume nos últimos dez anos, de acordo com dados do Agrostat – Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em 2014, o País exportou 733,2 milhões de toneladas de frutas, enquanto em 2024 esse número subiu para 1,1 bilhão de toneladas.
Embora o crescimento das exportações de frutas seja inferior ao total das exportações do agronegócio, o volume alcançado sublinha a relevância da fruticultura para a economia brasileira, setor este que, em grande parte, é baseado na produção familiar e é responsável por gerar empregos, agregar valor aos produtos e diversificar a economia agrícola.
No total, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 87% em volume, passando de 140,8 bilhões de toneladas em 2014 para 264,2 bilhões no ano passado. “As frutas têm grande relevância para o agronegócio e para a agricultura brasileira. Embora a maior parte da produção seja consumida internamente, as exportações destacam a importância dos fruticultores no competitivo mercado global”, afirma Renato Francischelli, Country Director da Ascenza Brasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil ocupa a terceira posição mundial na produção de frutas, com 2,5 milhões de hectares plantados e cerca de 5 milhões de empregos gerados. Em 2023, a produção brasileira foi de 43 bilhões de toneladas, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Em termos financeiros, a exportação de frutas gerou US$ 1,3 bilhão para o Brasil em 2024, comparado a US$ 840,8 milhões em 2014. No mesmo período, o total das exportações do agronegócio brasileiro somou US$ 164,4 bilhões, um aumento substancial em relação aos US$ 140,8 bilhões de dez anos atrás.
As frutas frescas mais exportadas foram manga, limão e lima, melão, mamão e melancia. No entanto, culturas como banana, maçã e uva sofreram impactos negativos devido a condições climáticas adversas, resultando em desempenhos menos satisfatórios. Além do clima, fatores como a burocracia na abertura de novos mercados, a taxação e as exigências de segurança fitossanitária também têm dificultado o crescimento das exportações, segundo a Abrafrutas.
Os principais destinos das frutas brasileiras no exterior foram os Países Baixos, com 37% das exportações, seguidos por Reino Unido (15%), Estados Unidos (13%) e Espanha (10%). Na América do Sul, a Argentina respondeu por 3,3% das exportações em 2024.
A exportação tem se mostrado um fator importante para os fruticultores, pois aumenta a demanda e fortalece a economia local. Além disso, proporciona diversificação nas vendas ao exterior, garantindo oferta contínua de produtos durante o ano todo. O Brasil tem se consolidado como um importante player no agronegócio global, ampliando sua presença nos mercados internacionais e reforçando sua imagem como exportador de produtos de alta qualidade.
Muitas das frutas exportadas provêm de pequenos e médios produtores que, com práticas sustentáveis, recebem incentivos para manter elevados padrões de qualidade. Para 2025, espera-se que as exportações de frutas sigam em expansão, impulsionadas pela valorização do dólar e pela recuperação de algumas culturas.
O Cepea destaca que os principais desafios do setor incluem a necessidade de agregar valor aos produtos e adotar tecnologias para mitigar os impactos das condições climáticas adversas. Além disso, a Abrafrutas está fortalecendo sua parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para expandir as exportações, com ações estratégicas voltadas para consolidar a presença do Brasil no mercado internacional de frutas. O objetivo é aumentar o volume das exportações e ampliar a base de clientes, reforçando a competitividade do País no mercado global e destacando seus produtos como referência em qualidade e inovação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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