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Mercado de frango mantém estabilidade com oferta ajustada e consumo aquecido no fim do ano
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O mercado brasileiro de carne de frango apresentou estabilidade nas cotações ao longo da semana, tanto no segmento de aves vivas quanto no atacado. Segundo análise de Fernando Iglesias, especialista da Safras & Mercado, o cenário é resultado de um equilíbrio entre oferta e demanda, aliado a um escoamento consistente da produção ao longo da cadeia.
O analista destacou ainda que não há, por enquanto, perspectivas concretas de reabertura do mercado chinês, o que mantém o foco do setor nas exportações para outros destinos e no consumo interno, impulsionado pela chegada do fim de ano.
Oferta ajustada e melhora nas exportações dão sustentação ao mercado
De acordo com Iglesias, os preços no atacado permaneceram estáveis durante a última semana, reforçando o cenário de equilíbrio entre produção e demanda. “As exportações estão em trajetória de melhora, o que ajuda a reduzir a disponibilidade doméstica e contribui positivamente para a sustentação das cotações”, avaliou.
Além disso, fatores sazonais devem favorecer o consumo no mercado interno. O analista explica que a entrada da massa salarial, impulsionada pelo pagamento do 13º salário, contratações temporárias e festividades de fim de ano, tende a aumentar a demanda por carne de frango neste último bimestre.
Preços estáveis nos principais polos de comercialização
Levantamento semanal da Safras & Mercado aponta que os preços dos cortes congelados e resfriados mantiveram-se inalterados em São Paulo.
No atacado:
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- Peito: R$ 11,00/kg
- Coxa: R$ 8,10/kg
- Asa: R$ 11,10/kg
- Na distribuição:
- Peito: R$ 11,20/kg
- Coxa: R$ 8,30/kg
- Asa: R$ 11,30/kg
Para os cortes resfriados, os valores também seguiram estáveis:
- Peito: R$ 11,10/kg (atacado) e R$ 11,30/kg (distribuição)
- Coxa: R$ 8,20/kg (atacado) e R$ 8,40/kg (distribuição)
- Asa: R$ 11,20/kg (atacado) e R$ 11,40/kg (distribuição)
Cotações regionais seguem sem grandes variações
Nas principais praças de comercialização, os preços do frango vivo se mantiveram estáveis:
- Minas Gerais: R$ 5,60/kg
- São Paulo: R$ 6,40/kg
- Santa Catarina (integração): R$ 4,75/kg
- Oeste do Paraná (integração): R$ 4,90/kg
- Rio Grande do Sul (integração): R$ 4,75/kg
- Mato Grosso do Sul e Goiás: R$ 5,55/kg
- Distrito Federal: R$ 5,60/kg
Já nas regiões Norte e Nordeste, houve pequenas altas:
- Pernambuco: de R$ 8,00 para R$ 8,30/kg
- Ceará: de R$ 8,30 para R$ 8,60/kg
- Pará: de R$ 8,50 para R$ 8,70/kg
Exportações avançam e reduzem oferta doméstica
As exportações brasileiras de carne de aves e miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, renderam US$ 794,1 milhões em outubro (22 dias úteis), conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).
O país embarcou 474,0 mil toneladas, com média diária de 21,5 mil toneladas. O preço médio da tonelada exportada foi de US$ 1.675,40.
Na comparação com outubro de 2024, houve queda de 4,1% no valor médio diário, alta de 9,1% na quantidade exportada e redução de 12,1% no preço médio.
Perspectivas positivas para o fim do ano
Com o consumo doméstico fortalecido pelo ciclo de fim de ano e exportações em ritmo mais firme, o setor avícola deve encerrar 2025 em um cenário de estabilidade e rentabilidade moderada.
Analistas avaliam que o equilíbrio entre produção, exportações e demanda interna deve garantir sustentação aos preços, mesmo sem a retomada imediata das compras chinesas.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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Brasil compartilha experiências em economia circular e sistemas integrados de produção durante a COP30
As soluções que unem produtividade, conservação ambiental e inclusão dos pequenos produtores foram tema do painel internacional “Circularity in Integrated Production Systems: Case Studies from South America and Europe”, realizado nesta quarta-feira (12), na COP30, em Belém (PA). Promovido pelo James Hutton Institute (JHI), o encontro reuniu representantes do Brasil, Uruguai, Argentina, Alemanha, Holanda, Itália e Reino Unido para discutir experiências em economia circular e sistemas integrados de produção.
Representando o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Clecivaldo de Sousa Ribeiro, diretor do Departamento de Desenvolvimento das Cadeias Produtivas e de Indicações Geográficas, destacou as ações do Brasil voltadas à sustentabilidade e à valorização dos pequenos produtores rurais.
“O Mapa tem um protagonismo muito grande nesse tema, com o Plano ABC+, que orienta a agricultura de baixa emissão de carbono, e com a Plataforma Brasil Mais Sustentável, que fomenta o uso de práticas sustentáveis e a qualificação das propriedades rurais, com foco nas exportações de produtos de origem responsável”, afirmou Clecivaldo Ribeiro.
Durante o painel, foram comparadas as experiências brasileiras e escocesas em sistemas integrados de produção, como a Integração Lavoura-Pecuária (ILP), a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e os Sistemas Agroflorestais (SAFs). Esses modelos, além de promoverem eficiência produtiva, contribuem para a redução das emissões e a diversificação econômica no campo.
“Enquanto o grande produtor já tem estrutura para adotar a ILP e a ILPF, o pequeno produtor precisa de apoio técnico e financeiro para adaptar esses sistemas à sua realidade. É isso que temos buscado fomentar com políticas públicas e cooperação internacional”, explicou Ribeiro.
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