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MT : Colheita da soja atrasada pela chuva e frio pode pegar milho tardio

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O excesso de chuva no Centro-Norte do Brasil está dando condições para o surgimento de focos de ferrugem asiática, além de prejudicar o escoamento da soja colhida. A situação é mais complicada no Pará, onde a chuva associada às estradas não pavimentadas dificulta o transporte de alguns produtos, como o leite, que precisa ser deslocado com rapidez e frequência das fazendas.

Para os próximos dias, a meteorologia ainda prevê muita chuva em Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Pará e parte do Matopiba. Em alguns locais, o volume previsto é de 100 milímetros .

Somente entre os dias 22 a 27 de fevereiro, as chuvas tendem a dar uma trégua, mas, mesmo assim, não quer dizer tempo completamente seco. “Situação ideal para a colheita não temos, mas existem sim janelas mais favoráveis em que o acumulado diário não passa de 10 milímetros, o problema continua sendo o solo encharcado em algumas áreas e o surgimento de fungos”, diz Celso Oliveira, da Somar Meteorologia.

  • Previsão indica sexta-feira com chuva e temperaturas mais baixas
  • Previsão do tempo alerta para outono mais úmido e primavera mais seca
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Enquanto isso, no Sul, o destaque tem sido o frio fora de época. Em São Joaquim, uma fina camada de gelo cobriu as plantas, deixando as folhas rasteiras congeladas. Urupema, na serra catarinense, registrou a menor temperatura desta quinta-feira: apenas 2,8 ºC. O normal é termos mínimas em torno dos 14 ºC em fevereiro. Em General Carneiro, no Paraná, a mínima foi de 5,6 ºC, a mais baixa para um mês de fevereiro em 20 anos. O grande responsável pelo frio tardio no sul é o La Niña que deve continuar até meados da primavera.

A continuidade do La Niña até a primavera pode trazer ondas de frio precoces entre abril e maio e prejudicar o milho segunda safra no Paraná que já tem atrasos no plantio. A janela ideal para finalizar o plantio no Paraná é 20 de fevereiro, caso contrário o grão sofre mais com os riscos climáticos como falta de chuva e geadas.

“Por enquanto tem frio previsto no início de abril, mas sem geada. No início de maio, tem outra onda de frio prevista que pode trazer mais riscos na região de Palmas, Paraná, mas precisamos monitorar”, finaliza Oliveira.

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FPA diz que programa Terra da Gente, do governo, aumenta a insegurança no campo

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O governo federal lançou um decreto polêmico, que tem levado insegurança ao campo. O objetivo, segundo o governo, é revitalizar a política de reforma agrária no Brasil. O Decreto nº 11.995, de 15 de abril de 2024, introduz o programa “Terra da Gente”, que pretende agilizar a aquisição de terras para distribuição aos beneficiários de políticas públicas de regularização fundiária, incluindo comunidades quilombolas e outros grupos tradicionais. No entanto, a medida suscitou debates acalorados e críticas por parte de representantes do setor agropecuário, que veem a ação como uma ameaça à segurança jurídica e ao direito de propriedade.

O programa delineia várias formas de obtenção de terras, como desapropriação por interesse social, expropriação em casos de trabalho análogo à escravidão e arrematação judicial de imóveis rurais. Essas modalidades estão alinhadas com esforços anteriores do governo para garantir o cumprimento da função social da propriedade.

Pedro Lupion, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), destacou a necessidade de proteção ao direito de propriedade e expressou preocupação com o recente aumento das invasões de terras, principalmente durante o período conhecido como “Abril Vermelho”. Lupion criticou o que ele descreve como uma conivência entre membros do governo e grupos de movimentos sociais rurais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que têm participado ativamente de tais invasões.

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Em resposta, o governo argumenta que o “Terra da Gente” é uma ferramenta crucial para combater a desigualdade no acesso à terra no Brasil. O programa também contempla diretrizes específicas para garantir que apenas terras que não cumprem sua função social sejam consideradas para desapropriação, conforme determinado por recentes decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).

Além disso, a legislação em torno das desapropriações gerou um debate legal significativo. Especialistas apontam que o decreto pode estar em desacordo com a Constituição Federal, que exige que desapropriações sejam regulamentadas por lei, não por decreto. Esse ponto é particularmente sensível, uma vez que envolve a interpretação de cláusulas pétreas da Constituição relacionadas à propriedade produtiva e sua função social.

De acordo com o presidente da FPA, o setor produtivo está preocupado com o decreto que pode trazer insegurança jurídica e promover a relativização do direito de propriedade, enfatizando que a regulamentação de procedimentos para desapropriação deve ser feita por lei, não por decreto.

O presidente da FPA destacou a importância de proteger a população rural e o direito de propriedade, salientando que o decreto recentemente publicado apresenta pontos que acentuam a insegurança jurídica e afrontam garantias fundamentais asseguradas pela Constituição Federal. Nesse sentido, a Frente Parlamentar busca soluções para garantir a segurança e o desenvolvimento do campo brasileiro, enfrentando os desafios decorrentes das invasões de terras e das mudanças nos programas de apoio à agricultura.

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Fonte: Pensar Agro

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