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Preço do leite recua em julho com oferta acima da demanda, aponta Cepea
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O levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, mostra que o leite captado em julho foi negociado, em média, a R$ 2,6236 por litro na “Média Brasil”. O valor representa queda de 1,16% frente a junho de 2025 e recuo de 8,42% em relação a julho de 2024, em termos reais, considerando o IPCA de julho.
Segundo os pesquisadores, a desvalorização é reflexo do aumento da produção e da dificuldade do mercado em absorver a maior oferta.
Derivados lácteos também enfrentam pressão
O enfraquecimento da demanda por leite cru e derivados resultou em estoques elevados e pressionou as cotações do queijo muçarela e do leite em pó em agosto.
No caso do leite UHT, os preços permaneceram praticamente estáveis, sustentados pelo consumo mais aquecido por parte do consumidor final.
Comércio exterior: importações e exportações recuam em agosto
As importações de lácteos caíram 6,73% de julho para agosto, somando 165,11 milhões de litros em equivalente leite, segundo dados da Secex compilados pelo Cepea.
As exportações também tiveram retração, de 4,33%, chegando a 5,34 milhões de litros. Com isso, o déficit da balança comercial do setor caiu 6,8%, totalizando 159,77 milhões de litros.
Em valores financeiros, o desequilíbrio diminuiu 5,9%, fechando em US$ 71,83 milhões. Na comparação anual, houve queda de 12,11% nas importações e avanço de 25,89% nas exportações, em relação a agosto de 2024.
Custos de produção recuam em agosto
Os custos da pecuária leiteira também registraram queda em agosto. O Custo Operacional Efetivo (COE) recuou 0,38% na “Média Brasil”.
O comportamento, no entanto, foi diferente entre os estados: houve alta em São Paulo e Paraná, enquanto Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Goiás, Santa Catarina e Bahia registraram retração.
Na nutrição animal, os preços das rações caíram 1,02%, aliviando os custos de produção.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio

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Dia de Campo da Embrapa destaca protagonismo da piscicultura de espécies nativas no Tocantins

O Tocantins se consolida como polo estratégico da aquicultura nacional, com destaque para a produção e exportação de alevinos de espécies nativas, principalmente o Tambaqui. Um Dia de Campo promovido pela Embrapa, em parceria com a ADM, reforçou o potencial econômico e ambiental do setor e os avanços da pesquisa científica voltada à sustentabilidade da piscicultura.
Tocantins lidera produção e exportação de peixes nativos
Segundo a Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), o Tocantins produziu 18.100 toneladas de pescados em 2024, sendo 17.400 toneladas de espécies nativas, um aumento de 1,54% em relação ao ano anterior. O Tambaqui representa 48,5% da produção aquícola estadual, de acordo com o Ruraltins (Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins), consolidando o estado como líder nacional na exportação de alevinos nativos para as regiões Centro-Oeste e Norte.
Pesquisa foca em eficiência produtiva e sustentabilidade
O Dia de Campo, realizado em 20 de agosto, apresentou resultados de pesquisas iniciadas em março de 2024, que analisaram o desempenho de Tambaqui e Tambatinga (híbrido entre Tambaqui e Pirapitinga) em diferentes fases de cultivo. O estudo avaliou:
- Crescimento e rendimento zootécnico;
- Qualidade da carne, incluindo coloração e textura;
- Aptidão reprodutiva e resistência sanitária;
- Planos alimentares elaborados com soluções do portfólio completo da ADM para aquicultura.
Ricardo Garcia, gerente de aquacultura da ADM, destacou:
“A nutrição é um dos pilares fundamentais para a melhor expressão da genética, da saúde e dos índices zootécnicos. Estamos satisfeitos em apoiar este projeto da Embrapa.”
Resultados mostram vantagens e estratégias para produtores
Os pesquisadores observaram que o Tambaqui alcança até 1,5 kg mais rapidamente, reduzindo o tempo para engorda e permitindo maior retorno financeiro por ciclo, mesmo com consumo de ração superior ao híbrido. Por outro lado, o Tambatinga se mostrou eficiente para otimizar custos, consumindo menos ração para o mesmo ganho de peso.
Luciana Shiotsuki, da Embrapa Pesca e Aquicultura, ressaltou:
“A escolha entre as espécies deve considerar a demanda do mercado regional. Ciência, inovação e conservação ambiental podem caminhar juntas para gerar renda, competitividade e oportunidades para toda a cadeia aquícola brasileira.”
Tocantins reforça liderança e inovação no setor aquícola
O Dia de Campo reforçou o protagonismo do Tocantins na aquicultura nacional e evidenciou o potencial da piscicultura de espécies nativas para aliar preservação ambiental, inovação científica e geração de renda na região. Ricardo Garcia complementou:
“Os resultados demonstram o grande potencial econômico e ambiental da piscicultura de espécies nativas para o Brasil.”
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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