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Produção Mundial de Café para o Ano-Cafeeiro 2024-2025 é Estimada em 174,9 Milhões de Sacas
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A produção mundial de café para o ano-cafeeiro 2024-2025, que abrange o período de julho a junho, foi estimada em 174,9 milhões de sacas de 60kg. Este total inclui 97,8 milhões de sacas de Coffea arabica (café arábica), representando cerca de 56% da produção global, e 77 milhões de sacas de Coffea canephora (robusta e conilon), que correspondem a 44% do volume total.
Ao analisar os três maiores produtores de café do mundo – Brasil, Vietnã e Colômbia – observa-se que, juntos, esses países respondem por 94,81 milhões de sacas de café, o que representa aproximadamente 54,2% da produção mundial. Os demais países produtores completam os 45,8% restantes, com um total de 80,09 milhões de sacas.
No caso específico do Brasil, maior produtor mundial de café, a safra total estimada para 2024-2025 foi calculada em 51,81 milhões de sacas, o que corresponde a cerca de 29,62% da produção global. Dentro desse total, a produção de Coffea arabica é estimada em 34,68 milhões de sacas, representando aproximadamente 35,5% da produção mundial dessa espécie. Já a produção de Coffea canephora no Brasil foi estimada em 17,13 milhões de sacas, o que equivale a 22,25% da safra global dessa variedade.
O Vietnã, segundo maior produtor de café do mundo, terá uma safra estimada de 30,1 milhões de sacas, representando 17,2% da produção mundial. Deste volume, apenas 1,1 milhão de sacas serão de Coffea arabica, o que representa cerca de 1,12% da produção global dessa espécie. Já a produção de Coffea canephora no Vietnã é estimada em 29 milhões de sacas, o que representa 37,7% da safra global dessa variedade.
A Colômbia, em terceiro lugar na produção mundial, cultiva exclusivamente café da espécie Coffea arabica. A produção total colombiana foi estimada em 12,9 milhões de sacas, o que equivale a aproximadamente 13,2% da produção mundial da espécie para o ano-cafeeiro 2024-2025.
Essas estimativas foram extraídas do Sumário Executivo do Café – Fevereiro 2025, elaborado mensalmente pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), e estão disponíveis no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, uma rede de pesquisa, ensino e extensão rural coordenada pela Embrapa Café.
Sumário Executivo do Café – Fevereiro 2025
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio

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Preços do trigo no Brasil sobem, mas cotações externas recuam, aponta relatório do Itaú BBA

Aumento dos preços no mercado doméstico
O relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, revela que, no Brasil, os preços do trigo apresentaram alta devido ao volume limitado de cereal disponível na entressafra. No Rio Grande do Sul, a saca de 60 kg foi negociada, em média, a R$ 72,56 em março, o que representa um aumento de 6,0% em relação a fevereiro. No Paraná, onde a escassez de grãos foi ainda maior devido à quebra de safra, o preço subiu 5,3%, fechando a R$ 77,21 por saca.
Impacto das importações e escassez interna
Com o estoque interno escasso, as importações de trigo aumentaram para garantir o abastecimento do mercado nacional, especialmente a partir da Argentina. O Brasil registrou, no fechamento do trimestre, o maior volume de importação desde 2008, somando 1,9 milhão de toneladas. Apesar da escassez, as negociações foram pontuais, com produtores preferindo manter seus estoques, enquanto os moinhos adotaram uma postura cautelosa, adquirindo apenas o necessário. Além disso, o custo do frete também aumentou devido à demanda gerada pela colheita da soja.
Oscilações nos preços externos
No mercado internacional, as cotações do trigo oscilaram, mas registraram queda média entre março e o início de abril. O contrato de maio de 2025 para o trigo soft na bolsa de Chicago caiu 5,9% em março e 0,4% até o dia 15 de abril, fechando a USD 545. Os fatores que contribuíram para essa desvalorização incluem a guerra comercial, períodos de alta do dólar e negociações sobre o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Fatores que sustentaram altas momentâneas
Embora, na média, os preços tenham registrado queda, alguns momentos de alta ocorreram devido à redução nas exportações da Rússia, preocupações climáticas no Hemisfério Norte e enfraquecimento do dólar. Além disso, a projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre a redução da área plantada em 2025 também contribuiu para a elevação dos preços.
Perspectivas para as importações
Com a oferta interna de trigo de qualidade restrita, as importações do cereal devem continuar fortes nos próximos meses. As incertezas em torno dos impactos da guerra comercial ainda persistem, mas a manutenção das tarifas para a China pode tornar o trigo dos EUA mais competitivo.
Considerando o baixo volume interno de trigo até o início da próxima safra (setembro/outubro), os preços no Brasil tendem a se alinhar à paridade de importação. A produção argentina, mais robusta nesta safra, deve continuar abastecendo o mercado brasileiro, com uma demanda firme, especialmente devido à redução da oferta russa.
Perspectivas para a safra brasileira e o clima nos EUA
O plantio de trigo no Brasil se inicia na segunda quinzena de abril, com maior intensidade entre maio e junho. As estimativas preliminares da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam uma redução na área plantada para a safra 2025/26, devido à concorrência com o milho e às perdas causadas por condições climáticas desfavoráveis nas safras anteriores.
Nos Estados Unidos, o clima seco tem dificultado o desenvolvimento da safra de inverno. O percentual de lavouras classificadas como boas ou excelentes caiu de 48% para 47%, conforme relatório do USDA divulgado em 14 de abril, contra 55% no mesmo período de 2024. O comportamento do mercado continuará a depender das condições climáticas e do desenvolvimento da safra até a colheita, prevista para junho.
Implicações da guerra comercial para os preços futuros
Os efeitos da guerra comercial no mercado de trigo ainda são incertos. Caso os Estados Unidos deixem de vender para a China, seus estoques podem aumentar, o que forçaria os EUA a buscar novos mercados para escoar sua produção. No entanto, as mudanças nesse cenário podem ocorrer rapidamente, dependendo dos avanços nas negociações.
Expectativa para o mercado doméstico
Em vista da escassez interna e do fortalecimento das importações, as cotações do trigo devem seguir firmes no mercado doméstico. No entanto, as margens da indústria de moagem podem continuar pressionadas devido à dificuldade de repassar os custos do grão para os preços da farinha.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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