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Produtores recebem pagamento adicional por cultivar soja sustentável

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A Cargill concluiu, no fim de 2020, o pagamento de um valor adicional (prêmio) aos produtores que comercializaram soja sustentável certificada na safra 2018/2019. São 95 agricultores participantes do Programa 3S (Soluções para Suprimentos Sustentáveis), que representam 860 mil hectares de área total, dos quais 380 mil hectares são de áreas de plantio de soja monitoradas, em seis estados brasileiros (Paraná, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia e Pará).

Para obter a certificação 3S os grãos produzidos nessas fazendas devem atender aos mais exigentes requisitos de sustentabilidade da cadeia produtiva. Entre os critérios avaliados estão: desmatamento zero, gestão da emissão de gases de efeito estufa, boas práticas agrícolas e o bem-estar do trabalhador rural. Estes produtores receberam em média um adicional de 0,23% por tonelada de soja sustentável da safra 2018/2019.

”A Cargill está se preparando para atender qualquer demanda de soja certificada e, por isso, busca não somente incentivar, mas recompensar os produtores por suas produções cada vez mais sustentáveis em nossa cadeia de abastecimento no Brasil”, afirma Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil.

Segundo o executivo, “queremos estar ao lado dos pequenos e grandes agricultores, oferecendo insumos, experiências e ferramentas de gestão de risco para ajudá-los a aumentar sua produtividade e renda, ao mesmo tempo que protegem o meio ambiente. Além disso, temos o compromisso de buscar processos e produtos cada vez mais sustentáveis em nossas cadeias de suprimentos. A combinação desses importantes fatores se dá por meio do Programa 3S da Cargill”, explica.

Uma década de progressos em sustentabilidade

O Programa 3S foi criado em 2010, a partir da parceria entre a Cargill e o Instituto BioSistêmico (IBS) para promover a sensibilização dos produtores, o diagnóstico da propriedade e a elaboração de um plano de ação individual baseado no conceito de melhoria contínua. Além de promover a produção mais sustentável, o 3S reforça a importância do cumprimento legal nos temas ambiental, trabalhista e de saúde & segurança, diminuindo riscos ao negócio, como multas, entre outros. Todo o programa é oferecido de maneira gratuita e voluntária ao produtor.

O IBS ainda realiza semestralmente visitas técnicas para orientação e oferece diversos canais de comunicação com o produtor para que ele possa sanar suas dúvidas a qualquer momento via portal 3S, grupos em aplicativos de mensagens e central de atendimento. No portal do Programa 3S, todos os dados coletados em campo são armazenados de maneira segura e confidencial.

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Cada produtor possui um acesso exclusivo que o permite visualizar seu diagnóstico, plano de ação e fazer a gestão dos indicadores de sustentabilidade de sua propriedade, além de acesso a notícias do setor e novidades do programa. Por meio da análise dos dados coletados em campo é possível identificar os maiores desafios para cada região e propor ações de melhoria.

Como resultado deste trabalho, foram produzidos 12 e-books que abordam o uso de equipamentos de proteção individual (conhecidos como EPIs), além de questões como a saúde e a segurança no trabalho dos produtores rurais. O Programa 3S faz o tratamento dos dados coletados em campo, com os quais calcula a emissão de gases de efeito estufa durante o cultivo de soja de cada propriedade participante, visando diminuir o impacto no meio ambiente.

Reconhecimento internacional

O Programa 3S foi reconhecido em 2015 pela FEFAC – Federação Europeia dos Fabricantes de Ração Animal (European Feed Manufacturers’ Federation) como uma das certificações de sustentabilidade recomendadas para os membros da entidade. O reconhecimento ocorreu após o alinhamento dos critérios do 3S com as diretrizes de sustentabilidade da federação – ‘FEFAC Soy Sourcing Guidelines’, que consideram critérios sociais e ambientais das legislações da Europa e do Brasil para a exportação da soja.

Todos ganham com a venda da soja certificada

Os pagamentos de bônus são baseados em vários fatores, proporcionando aos produtores a oportunidade de ganhar mais com a comercialização da soja sustentável. Ao ter o volume para exportação fechado, a Cargill analisa como os requisitos de sustentabilidade foram atendidos e a partir disto, reparte 50% de todo seu lucro obtido com as vendas de soja 3S com os produtores do Programa. Desta forma, todos ganham, pois quanto mais soja certificada no padrão 3S a Cargill vender, maior será o prêmio pago a cada participante.

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O valor é definido de acordo com a categoria – ouro, prata e bronze – de cada propriedade participante do Programa, bem como pelo volume certificado entregue. Para identificar o volume potencial máximo de soja certificada que cada fazenda pode entregar, é considerado o tamanho da área produtiva declarado no Cadastro Ambiental Rural (CAR) de cada propriedade, analisado por imagens de satélite, e multiplicado pela produtividade nacional oficial da CONAB.

Na safra de 2018/2019, os produtores ganharam em média um incremento de 0,16% na categoria bronze; 0,20% na categoria prata e 0,23% na categoria ouro por tonelada de soja certificada. O Programa 3S é apenas uma parte do compromisso geral da Cargill com a soja sustentável no Brasil. O último relatório de sustentabilidade da soja, publicado pela Empresa, em junho de 2020, demonstrou progressos em relação à eliminação do desmatamento em sua cadeia produtiva.

A Companhia completou 100% do mapeamento de sua cadeia de suprimentos brasileira com pontos únicos georeferenciados e estima que 95,68% da soja de origem nacional direta para safra 2018/2019 é cultivada em terras livres de desmatamento e conversão (Utilizamos 2008 como ano de referência para nossa análise, alinhada ao Código Florestal Brasileiro).

Sobre a Cargill

Os 155.000 funcionários da Cargill em 70 países trabalham incansavelmente para alcançar nosso propósito de nutrir o mundo de forma segura, responsável e sustentável. Todos os dias, conectamos agricultores com mercados, clientes com ingredientes e pessoas e animais com os alimentos de que precisam para prosperar.

Combinamos 155 anos de experiência com novas tecnologias e percepções para servir como um parceiro confiável para clientes de alimentos, agricultura, serviços financeiros e industriais em mais de 125 países. Lado a lado, estamos construindo um futuro mais forte e sustentável para a agricultura.

Sobre a Cargill Brasil

No Brasil desde 1965, somos uma das maiores indústrias de alimentos do País. Com sede em São Paulo (SP), estamos presentes em 17 estados brasileiros por meio de unidades industriais e escritórios em 147 municípios e 11 mil funcionários.

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Redução de custos impulsiona expectativas para a safra 24/25 em Mato Grosso

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Em meio a um cenário desafiador marcado por preços baixos, custos elevados e margens apertadas, os produtores agrícolas de Mato Grosso encontram motivos para uma cautelosa otimismo com a divulgação dos dados recentes sobre os custos de produção para a próxima safra.

De acordo com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA), os gastos estimados para a produção da safra 2024/2025 registraram uma diminuição significativa durante o mês de março de 2024. O custo estimado para a temporada alcançou R$ 4.098,87 por hectare, apresentando uma queda de 1,25% em relação ao mês anterior. Essa redução foi impulsionada principalmente pela desvalorização de 2,54% nos preços dos fertilizantes e corretivos, aliviando um pouco a pressão financeira sobre os agricultores.

No detalhamento dos custos, o Custo Operacional Efetivo (COE) foi calculado em R$ 5.627,92 por hectare, representando uma redução mensal de 1,11%. Já o Custo Operacional Total (COT) também apresentou um recuo de 1,00% em comparação com a estimativa de fevereiro de 2024, projetado em R$ 6.233,75 por hectare.

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Entretanto, apesar da queda nos custos, a análise do Ponto de Equilíbrio (PE) revela que os desafios persistem para os agricultores. Para cobrir o COE, os produtores do estado precisarão produzir, no mínimo, 57,09 sacas por hectare, enquanto para o COT, a necessidade é de pelo menos 63,24 sacas por hectare na próxima temporada. Esses números destacam a importância de uma gestão eficiente e de estratégias de produção mais assertivas para garantir a rentabilidade das operações agrícolas.

Uma consequência visível desse cenário é a redução na área ocupada com determinadas culturas. Um exemplo disso pode ser observado em Água Boa, onde houve uma queda impressionante de mais de 50% nas lavouras de milho. Na safra passada, foram plantados 58 mil hectares, enquanto para a temporada atual, a área diminuiu para 26 mil hectares. Essa redução pode refletir as decisões dos agricultores em ajustar suas estratégias de plantio frente às condições econômicas desafiadoras.

Diante desse contexto, as atenções permanecem voltadas para os investimentos dos produtores na próxima safra. As incertezas em torno dos preços, custos e condições climáticas exigem uma abordagem cuidadosa e estratégica por parte dos agricultores, que buscam equilibrar a produtividade com a sustentabilidade financeira de suas operações. A busca por eficiência e inovação se torna ainda mais crucial para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que se apresentam no setor agrícola de Mato Grosso.

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Fonte: Pensar Agro

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