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Projeto Aquicultura Brasil Impulsiona a Assistência Técnica e Gerencial a Produtores de 10 Estados
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O Projeto Aquicultura Brasil, uma iniciativa conjunta entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Ministério da Pesca e Aquicultura, já alcançou 10 estados do Brasil e está beneficiando 1.034 propriedades com a Assistência Técnica e Gerencial (ATeG). Lançado em 2024, o projeto visa promover o desenvolvimento sustentável nas cadeias produtivas da piscicultura, maricultura e carcinicultura, impactando positivamente a produção de peixe, mariscos, algas marinhas e camarões.
Com a implementação da ATeG, a iniciativa tem gerado resultados concretos para os produtores atendidos, como é o caso de Tiago Deretti, piscicultor de São João de Itaperiú, em Santa Catarina. Deretti, que iniciou sua atividade em 2023 ao lado de seu pai, enfrentou dificuldades por não contar com a orientação técnica necessária, dependendo apenas de informações passadas por amigos e vendedores de insumos. Após o falecimento de seu pai, Deretti quase abandonou a atividade, mas a descoberta do projeto e o início da assistência do Senar mudaram a trajetória de sua produção.
“Antes de receber o atendimento, achávamos que tínhamos uma mortalidade de peixes muito alta. Mas, com o acompanhamento do técnico Gustavo Rauth, conseguimos levantar dados sobre a alimentação e calcular a quantidade real de peixe. No final, percebemos que a mortalidade era menor do que imaginávamos”, relatou Deretti.
Gustavo Rauth, técnico do Senar, explicou que o problema estava relacionado à falta de equipamentos adequados para garantir a oxigenação suficiente nas lagoas. A propriedade de Deretti possui três viveiros e cerca de 100 mil filhotes. Após ajustes simples nos equipamentos, os peixes passaram a se alimentar de maneira mais eficiente.
“Fizemos a avaliação da propriedade e constatamos que, embora houvesse uma boa quantidade de peixe, a falta de oxigenação impedia que eles se alimentassem corretamente. Após a instalação de novos equipamentos, a alimentação melhorou e os resultados apareceram”, explicou Rauth.
Tiago Deretti observou melhorias consideráveis após as orientações do técnico. “Alteramos a ração, melhoramos o uso de probióticos e seguimos todas as orientações. Hoje, estamos colhendo bons resultados e ficamos muito gratos pela ajuda que recebemos em um momento tão difícil”, afirmou.
Rauth, por sua vez, destacou o progresso do produtor, tanto nas questões técnicas quanto na gestão da propriedade. “Quando comecei a atendê-lo, o Tiago não sabia exatamente os custos de produção nem monitorava alguns índices importantes, como a conversão alimentar. Agora, ele tem um controle mais preciso e está preparado para expandir a produção”, comentou o técnico.
Tiago Deretti enfatizou que, com o apoio do Senar, ele se sente mais confiante em relação aos investimentos necessários e está motivado a ampliar a produção, com planos de implementar mais lagoas e aumentar a capacidade até o próximo ano.
O Projeto Aquicultura Brasil continuará a beneficiar dois mil produtores de piscicultura, maricultura e carcinicultura em 10 estados: Amazonas, Alagoas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins, ao longo de dois anos.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio

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Preços do trigo no Brasil sobem, mas cotações externas recuam, aponta relatório do Itaú BBA

Aumento dos preços no mercado doméstico
O relatório Agro Mensal, divulgado pela Consultoria Agro do Itaú BBA, revela que, no Brasil, os preços do trigo apresentaram alta devido ao volume limitado de cereal disponível na entressafra. No Rio Grande do Sul, a saca de 60 kg foi negociada, em média, a R$ 72,56 em março, o que representa um aumento de 6,0% em relação a fevereiro. No Paraná, onde a escassez de grãos foi ainda maior devido à quebra de safra, o preço subiu 5,3%, fechando a R$ 77,21 por saca.
Impacto das importações e escassez interna
Com o estoque interno escasso, as importações de trigo aumentaram para garantir o abastecimento do mercado nacional, especialmente a partir da Argentina. O Brasil registrou, no fechamento do trimestre, o maior volume de importação desde 2008, somando 1,9 milhão de toneladas. Apesar da escassez, as negociações foram pontuais, com produtores preferindo manter seus estoques, enquanto os moinhos adotaram uma postura cautelosa, adquirindo apenas o necessário. Além disso, o custo do frete também aumentou devido à demanda gerada pela colheita da soja.
Oscilações nos preços externos
No mercado internacional, as cotações do trigo oscilaram, mas registraram queda média entre março e o início de abril. O contrato de maio de 2025 para o trigo soft na bolsa de Chicago caiu 5,9% em março e 0,4% até o dia 15 de abril, fechando a USD 545. Os fatores que contribuíram para essa desvalorização incluem a guerra comercial, períodos de alta do dólar e negociações sobre o fim do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Fatores que sustentaram altas momentâneas
Embora, na média, os preços tenham registrado queda, alguns momentos de alta ocorreram devido à redução nas exportações da Rússia, preocupações climáticas no Hemisfério Norte e enfraquecimento do dólar. Além disso, a projeção do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) sobre a redução da área plantada em 2025 também contribuiu para a elevação dos preços.
Perspectivas para as importações
Com a oferta interna de trigo de qualidade restrita, as importações do cereal devem continuar fortes nos próximos meses. As incertezas em torno dos impactos da guerra comercial ainda persistem, mas a manutenção das tarifas para a China pode tornar o trigo dos EUA mais competitivo.
Considerando o baixo volume interno de trigo até o início da próxima safra (setembro/outubro), os preços no Brasil tendem a se alinhar à paridade de importação. A produção argentina, mais robusta nesta safra, deve continuar abastecendo o mercado brasileiro, com uma demanda firme, especialmente devido à redução da oferta russa.
Perspectivas para a safra brasileira e o clima nos EUA
O plantio de trigo no Brasil se inicia na segunda quinzena de abril, com maior intensidade entre maio e junho. As estimativas preliminares da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) indicam uma redução na área plantada para a safra 2025/26, devido à concorrência com o milho e às perdas causadas por condições climáticas desfavoráveis nas safras anteriores.
Nos Estados Unidos, o clima seco tem dificultado o desenvolvimento da safra de inverno. O percentual de lavouras classificadas como boas ou excelentes caiu de 48% para 47%, conforme relatório do USDA divulgado em 14 de abril, contra 55% no mesmo período de 2024. O comportamento do mercado continuará a depender das condições climáticas e do desenvolvimento da safra até a colheita, prevista para junho.
Implicações da guerra comercial para os preços futuros
Os efeitos da guerra comercial no mercado de trigo ainda são incertos. Caso os Estados Unidos deixem de vender para a China, seus estoques podem aumentar, o que forçaria os EUA a buscar novos mercados para escoar sua produção. No entanto, as mudanças nesse cenário podem ocorrer rapidamente, dependendo dos avanços nas negociações.
Expectativa para o mercado doméstico
Em vista da escassez interna e do fortalecimento das importações, as cotações do trigo devem seguir firmes no mercado doméstico. No entanto, as margens da indústria de moagem podem continuar pressionadas devido à dificuldade de repassar os custos do grão para os preços da farinha.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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