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Reforma Agrária: ato realizado em Tremembé reforça luta por direitos no campo
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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, segue acompanhando os desdobramentos do atentado contra o Assentamento Olga Benário, ocorrido na última sexta-feira (10), em Tremembé no interior de São Paulo.
Teixeira participou, na manhã deste sábado (18), em Tremembé, do ato Por Reforma Agrária, Vida e Justiça, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reivindicando celeridade na investigação do crime que resultou nos óbitos de Valdir do Nascimento de Jesus, de 52 anos, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, e deixando outros seis assentados feridos, um deles gravemente.
O ministro cobrou novamente o esclarecimento do crime pelas autoridades e reforçou o compromisso do Governo Federal em seguir trabalhando para combater a impunidade garantindo a responsabilização dos envolvidos. “Nós esperamos esclarecimentos da polícia. A sociedade brasileira não aceitará nada que não esclareça 25 pessoas cometerem um crime dessa natureza, e sabemos que muitas entidades também irão acompanhar para saber a autoria desse crime”, destacou. “A prisão desses autores vai servir para dizer ao Brasil que a reforma agraria está sendo feita e não aceitaremos qualquer resistência a ela”, completou.
Na ocasião, Teixeira também deu detalhes sobre o encontro que teve esta semana com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para discutir a adoção de medidas protetivas aos assentados. Ele adiantou que Lewandowski irá acionar a Polícia Federal para que acompanhe um grupo específico de combate à violência no campo. “Nós queremos aperfeiçoar os mecanismos de defesa dos assentados enquanto estiverem sendo ameaçados, além de ter maior capacidade preventiva e uma reação do Estado brasileiro para impedir ações como essa”, disse.
Após o ato, o ministro, o presidente do Incra, César Aldrighi, e a superintendente do Incra em São Paulo, Sabrina Diniz, se reuniram com os delegados da Polícia Civil, Marcos Ricardo Parra, Vinícius Garcia Vieira e Múcio Mattos Monteiro de Alvarenga, para verificar o andamento das investigações.
Assentamento Olga Benário
Criado há 19 anos, o assentamento Olga Benário tem cerca de 50 famílias que trabalham com agricultura familiar diversificada, produzindo mandioca, cana de açúcar, hortaliças, pecuária e alimentos para o mercado local e para subsistência. A produção agroecológica é destaque, com Sistemas Agroflorestais que integram hortaliças, árvores frutíferas e práticas como coleta de sementes florestais e adubação verde.
Sobre o crime
O ataque aconteceu por volta das 21h de sexta-feira passada (10), quando um grupo de homens armados invadiu o assentamento e atirou contra os moradores. O suspeito de chefiar o ataque, Antônio Martins, conhecido como “Nero do piseiro”, foi detido no sábado (11) após ser reconhecido por testemunhas. Ele passou por audiência de custódia e a Justiça decidiu mantê-lo preso por 30 dias. A polícia está à procura de outros envolvidos e já pediu a prisão de um segundo suspeito, Ítalo Rodrigues da Silva. A Justiça de São Paulo autorizou sua prisão temporária, mas o homem segue foragido.
Foto: Lucas Martins
Fonte: Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar

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Exportações de Frutas Brasileiras Crescem 49% em Volume nos Últimos Dez Anos

As exportações de frutas frescas e secas pelo Brasil registraram um aumento de 49% em volume nos últimos dez anos, de acordo com dados do Agrostat – Estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro, do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). Em 2014, o País exportou 733,2 milhões de toneladas de frutas, enquanto em 2024 esse número subiu para 1,1 bilhão de toneladas.
Embora o crescimento das exportações de frutas seja inferior ao total das exportações do agronegócio, o volume alcançado sublinha a relevância da fruticultura para a economia brasileira, setor este que, em grande parte, é baseado na produção familiar e é responsável por gerar empregos, agregar valor aos produtos e diversificar a economia agrícola.
No total, as exportações do agronegócio brasileiro cresceram 87% em volume, passando de 140,8 bilhões de toneladas em 2014 para 264,2 bilhões no ano passado. “As frutas têm grande relevância para o agronegócio e para a agricultura brasileira. Embora a maior parte da produção seja consumida internamente, as exportações destacam a importância dos fruticultores no competitivo mercado global”, afirma Renato Francischelli, Country Director da Ascenza Brasil.
De acordo com o Ministério da Agricultura, o Brasil ocupa a terceira posição mundial na produção de frutas, com 2,5 milhões de hectares plantados e cerca de 5 milhões de empregos gerados. Em 2023, a produção brasileira foi de 43 bilhões de toneladas, conforme dados da Associação Brasileira dos Produtores Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas).
Em termos financeiros, a exportação de frutas gerou US$ 1,3 bilhão para o Brasil em 2024, comparado a US$ 840,8 milhões em 2014. No mesmo período, o total das exportações do agronegócio brasileiro somou US$ 164,4 bilhões, um aumento substancial em relação aos US$ 140,8 bilhões de dez anos atrás.
As frutas frescas mais exportadas foram manga, limão e lima, melão, mamão e melancia. No entanto, culturas como banana, maçã e uva sofreram impactos negativos devido a condições climáticas adversas, resultando em desempenhos menos satisfatórios. Além do clima, fatores como a burocracia na abertura de novos mercados, a taxação e as exigências de segurança fitossanitária também têm dificultado o crescimento das exportações, segundo a Abrafrutas.
Os principais destinos das frutas brasileiras no exterior foram os Países Baixos, com 37% das exportações, seguidos por Reino Unido (15%), Estados Unidos (13%) e Espanha (10%). Na América do Sul, a Argentina respondeu por 3,3% das exportações em 2024.
A exportação tem se mostrado um fator importante para os fruticultores, pois aumenta a demanda e fortalece a economia local. Além disso, proporciona diversificação nas vendas ao exterior, garantindo oferta contínua de produtos durante o ano todo. O Brasil tem se consolidado como um importante player no agronegócio global, ampliando sua presença nos mercados internacionais e reforçando sua imagem como exportador de produtos de alta qualidade.
Muitas das frutas exportadas provêm de pequenos e médios produtores que, com práticas sustentáveis, recebem incentivos para manter elevados padrões de qualidade. Para 2025, espera-se que as exportações de frutas sigam em expansão, impulsionadas pela valorização do dólar e pela recuperação de algumas culturas.
O Cepea destaca que os principais desafios do setor incluem a necessidade de agregar valor aos produtos e adotar tecnologias para mitigar os impactos das condições climáticas adversas. Além disso, a Abrafrutas está fortalecendo sua parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) para expandir as exportações, com ações estratégicas voltadas para consolidar a presença do Brasil no mercado internacional de frutas. O objetivo é aumentar o volume das exportações e ampliar a base de clientes, reforçando a competitividade do País no mercado global e destacando seus produtos como referência em qualidade e inovação.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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