BRASIL & MUNDO
China tem interesse em manter tensão entre as Coreias, diz professor
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O professor de relações internacionais da ESPM e doutor em ciência política pela USP (Universidade de São Paulo) Gunther Rudzit falou nesta terça-feira (28), em entrevista à CNN, sobre as relações entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte, e afirmou que a China tem interesse em manter a tensão entre os dois países.
De acordo com o especialista, não interessa à China uma guerra na região, porque isso desestabilizaria sua economia. Por outro lado, diz, não interessa também um processo de paz.
“Isso não interessa [à China], porque, se a Coreia do Sul unificasse a península coreana, existiriam tropas americanas, que são aliadas da Coreia do Sul, na fronteira com a China, e o país não quer isso. Portanto, o grande objetivo de Pequim é manter a situação como está hoje, porque isso cria uma outra distração ao governo americano, que não tem de se concentrar somente em combater a China.”
Tensão na região
A Coreia do Norte disparou nesta terça-feira mais um míssil em um novo teste que aumenta as tensões na Ásia.
O projétil de curto alcance caiu no mar na Costa Leste da península coreana, de acordo com as Forças Armadas da Coreia do Sul.
Oficiais militares do Japão afirmam que se trata de um míssil balístico, o que seria proibido pelas sanções internacionais da ONU (Organização das Nações Unidas).
O teste acontece ao mesmo tempo em que os sul-coreanos lançam um novo submarino militar, com alto poder de fogo.
As manobras aumentam a tensão na península coreana, uma das regiões com maior instabilidade no mundo. É o terceiro teste com míssil da ditadura da Coreia do Norte neste mês.
“As Coreias do Norte e do Sul e, portanto, junto com os Estados Unidos, estão oficialmente em guerra desde 1950. Só houve o armistício, ou seja, um cessar-fogo, não foi assinado um tratado de paz permanente e muito menos a situação foi resolvida com as visitas e encontros do ex-presidente Donald Trump com o líder norte-coreano Kim Jong-un”, afirmou Rudzit.
Apesar de os dois países viverem em uma tensão permanente, o professor acredita ser pouco provável que uma guerra de larga escala aconteça.
“Esse estado de tensão pode levar a um erro de cálculo ou a uma falha no sistema de um míssil desse, que pode cair onde não deveria, e [desencadear] uma escalada. Não vejo uma possibilidade de uma guerra de larga escala, mas há possibilidade.”
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Após ataque de Israel, Brasil pede “máxima contenção” ao Irã
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira , se reuniu com o chanceler do Irã , Hossein Amir-Abdollahian , nesta sexta-feira (19), horas depois do ataque de Israel contra uma base militar em Isfahan. O encontro ocorreu na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) , em Nova York, nos Estados Unidos.
Segundo o Itamaraty, o chanceler brasileiro pediu ao homólogo iraniano “máxima contenção” para evitar uma tragédia ainda maior no conflito do Oriente Médio.
Em nota divulgada na tarde desta sexta, o Itamaraty ainda informa que Mauro Vieira está convocando a comunidade internacional “a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada” na guerra da região.
Israel disparou bombas na base militar rival após sofrer ataques com drones do Irã. Na ocasião, o governo iraniano disse que sua ofensiva era um revide ao ataque aéreo de 1º de abril contra o prédio do consulado do país na capital síria, que matou altos comandantes iranianos.
Leia o comunicado do Itamaraty na íntegra:
Brasil continua a acompanhar, com grave preocupação, episódios da escalada de tensões entre o Irã e Israel, desta vez com o relato de explosões na cidade iraniana de Isfahan.
O Brasil apela a todas as partes envolvidas que exerçam máxima contenção e conclama a comunidade internacional a mobilizar esforços no sentido de evitar uma escalada.
Esse apelo foi transmitido diretamente pelo Ministro Mauro Vieira ao chanceler do Irã, Hossein Amir-Abdollahian, em encontro bilateral ocorrido hoje na sede da Organização das Nações Unidas, em Nova York.
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Fonte: Nacional
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