O desespero em busca do imunizante contra a Covid-19 levou um grupo formado por empresários, profissionais liberais e autônomos da capital de Mato Grosso, Cuiabá, a planejar provável viagem a Cuba, orçada em R$ 3,6 milhões.
Ao todo, devem embarcar rumo a ilha dos Castros, 120 pessoas, devidamente testadas (exames de PCR), e com mais de 18 anos, aptas a tomar a vacina russa, Sputnik V, fabricada na Rússia. Cada passageiro vai desembolsar R$ 30 mil.
Do valor total arrecadado, R$ 2 milhões vão custear o fretamento da companhia aérea e outro R$ 1 milhão será doado ao governo cubano, responsável pela disponibilidade e aplicação das vacinas. A menor parte, R$ 600 mil, será usada para pagamento de hospedagens e alimentação do grupo, em Havana.
Sem aval da Anvisa
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), anunciou hoje (17) a assinatura de contrato para compra de 4.582.861 doses da vacina russa contra covid-19 Sputnik V. O imunizante ainda não tem aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para ser aplicado no Brasil.
Segundo Dino, o Governo Federal tem a possibilidade de assumir o contrato e incluir as doses no Plano Nacional de Imunização (PNI). Se a opção não for feita, as vacinas ficarão no estado. Um relatório do governo dos Estados Unidos produzido na gestão de Donald Trump afirma que o país persuadiu o Brasil a não comprar a Sputnik V, vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Rússia.
A Rússia condenou os Estados Unidos pela pressão diplomática sobre o Brasil para rejeitar a vacina Sputnik V contra a Covid-19 e destacou que tentativas de interferência política em campanhas de vacinação custam vidas.