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Números mostram que investir na poupança, hoje em dia, é “perder dinheiro”

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Claro que diante de um cenário tão instável da economia não só brasileira como mundial, o indivíduo que consegue poupar já está em um patamar bem mais elevado do que a média nacional. Todavia, analisando a realidade de quem tem “sobras” no banco, deixar os valores em poupança tem se mostrada, cada vez mais, um péssimo destino de investimento.

O motivo é que os juros baixos e inflação alta têm levado a poupança a ter rendimento real negativo. Levantamento da consultoria Economática mostrou que quem aplicou na poupança em 2020 teve o pior rendimento em 18 anos, a segunda maior perda do plano Real.

A aplicação teve um rendimento negativo de -2,30% quando comparado à inflação, que fechou o ano em 4,52% (segundo o indicador oficial da inflação, o IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo). Em 2019, o rendimento da poupança também foi negativo. Por dois anos seguidos, o investidor perdeu dinheiro.

Poupança antiga rende bem

O rendimento negativo vale para as aplicações da poupança nova, cuja regra prevê que, toda vez que a Selic ficar abaixo de 8,5% ao ano, o rendimento passa a ser de 70% da Selic mais TR.

Com a taxa Selic nos atuais 2% ao ano, o rendimento da poupança fica em 1,4% ao ano.

As aplicações da poupança antiga, feitas até 3 de maio de 2012, continuam rendendo 6% ao ano mais TR.

Poupança bateu recorde de captação

Mas, mesmo com essa rentabilidade negativa, o investidor conservador brasileiro não tirou o dinheiro da caderneta de poupança. Outro levantamento, desta vez do Banco Central, mostra que 2020 foi o ano que teve o maior desempenho da poupança, com a maior captação líquida (ou seja, houve mais depósitos que retiradas) desde 1995, ano que o Banco Central iniciou a série histórica.

Isso se deveu a fatores como o pagamento do auxílio emergencial por meio das poupanças sociais criadas pela Caixa, mas também ao fato de que muitos investidores conservadores não querem nem ouvir falar de outro tipo de investimento que não a poupança.

Mas por que o investidor não sai da poupança?

Quem investe na poupança é extremamente conservador e geralmente pensa assim: “a poupança rende pouco, mas rende um pouquinho, é melhor do que nada.” Mas quem poupa quer acumular capital para manter no mínimo o seu poder de compra e a poupança não faz nem isso. Ela não faz o trabalho de casa que é defender o seu dinheiro da inflação”, explica Rafael Panonko, analista-chefe da Toro Investimentos.

A dificuldade desse investidor está em entender como que ele está perdendo dinheiro, se no fim das contas, a poupança sempre apresenta um rendimento positivo no fim do mês.

Como mais pode ser menos?

Suponha que o investidor tenha deixado R$ 1.000 depositados na poupança durante todo o ano de 2020. No final do ano ele teve menos dinheiro? Não, já que o bolo cresceu um pouquinho. Como a poupança rendeu 2,11% em todo o ano de 2020, segundo dados do Banco Central, ao final do ano, o aplicador viu os R$ 1.000 se transformarem em R$ 1.021,10.

O problema é que a inflação subiu mais: 4,52%. Isso significa que se você precisava de R$ 1.000 para comprar uma cesta de produtos em 2019, no final de 2020 precisaria de R$ 1.045,20 para comprar a mesma cesta. Só que o dinheiro que você sacou na poupança foi R$ 1.021,10, lembra?

Ou seja, ainda teria que colocar dinheiro a mais do bolso para poder pagar as contas. “Isso é a perda do poder de compra”, explica Alexandre Amorim, gestor de investimentos da ParMais.

Pavor de perder dinheiro

A parte mais irônica da história, lembra Sandra Blanco, estrategista-chefe da Órama Investimentos, é que justamente o pavor de perder dinheiro é que mantém o investidor na poupança. “É impressionante que qualquer movimentação de uma perda ainda que mínima causa muito sofrimento e dali a pessoa acha que vai perder todo o dinheiro e volta correndo pra poupança. E não são só os mais velhos, vejo muitos jovens fazerem isso também”, diz.

Como começar a variar os investimentos?

Com a taxa de juros a 2% ao ano, os investimentos em renda fixa não têm o resultado exuberante que muitos investidores se acostumaram a contar quando a taxa estava em 14,25% ao ano. Agora, para conseguir uma rentabilidade maior, é preciso ficar mais tempo com o dinheiro aplicado ou correr um pouco mais risco.

Confira estes seis conselhos dos especialistas para começar a variar os investimentos:

1) Procure aprender mais sobre investimentos para entender como eles funcionam. Muitas vezes é o medo do desconhecido que impede de diversificar.

2) Entenda para onde vai seu dinheiro e qual o motivo para poupar.

3) Determine qual é o prazo que você vai usar esse dinheiro.

4) Comece sua reserva de emergência

Essa reserva é o primeiro investimento de todos. Deve cobrir de seis meses a um ano de todas as despesas e estar investida em um investimento com boa liquidez, que permita saque imediato.

5) Comece a diversificar os investimentos.

Feita a reserva de emergência, é preciso montar uma carteira de investimentos e definir para quando vou usar o dinheiro, qual o objetivo do dinheiro, explica Amorim.

Os investimentos mais conservadores, que podem ser o início a saída da poupança são o Tesouro Selic, os CDBs de liquidez imediata e fundos de renda fixa.

6) Não saia do ultra conservador para o ultra arrojado.

“Não é entrar com uma expectativa irreal de mudar de investimento e achar que vai ficar milionário, vai ter lucro rapidamente. Não é assim. Finanças, investimentos, planejamento financeiro é um processo de anos, tanto é que se você encontrar investidores que já têm uma situação bastante confortável, quase uma independência financeira, eles querem uma carteira mais conservadora possível, eles diversificam, têm muitos títulos, fundos, mas preferem não correr riscos, estão preocupados com a inflação, querem que os investimentos superem as inflação”, diz Sandra Blanco.

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Diamantino

Projeto Saúde Redes inicia sua segunda fase em Diamantino

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A Prefeitura de Diamantino, por meio da Secretaria de Saúde e em parceria com o Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), de São Paulo, iniciou a segunda fase do Projeto Saúde Redes. O encontro sediado em Diamantino aconteceu na sexta-feira (12.04) e contou com a participação de representantes de outros municípios que compõem a Região Centro Norte de Mato Grosso.

De acordo com o secretário da pasta, Itamar Bonfim, o projeto que em sua primeira fase promoveu o aperfeiçoamento na qualidade do atendimento à população e a organização básica de saúde, na segunda etapa trabalhará as linhas de cuidado da saúde mental e a rede materno infantil.

O secretário, ainda destacou que o projeto para Diamantino terá os olhos voltados para o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município que realiza um trabalho de cuidado e tratamento para 400 pacientes.

“É importante destacar que o CAPS do nosso município atende 400 pacientes e será nossa prioridade para trabalhar com o Saúde Redes, onde teremos ferramentas e novas propostas para aprimorar a rede de saúde mental.”

Itamar Bonfim, ainda falou sobre o ótimo resultado na linha materno infantil. “Temos uma estrutura que atende não só o nosso município como a região, com o Hospital Municipal São João Batista (HMSJB) como aliado e uma equipe que realiza um trabalho excelente neste primeiro momento temos a oportunidade de dar uma atenção especial a rede de saúde mental.”

A consultora social do (HAOC), Karen Rocha, contou sobre a segunda etapa do projeto que a implantação e o papel do Hospital Alemão Oswaldo Cruz como facilitador na construção do plano.

“Os gestores dos municípios levantaram duas prioridades sanitárias para a região, sendo elas a linha materno infantil e a saúde mental, onde trabalharemos um plano operativo para realizar ações estratégicas que melhorem essas linhas de cuidado e nosso papel é atuar como um facilitador na construção de planos.”

Ela ainda complementou: “O projeto é totalmente adaptado conforme a realidade local e a necessidade da população e que envolve uma participação de todas as equipes de saúde.”

Fonte: Prefeitura de Diamantino MT

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