PESANDO NO BOLSO
Mato Grosso segue com gás de cozinha mais caro do país
Santa Catarina, Pará e Rondônia ocupam o segundo lugar. No Distrito Federal, o produto é vendido por, no máximo, R$119,99
ECONOMIA

Mato Grosso é o estado com o valor do botijão mais caro em todo o país. Segundo o levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), um botijão de gás de 13 kg já chega a custar R$ 160 no interior do estado.
A pesquisa foi realizada nos dias 10 e 16 de abril, com dados coletados em 3.881 postos do Brasil. Em Mato Grosso, foram 78 postos pesquisados, em 5 municípios, sendo eles Alta Floresta, Cuiabá, Sinop, Sorriso e Várzea Grande.
Os 3 grandes destaques da pesquisa estão com Sinop e Alta Floresta, cidades nas quais o gás custa entre R$ 140 a R$ 160 e R$ 145 a R$ 150, respectivamente. Já Cuiabá aparece como o lugar onde se pode encontrar o produto de forma mais “barata”, por no mínimo R$109.
Em março, a Petrobras anunciou o aumento de 16% no valor do gás, com o reajuste, o produto passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 o quilo. Contudo, no começo de abril, a petroleira diminuiu o preço médio de venda de GLP de R$ 4,48 para R$ 4,23 por kg, resultando em R$ 54,94 por 13kg. Com isso, o preço teria uma redução média de 5,58%, a partir de abril.
Santa Catarina, Pará e Rondônia ocupam o segundo lugar com o valor máximo de R$150. No Distrito Federal, o produto é vendido por, no máximo, R$119,99, o preço médio mais barato do país.
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no último ano, o preço do gás de cozinha no Brasil para o consumidor final aumentou em 29,56%, número muito acima da inflação.
Tributo MT pesa
Em 2021, o governador, Mauro Mendes (UB), utilizou as redes oficiais do Palácio Paiaguás para afirmar que o deputado estadual, Faissal Calil (CIDADANIA), estaria propagando FakeNews com relação ao aumento do gás de cozinha (GLP) no estado.
Em contra-ataque, o parlamentar detonou o gestor estadual e disse que o Governo de Mato Grosso faz caixa com o dinheiro do povo, “pensando nas eleições 2022”.
O parlamentar esclareceu que “diferentemente do exposto pelo Governo, em momento algum afirmou que houve alteração na alíquota de ICMS referente ao gás de cozinha, que em Mato Grosso é de 12%”.
O que fora dito pelo deputado é que a SEFAZ/MT alterou o Preço Médio do Produto Final (PMPF) relativo ao gás, que serve de base de cálculo para o referido imposto, aumentando consequentemente a carga tributária sobre o produto.
De acordo com o ato COTEPE/PMPF publicado no Diário Oficial da União, Mato Grosso aumentou o PMPF do gás de R$ 7,48, por quilograma, para R$ 8,09, o que significa um dos maiores aumentos no país.
A manobra permitiu o governador discursar que o “ICMS do gás em Mato Grosso é um dos menores do Brasil”, todavia, arranjou um outro jeito de tributar.
Para efeitos de comparação, em Mato Grosso do Sul, por exemplo, a alíquota de ICMS é de 12%, percentual idêntico ao praticado em Mato Grosso, mas o PMPF relativo ao gás de cozinha por lá é de R$ 5,67 por quilo do combustível, o que dá um total de R$ 73,71 no valor médio do botijão.

ECONOMIA
Etanol se desvincula de gasolina e já é vendido abaixo de R$ 4,00 em MT
Diferença de mais de R$ 3,00 no litro, em relação à gasolina, é o primeiro efeito prático da política de venda direta de usinas a postos.

No momento em que a gasolina experimenta altas seguidas, com o litro ultrapassando a casa dos R$ 7, o etanol faz o caminho inverso e já desceu a ladeira e está abaixo de R$ 4,00 em muitos postos do estado, sobretudo na capital.
Depois de seguidas baixas, o combustível – cuja cotação não segue a volatilidade do petróleo, uma vez que pode ser feito da cana ou milho – tem sido encontrado com mais de R$ 3,00 de diferença no litro, em relação a gasolina.
Há postos vendendo o combustível a R$ 3,85 o litro, em Cuiabá. É a primeira vez, em meses, que o consumidor sentirá, na prática, os efeitos da política de venda direta do etanol aos postos de combustíveis.
Até pouco tempo atrás, o etanol tinha que, obrigatoriamente, passar pelas centrais de distribuição controladas pela Petrobrás, o que fazia com que o combustível seguisse a tendência de altas da gasolina.
Uma Medida Provisória enviada pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), que já defendia a desvinculação como deputado, acabou aprovada no Congresso Nacional, em 2021, permitindo o fim do monopólio de comercialização da estatal.
Desde que os carros flex começaram a ser fabricados, gasolina e etanol ganharam contornos de concorrentes diretos, com o adendo de que o segundo, além do atrativo de preço, tem o apelo de ser um combustível mais limpo e menos nocivo ao meio ambiente.
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