MENOS PIORES
Aliados de Natasha e Galvan apostam em rejeição de Neri e Fagundes
Expectativa é que o o líder dos produtores de soja e a médica “partam para o ataque” e tentem crescer no desgaste dos medalhões
ESPIA AÍ

O presidente licenciado da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso – Aprosoja, Antônio Galvan (PTB), e a médica, Natasha Slhessarenko (PSB), possuem mais coisas parecidas, além das siglas dos seus partidos, no enredo eleitoral que devem ter pela frente, em 2022.
Postulantes ao cobiçado espaço em disputa ao Senado Federal, os dois terão que encontrar um caminho para driblar o desconhecimento do grande público sobre suas existências, em uma campanha de tiro curto. As redes sociais, como já ficou provado com a coronel, Rúbia Fernanda (PL), em 2020, podem ajudar.
Contudo, outro ponto crucial também une o homem do campo bolsonarista e a filha da ex-senadora Serys: ambos veem margem de crescimento em cima das desgastadas figuras dos seus principais oponentes, o atual senador e pré-candidato à reeleição, Wellington Fagundes (PL), e o atual deputado federal, Neri Geller (PP).
Votos “verde e amarelo”
A aposta do lado de Galvan é que a massa de votos que possui o presidente, Jair Bolsonaro (PL), que deve ser majoritária no estado, não cole em Fagundes, mesmo com o parlamentar sendo atualmente do mesmo partido do presidente.
Pesa a favor da avaliação dos aliados de Galvan, e contra as pretensões de Wellington, o histórico recente do segundo, que apoiou todas as eleições e reeleições de Lula e Dilma, inclusive com alianças firmadas com núcleos fanáticos da esquerda, como o universitário, que emplacou, inclusive, o atual suplente de Fagundes, Manoel Motta (PCdoB).
Há ainda outros temas a explorar contra Wellington, como a própria infraestrutura precária de importantes rodovias federais do estado, como as BRs 158, 174, 242 e, em especial, a 163. O atual senador esteve nas últimas décadas, de maneira contínua, marcado por grande inluência nas deliberações do Ministério da Infraestrutura e do Departamento Nacional de Infraestrutura – DNIT, mas mesmo assim não conseguiu solucionar os gargalos do estado.
O pesadelo 163
Fagundes, aliás, foi figura central, ainda no Governo Dilma Rousseff (PT), na malfadada concessão do trecho que vai do encontro com Mato Grosso do Sul até Sinop, por mais de 800 quilômetros na BR-163, repassados ao Grupo Odebrecht, em 2014.
A Rota do Oeste, subsidiária da Odebrecht, abandona agora, em 2022, o contrato, depois que recolheu mais de R$ 3 bilhões em pedágio e duplicou apenas 120 quilômetros, frustrando a expectativa popular, sobretudo em virtude das tantas mortes ainda registradas no médio-norte. Wellington tem, nos últimos dias, defendido a estadualização do trecho, para que o Governo do Estado promova uma Parceria-Público-Privada – PPP como solução.
Teve até prisão pela PF
No caso de Neri, a coisa é ainda mais sensível do ponto de vista moral, o que não chega a inviabilizar, mas ainda acaba influenciando muito eleitor. Mesmo que apoiado pela “nata” do Agronegócio, Geller terá que fazer campanha torcendo para que o eleitor esqueça sua prisão, no fim de 2018, pela Polícia Federal, em meio à “Operação Capitu”.
O atual deputado federal foi alvo de uma força-tarefa, resultante da Operação Lava Jato, que desmantelou um esquema de vantagens ilícitas ao monopólio do grupo JBS – dos irmãos Joesley e Wesley Batista – durante o Governo Dilma , quando Geller era ministro da Agricultura e Pecuária.
Sem arrumar briga
Já do lado de Natasha, a estratégia é tentar permanecer no “meio” da polarização, atraindo a simpatia de eleitores de Lula, até pela própria aliança do PSB, com Geraldo Alckmin, com o PT, mas também não criar nenhum tipo de atrito com o lado oposto até para, quem sabe, beliscar votos bolsonaristas por outras questões.
A médica aposta ainda no bom trabalho de base do partido, criado a partir de articulações do atual deputado estadual, Max Russi (PSB), que recentemente recebeu importantes reforços na sigla, como o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio (PSB), que já sinalizou simpatia ao projeto de Natasha.
O atual deputado estadual, Allan Kardec (PSB), expôs em entrevista recente que a aposta nas rejeições de Neri e Fagundes é mesmo um norte da campanha, o que sinaliza para Natasha ‘partindo para o ataque’. “O senador Wellington, que tem uma trajetória longa, tem a imagem desgastada, e isso é natural. O Neri a mesma coisa. Então, talvez, a Natasha está tendo essa performance pela novidade e pela qualidade quando ela abre a boca”, aposta Kardec.
Fagundes e Neri “ainda” na frente
Até o presente momento, entretanto, a pouco mais de três meses da definição das urnas, as pesquisas de intenção de voto conhecidas mostram Wellington e Neri como os projetos mais consolidados e com chances reais de vitória. Os dois “azarões” da corrida eleitoral terão que tirar um coelho da cartola, indo para o fronte na torcida para que a experiência política/eleitoral dos “medalhões” não fale mais alto.

ESPIA AÍ
Emanuel cutuca Michelly e marido, por repasse a reality de Jajah
Pinheiro ironizou Michelly e disse acreditar que a vereadora está revoltada com tamanho descaso com recursos públicos

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), não perdeu a oportunidade e cutucou, em sua live semanal, o secretário de cultura estadual, Jefferson Neves, marido da vereadora, Michelly Alencar (UB), que faz oposição ferrenha ao seu governo no legislativo municipal.
O motivo da alfinetada do gestor são os R$ 450 mil, destinados pela pasta de Jefferson, ao famigerado reality show do ex-deputado estadual, Jajah Neves, com “influencers” mato-grossenses, em Várzea Grande.
Pinheiro ironizou Michelly e disse acreditar que a vereadora está revoltada com tamanho descaso com recursos públicos. “Deve ter se manifestado, acredito eu, indignada com este festival de horror, que até agora está se apresentando a farra com dinheiro público na Secretaria de Cultura do Estado”, comentou o prefeito.
A polêmica emenda de Eduardo Botelho (UB), repassada ao Governo do Estado, que conveniou e custeou a produção de Jajah virou notícia nacional. O UOL publicou que a “Casa Digital” confinaria dez pessoas concorrendo a um prêmio de R$ 25 mil.
De maneira estranha, o próprio Botelho veio a público criticar a si mesmo, dizendo que comprou “gato por lebre”. Segundo o parlamentar, a promessa lhe feito era que os potenciais turísticos e culturais de Mato Grosso seriam divulgados por todo país e até fora dele. Todavia, chama atenção a falta de cuidado do deputado em dar o “ok”, sobretudo pela cifra envolvida.
Em ano eleitoral e pré-candidato à reeleição, Botelho já até acionou o Ministério Público Estadual – MPE e pediu que sua emenda seja investida e, se possível, o valor devolvido aos cofres públicos. Até mesmo a primeira-dama do estado, Virgínia Mendes, mostrou que não engoliu a justificativa do deputado, nas redes sociais.
Em suas redes sociais, Jajah também gravou vídeo e ressaltou que, embora tenha sido um reality, envolvendo premiação para o vencedor, e confinando um grupo de pessoas, não se tratou de um “BBB de Mato Grosso”.
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