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SÓ FAZ DE CÓRNEA

'Atrasado' no setor, MT tem mais de 1.300 na fila de transplantes

Há 698 pessoas na espera por transplante renal, outras 325 pessoas aguardam por córnea, 117 fígado, 161 medula óssea e 28 coração.

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Só aguardando transplante renal existem 698 pessoas em Mato Grosso.

O transplante de coração realizado, nos últimos dias, pelo apresentador Faustão trouxe à tona discussões sobre as políticas públicas de gerenciamento desta importante área médica e chamou atenção para a realidade de quem agoniza nessa espera sombria entre a vida e a morte.

Um levantamento feito pela Secretaria Estadual de Saúde (SES-MT), por meio do Sistema Informatizado da Central Nacional de Transplante, aponta que existem 1.329 pessoas na espera por transplantes em Mato Grosso.

Segundo os números, há 698 pessoas na espera por transplante renal, outras 325 pessoas aguardam por transplante de córnea, 117 por transplante de fígado, 161 por medula óssea e 28 por transplante cardíaco.

Entre todos os procedimentos, no entanto, mesmo com uma evolução bilionária de recursos no caixa de Mato Grosso, nos últimos anos, o Governo do Estado não procurou evolução no setor e só realiza transplante de córneas em sua rede de saúde.

A SES explica que os pacientes que precisam de outros órgãos são encaminhados via Tratamento Fora do Domicílio (TFD) para outros estados e que os gastos com locomoção, estadia e alimentação do paciente e acompanhante são pagos pela gestão estadual.

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Ainda de acordo com o Governo de MT, nos últimos 12 meses foram realizadas 16 captações de órgãos de doadores no estado, sendo seis rins, nove fígados e um de pulmão.

De janeiro a agosto de 2023, foram 126 captações de córneas.

Realidade nacional 

Números oficialmente coletados todos os anos demonstram que uma estrutura médica capaz de realizar transplantes não é algo somente ligado ao poder econômico dos estados, mas sim de escolha de gestão.

O Ceará, por exemplo, que tem PIB menor que o de Mato Grosso, figura entre os estados que mais realizam transplantes de órgãos no país. No estado nordestino existem 62 hospitais notificantes, entre públicos, privados e filantrópicos, cadastrados no Sistema Nacional de Transplantes/ Ministério da Saúde.

Recentemente, o vizinho estado do Pará começou a realizar transplante de fígado 100% SUS.

Regras para doação

Existem dois tipos de doadores, o doador vivo e do doador falecido. Pode ser um doador vivo qualquer pessoa saudável que concorde com a doação, podendo doar parte da medula óssea, parte do rim, parte do fígado e parte do pulmão.

Já os doadores falecidos podem doar coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córneas, veias, ossos e tendões, mas é importante que tenha manifestado ainda em vida para a família, que autorizará no momento específico, o desejo de ser doador.

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Estados como Mato Grosso, que não possuem em sua própria estrutura a condição de realizar os procedimentos de transplante, também tendem a ter baixo índice de doadores.

Devido a distância e outras eventualidades, o órgão pode demorar a chegar no destino e não conseguir salvar a vida de quem aguarda, sobretudo quando se fala em pulmão e coração, que sem circulação sanguínea podem perder a função em quatro horas.

Esse tempo, contudo, é bem maior no caso do fígado e pâncreas, que suportam de 12 a 24 horas, mais ainda em relação ao rim, que pode resistir e ainda ser útil mesmo 48 horas depois de ser retirado do doador. No caso das córneas, até 7 dias é possível seu uso.

No Brasil, só existe um único cadastro para doadores que é o Registro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), realizado nos hemocentros públicos.

Os interessados podem se cadastrar na sede do MT Hemocentro, em Cuiabá.

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Concessão sai, mas duplicação de MT a GO segue um sonho

Um leilão foi lançado pela menor tarifa de pedágio para a concessão do trecho pelo prazo de 30 anos, sem exigência direta de duplicação

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Mesmo após inúmeras reuniões políticas e o aumento da expectativa sobre o assunto, o sonho da população dos dois estados foi novamente adiado.

Conselho do Programa de Parcerias e Investimentos (CPPI), agremiação que acompanha o estudo de concessão das rodovias BRs 060/364, no trecho entre Rondonópolis (MT) e Rio Verde (GO), aprovou a passagem da gestão dos quase 490 quilômetros para a iniciativa privada.

O sonho da duplicação total do trajeto, contudo, mais uma vez vai ficar para depois. A demanda por mais infraestrutura logística rodoviária já é antiga tanto por parte dos goianos como dos mato-grossenses, sobretudo porque interligaria com mais segurança regiões altamente produtoras dos dois estados e que geram tráfego pesado de caminhões graneleiros.

Uma resolução, entretanto, sem a garantia da sonhada duplicação plena, pelo menos a curto prazo, já foi publicada no Diário Oficial da União (DOU), prevendo o leilão pela menor tarifa de pedágio e a concessão do trecho pelo prazo de 30 anos, com possibilidade de renovação para mais 30 anos.

Serão construídas unicamente terceiras faixas para melhoria da trafegabilidade, decepcionando usuários da via que criaram boa expectativa com o anúncio diante da intensificação de reuniões políticas e de entidades que cobram a duplicação total da pista.

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Atualmente, uma viagem de Cuiabá até a capital federal Brasília só não é duplicada no trecho entre Rondonópolis e Jataí (GO). Desta última até chegar em Rio Verde, em distância de pouco mais de 90 quilômetros, a pista já é duplicada e permanecerá sendo o único espaço concessionado com essa infraestrutura.

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