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Carro de detetive do caso Aprá esteve no Centro Político Administrativo

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O episódio envolvendo a perseguição do detetive contratado, Ivancury Barbosa, ao jornalista, Alexandre Aprá – profissional de imprensa que se notabilizou, nos últimos anos, com inúmeras denúncias contra gastos do atual Governo de Mato Grosso – ganhou um novo capítulo intrigante.

A defesa de Aprá, que foi embora de Mato Grosso no início de setembro, temendo pela própria vida, conseguiu levantar a informação que o carro de Ivancury esteve chegou de madrugada no Centro Político Administrativo, em Cuiabá, onde é a sede do Governo do Estado, por cerca de cinco horas.

Registro da ida de Ivancury ao local onde funciona a sede do Governo de MT

Os advogados do jornalista conseguiram identificar no relatório de trânsito, emitido pela Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso, e em imagens do Centro Integrado de Operações – CIOSP, que o carro de Ivancury adentrou ao setor pela entrada TRT/Sefaz (Secretaria de Fazenda) às 4:37 hrs do dia 6 de agosto de 2021 e por lá permaneceu até as 9:31 hrs, saindo pela Guarita da Praça das Bandeiras.

Não há registro, segundo a defesa, que o carro tenha saído pelos fundos, região da rotatória da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, reforçando a tese de que Ivancury teria fica no local, em horário fora de expediente, por quase cinco horas, com objetivo ainda desconhecido.

Exatos 15 dias depois da ida “fora de hora” do detetive ao Centro Político Administrativo, Ivancury foi flagrado instalando um rastreador no carro do jornalista. Para conseguir executar um plano de perseguição ao profissional da imprensa, o detetive contratou um “facilitador” na capital.

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Aprá teve a informação sobre o cerco que se fechava contra si e conseguiu ganhar o apoio do tal facilitador, que no inquérito é identificado como “anjo”. Este último, gravou diversas vezes o espião confessando detalhes do possível crime, que envolvia a intenção de armar um falso flagrante.

A ideia, segundo os indícios apresentados, era vincular o jornalista aos crimes de tráfico de drogas e exploração sexual de menores. O que Ivancury demonstra em várias de suas falas era que isso desmoralizaria Aprá, tido como o principal “crítico” do Governo Mauro Mendes.

Em uma das gravações do “anjo”, Ivancury surge, em diálogo, afirmando que “trabalha para a primeira-dama de Mato Grosso”, Virgínia Mendes. Em outro trecho, diz que não poderia arrumar nenhum tipo de problema com o empresário Ziad Fares, apontado pelo próprio detetive como o homem que lhe “abre as portas do Palácio”, no caso, o Paiaguás.

Um vídeo de Ziad encontrando Ivancury também faz parte do inquérito. O empresário, inclusive, foi um dos alvos de Aprá, que questiona gastos milionários do Governo Mauro, sobretudo no setor de comunicação. O jornalista trouxe à tona uma joia dada por Ziad à Virgínia, com quem nutre uma amizade pessoal, dias antes de conquistar um vultoso contrato com Mauro. Até hoje, o empresário executa milionárias mídias institucionais da gestão estadual.

O caso já ganhou as páginas do UOL, Folha de SP, Estadão, Isto É Dinheiro e foi destaque em uma edição do Domingo Espetacular, revista eletrônica semanal da Rede Record. Virgínia, Ziad, Ivancury e Mendes negam a trama contra o jornalista.

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Segundo o casal Mendes, “são várias as investidas do Sr. Alexandre Aprá contra a honra de ambos”. Eles afirmam que o jornalista é financiado por agentes políticos e adversários, com contratos incompatíveis com a pequena “estrutura de seu blog”, maneira pejorativa com que se referem ao site “Isso é Notícia”. Segundo eles, seguirão processando o profissional de imprensa por calúnia.

Ivancury foi gravado arquitetando um plano contra o jornalista

Ivancury, inicialmente, assumiu ter sido contratado para perseguir Aprá, mas depois recuou da fala. Ele, todavia, nega o que disse nos vídeos e não confirma ligações com Vírgina, Mauro e Ziad. O empresário, por sua vez, por meio de nota, já disse que a “acusação do jornalista (Aprá) é absurda, de cunho político e com objetivo de prejudicar sua imagem e seus negócios”.

Aprá, inicialmente, denunciou todo o caso, formalizando tudo com os relevadores áudios e vídeos colhidos, às mãos da Polícia Federal – PF. A direção da PF não viu materialidade para envolver o governador e sua esposa no caso, repassando o caso ao Ministério Público Estadual – MPE e à Polícia Civil de Mato Grosso, que investiga agora por meio da Delegacia Especializada de Repreensão a Crimes Informáticos.

Os advogados do jornalista questionam a ida de Ivancury ao Centro Político Administrativo e pedem esclarecimentos sobre o que ele teria feito no local e com quem, eventualmente, teria se encontrado, antes das 5 da manhã. Os registros já foram anexados ao inquérito como novos elementos da investigação.

 

 

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Emanuel dá prazo pra Wellington decidir a vida e se coloca como plano B

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O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), defendeu, nesta segunda-feira (21) que o grupo político que tem se formado no entorno de uma possível candidatura ao Governo do Estado, encabeçada pelo senador Wellington Fagundes (PL), estabeleça um prazo para o congressista definir, de uma vez por todas, se será ou não candidato.

Para Pinheiro, que se coloca como “plano B” para assumir a chapa, em caso de uma recusa de Wellington, o ideal seria o senador bater o martelo até o próximo dia 15 de março. “Eu quero estabelecer isso [prazo]. Porque a minha prioridade é Cuiabá, mas eu estou pensando em conversar com ele e dar um prazo até dia 15″, disse.

O gestor reconhece que Fagundes é o nome ideal para o momento, mas pressiona que não dá para esperar pra sempre. “Ele é o consenso entre nós, ele agrega todas as forças e traz forças novas agora, como essa que ele trouxe com o presidente [Jair] Bolsonaro, que é muito forte em Mato Grosso”, falou o emedebista.

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Emanuel disse que, sobre sua candidatura, já levou a hipótese até para sua família. “Estou pensando seriamente. Até conversei em casa. Não podemos… É um absurdo o que está acontecendo no estado hoje e não termos uma proposta alternativa de um novo modelo de gestão para o estado de Mato Grosso”, criticou.

Emanuel ainda disse que se não assumir a cabeça da chapa, outro possível nome a ser lançado pelo grupo é o do ex-deputado federal Nilson Leitão. Pinheiro aproveitou a oportunidade para criticar a atual gestão do governo de Mato Grosso. Segundo ele, a intenção é lançar um nome que rompa com a atual gestão.

“[Queremos um] modelo de gestão de um líder que lidere, que tenha prazer em liderar, que tenha respeito pela sociedade, que seja humilde, que dialogue com todos, que priorize e trate com respeito os servidores públicos, que converse com respeito com o comércio. Que olhe para o setor produtivo de forma diferente e não apenas como instrumento para se arrecadar, como um segmento importante para o desenvolvimento econômico e geração de emprego e renda, que se compadeça com a injustiça social que existe em Mato Grosso”, afirmou.

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Além de Emanuel, outra força política que tem grandes chances de compor em um projeto Wellington para o Palácio Paiaguás é a família Campos, de Jayme e Júlio, que nunca se deram e vêm aturando, há tempos, o atual governador Jayme Campos. Fagundes ainda teria um estreito relacionamento na campanha com Leitão, no norte, reforçaria ainda mais sua base no sul com José Medeiros (PODEMOS), que trabalha para concorrer ao Senado Federal pelo grupo, bem como teria a liderança de Jair Bolsonaro ao seu lado, em todo estado.

Wellington, contudo, segue sonhando em ser o candidato a senador dentro do grupo de Mendes, contrariando o próprio presidente, bem como Emanuel, Medeiros e praticamente todos que estão à sua volta, atualmente. O veterano, entretanto, crê que, freando Neri Geller (PP), nenhum outro projeto o ameaçaria em sua reeleição.

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