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UMA ATRÁS DA OUTRA

Mauro fecha advogado de Riva e Silval para filho e perde no STJ

A defesa do jovem filho do governador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça – STJ, mas viu Maria Thereza de Assis Moura reiterar decisão

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Governador se mexe para tentar desvincular filho e a si próprio de escândalo, que já virou notícia nacional. FOTO - Keiny Andrade

Após o desembargador do TRF-3, André Nekataschalow, negar o habeas corpus ao filho, Luis Antônio Taveira Mendes, que busca se livrar de medidas cautelares, dentre elas a retenção do seu passaporte, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, resolveu apostar alto e contratou o advogado, Rodrigo Mudrovitsch, que defendeu o ex-governador, Silval Barbosa (MDB), e o ex-presidente da Assembleia Legislativa, José Riva – ambos condenados por corrupção, mas já longe do regime fechado – para cuidar do caso do filho, que chegou a ser alvo de pedido de prisão pela Polícia Federal, nos últimos dias, por suposto envolvimento com o contrabando de mercúrio ilegal para garimpos.

A defesa do jovem herdeiro do governador recorreu ao Superior Tribunal de Justiça – STJ, mas viu a presidente da Corte, Maria Thereza de Assis Moura, reiterar decisão de segunda instância e negar também o Habeas Corpus, mantendo a locomoção internacional de Luis controlada, além de outras sanções e o pagamento de fiança em R$ 13,2 mil. Luis é um dos vários investigados da Operação Hermes II, que no último dia 8 de novembro apontou organização criminosa que liderada pelo Grupo Veggi, que receberia financiamento de um grupo de empresários do ramo da mineração em Mato Grosso, que além de receptores do material ilegal injetariam dinheiro para o negócio seguir rodando.

A PF realizou buscas e apreensões em empresa onde o filho do governador é sócio, por meio de outro CNPJ. Uma outra, também no alvo da investigação, foi dado baixa por Luis, entre julho e agosto, logo apos a primeira fase da Operação ser deflagada e o Gazeta Digital informar que ele estava sendo investigado. O filho do governador a incorpou e segue atuando junto ao grupo onde estão praticamente todos os envolvidos no possível esquema criminoso.

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Pátio é acusado de rombo de R$ 200 milhões em empresa pública

A empresa tornou-se 100% municipal em 2023, sob os direcionamentos do atual prefeito, Zé do Pátio, que deve entregá-la em crise

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Coder é a maior empresa da prefeitura e responsável pela maior parte das intervenções em infraestrutura da cidade, mas deve ser entregue em frangalhos por Pátio. FOTO - TV CIDADE RECORD

O vereador por Rondonópolis, Batista da Coder (PSB), que é da base de sustentação e filiado ao mesmo partido do atual prefeito, Zé Carlos do Pátio (PSB), em fim de mandato, defendeu uma auditoria para investigar a situação financeira da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), maior empresa pública municipal.

Na sessão da Câmara Municipal desta semana, o parlamentar denunciou a crise financeira da Coder e o endividamento de aproximadamente R$ 200 milhões. Em 2023, com ampla propagação, Pátio anunciou que a empresa deixava de ser de economia mista para ser “100% estatal”, em operação feita por sua gestão.

Para Batista, é preciso saber o que causou e o exato tamanho do rombo.“Acho que deve ser feita uma auditoria para ver quem errou e onde errou. A dívida hoje da Coder é muito grande. É preciso investigar o que está acontecendo, pois a empresa se que se encontra sucateada, com muitas máquinas no toco e sem pneus”, declarou o vereador.

Além do rombo milionário, Batista disse que a falta de gestão na empresa penaliza também os funcionários que estão recebendo os salários com atrasos. “Quem está sendo penalizado é o trabalhador. Não é justo o trabalhador pagar a conta de quem administra mal a companhia. Tem que ser penalizado quem cometeu o erro que hoje está refletindo em cada um dos trabalhadores que têm dedicado a sua vida à Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis… então deixo o meu pedido para que se faça uma auditoria lá [Coder]”, disse o vereador em entrevista ao Jornal A Tribuna.

Possível rombo de R$ 1 bilhão no geral

Ainda enquanto pré-candidato, o prefeito eleito, Cláudio Ferreira (PL), aportado em dados que o próprio Município disponibiliza junto à Secretaria do Tesouro Nacional, previu um rombo de R$ 1 bilhão a serem pagos dentre todas as obrigações da Prefeitura de Rondonópolis, a partir de janeiro de 2025.

O montante somaria dívidas acumuladas, dentre outras obrigações pendentes, que evoluíram consideravelmente nas mãos de Pátio. O atual prefeito chegou entrar na Justiça para impedir que Cláudio tocasse mais no assunto e conseguiu isso temporariamente, mas o Judiciário refez a decisão e reabriu o debate.

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