2026 COMPROMETIDO
Mesmo ministro, Fávaro vive pior fase da carreira política
Partido do ministro, que fez 10 prefeitos em 2020 e chegou ter 13 no ano passado, elegeu só dois nomes no pleito recente
ESPIA AÍ
O atual ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), apostou alto que o Governo Lula traria a derrocada do bolsonarismo em todo o país, inclusive em Mato Grosso, e foi o líder político que acumulou maior declínio no estado desde 2020.
Desde que disputou uma contestada eleição fora de época ao Senado Federal, em 2020, onde já entrou no páreo na condição de senador ao ser beneficiado por decisão inovadora do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli – que lhe deu o mandato mesmo com uma derrota nas urnas, em 2018 – Fávaro tem se arriscado mais que deveria.
Ainda no pleito eleitoral municipal de quatro anos atrás, o partido que lidera no estado, o PSD, marcou bem sua posição ao conseguir 10 prefeitos eleitos, número que chegou pular para 13 em 2023, levando a sigla a ter menos gestores municipais em Mato Grosso apenas que o União Brasil e MDB.
Entretanto, depois que Fávaro abraçou Lula (PT) mais forte, com uma rotina de atacar a direita e estranhamente defender pautas como as do MST, causando arrepios na classe produtiva que diz representar, o ministro pisou fundo no acelerador rumo à ladeira.
Na eleição recente, o PSD despencou para apenas dois eleitos e a esperança chegou a reacender nos olhos de Fávaro com a chance da filha virar vice-prefeita de Cuiabá, mas acabou dando a lógica em mais uma vitória do PL de Abílio Brunini, no segundo turno.
Para 2026, Fávaro chega com discurso fragilizado junto ao AGRO, mesmo na condição de ministro do setor. Mesmo a migração ideológica até um tanto quanto corajosa não foi capaz de lhe tornar uninamidade na própria esquerda e é talvez uma das figuras mais rejeitadas pela direita bolsonarista mato-grossense, que deve ditar o ritmo do debate.
Ao que tudo indica, diante do passe desvalorizado, até mesmo os pomposos incentivos de Eraí Maggi já não devem chegar com o mesmo entusiasmo e o mais indicado é talvez já começar a articular uma chapa minimamente forte para a Câmara Federal.
Os aliados, contudo, seguem o colocando como pré-candidato à reeleição ou ao Governo do Estado, mas diante do que as urnas deixaram claro recentemente a conta não fecha.
ESPIA AÍ
Pátio é acusado de rombo de R$ 200 milhões em empresa pública
A empresa tornou-se 100% municipal em 2023, sob os direcionamentos do atual prefeito, Zé do Pátio, que deve entregá-la em crise
O vereador por Rondonópolis, Batista da Coder (PSB), que é da base de sustentação e filiado ao mesmo partido do atual prefeito, Zé Carlos do Pátio (PSB), em fim de mandato, defendeu uma auditoria para investigar a situação financeira da Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis (Coder), maior empresa pública municipal.
Na sessão da Câmara Municipal desta semana, o parlamentar denunciou a crise financeira da Coder e o endividamento de aproximadamente R$ 200 milhões. Em 2023, com ampla propagação, Pátio anunciou que a empresa deixava de ser de economia mista para ser “100% estatal”, em operação feita por sua gestão.
Para Batista, é preciso saber o que causou e o exato tamanho do rombo.“Acho que deve ser feita uma auditoria para ver quem errou e onde errou. A dívida hoje da Coder é muito grande. É preciso investigar o que está acontecendo, pois a empresa se que se encontra sucateada, com muitas máquinas no toco e sem pneus”, declarou o vereador.
Possível rombo de R$ 1 bilhão no geral
Ainda enquanto pré-candidato, o prefeito eleito, Cláudio Ferreira (PL), aportado em dados que o próprio Município disponibiliza junto à Secretaria do Tesouro Nacional, previu um rombo de R$ 1 bilhão a serem pagos dentre todas as obrigações da Prefeitura de Rondonópolis, a partir de janeiro de 2025.
O montante somaria dívidas acumuladas, dentre outras obrigações pendentes, que evoluíram consideravelmente nas mãos de Pátio. O atual prefeito chegou entrar na Justiça para impedir que Cláudio tocasse mais no assunto e conseguiu isso temporariamente, mas o Judiciário refez a decisão e reabriu o debate.
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