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TODOS QUEREM O 22

PL de MT vive 'inflação' de pré-candidatos a federal para 2026

Para as nove vagas que o partido terá à disposição para montar a chapa existem, pelo menos, mais de 10 nomes fortes

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Atual deputado estadual, Faissal Calil, e o ex-federal, Leonardo Albuquerquer, são dois nomes que devem chegar para encorpar chapa.

Atualmente com quatro deputados federais na bancada de Mato Grosso – o que representa exatamente 50% das vagas que o estado possui no parlamento nacional – o PL de Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto não quer perder a representatividade e já vive um cenário de inflação de pré-candidatos para o cargo em 2026.

A sigla liberal elegeu 22 prefeitos e 202 vereadores no estado, no pleito municipal de 2024, com o adendo de ter conquistado os principais colégios eleitorais. Só com Abílio Brunini (PL), em Cuiabá, Flávia Moretti (PL), em Várzea Grande, Cláudio Ferreira (PL), em Rondonópolis, Roberto Dorner (PL), em Sinop, e Sérgio Machnic (PL), em Primavera do Leste, o partido conta com praticamente 50% do eleitorado coberto por gestões de direita, o que dá ainda mais fôlego para ano que vem.

Para as nove vagas que o partido terá à disposição para montar a chapa existem, pelo menos, mais de 10 nomes fortes para ocupá-las. São eles os atuais deputados Nelson Barbudo, Coronel Fernanda e até mesmo o recém-empossado, Rodrigo da Zaeli, que conquistou a cadeira com a ida de Abílio ao comando de Cuiabá e deve concorrer.

Somam-se a eles nomes que já estão no partiso aguardando o momento como o pecuarista Thiago Boava – viúvo da ex-deputada Amália Barros – a ex-prefeita de Sinop, Rosana Martinelli, dentre outras lideranças prestes a desembarcar na sigla, como o ex-deputado federal, Leonardo Albuquerque, hoje no PSD, e o atual deputado estadual, Faissal Calil, hoje no Cidadania e que deve vir ao partido com o compromisso de tentar uma vaga em Brasília.

Também pode acabar chegando ao partido para engrossar suas fileiras Coronel Assis, atual deputado federal do União Brasil que tem mantido uma rotina de aproximação constante com o público bolsonarista. Outra que também pode entrar na disputa é Samantha Iris (PL), vereadora eleita como a mais votada de Cuiabá em 2024 e que é esposa do prefeito Abílio. Além dos nomes já integrados ao meio político, empresários e produtores rurais são opções e estão prontos para irem às urnas.

A sigla ainda conta com outro forte nome capaz de se lançar no páreo que é Gilberto Cattani (PL), atualmente deputado estadual e que conta com muita proximidade com a família Bolsonaro. A expectativa, contudo, é que o partido também evolua sua representatividade dentro da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, onde atualmente tem Cattani e Elizeu Nascimento (PL). Inclusive, emplacar uma candidatura pelo partido para o parlamento mato-grossense também deve ser tarefa complexa.

Já sobre o Senado Federal, a decisão do partido é de buscar uma das duas vagas que estarão em jogo, embora uma corrente defenda qe há espaço para dois candidatos. Um nome, entretanto, já é dado como certo na disputa do Alto Parlamento pelo presidente estadual da sigla, Ananias Filho (PL): o do atual deputado federal, José Medeiros (PL). No caso de coligação, tudo aponta para uma composição com Mauro Mendes (UB), que também está de olho na vaga.

Na luta pelo Governo do Estado, o PL também não abre mão do protagonismo e vive dilema interno entre colocar o senador, Wellington Fagundes (PL), que ainda tem grande resistência na militância bolsonarista, ou abrir espaço para uma candidatura mais afinada com a ala ideológica da sigla com o empresário, Odílio Balbinotti, que literalmente não tem economizado para auxiliar no crescimento da direita como força política em todo o país.

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Juíza arquiva inquérito aberto a pedido de Mauro contra Aprá e Popó

O caso já se arrastava há alguns anos e chegou até a gerar operações policiais de busca e apreensão na casa de Aprá e Popó

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Governador foi protagonista em uma ação policial que acuou críticos do seu governo que ele chamou de 'quadrilha', mas que não teve elemento para virar ação penal.

Em decisão publicada recentemente, a juíza Fernanda Mayumi Kobayashi, do Núcleo de Inquéritos Policiais, acatou manifestação do Ministério Público de Mato Grosso – MPMT e mandou arquivar um inquérito aberto pela Polícia Civil onde a investigação apontava a existência de uma associação criminosa que tinha como foco perseguir o governador, Mauro Mendes (UB), e sua família. Entre os denunciados estavam o jornalista, Alexandre Aprá, e Marco Polo de Freitas, o Popó, irmão do ex-prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

O caso já se arrastava há alguns anos e chegou até a gerar operações policiais de busca e apreensão na casa de Aprá e Popó, bem como levou agentes de segurança atrás de Luiz Augusto Vieira Silva e William Sidney Araújo de Moraes, outros apontados na época como partes de uma ‘quadrilha’ formada por ‘malandros, sem vergonhas e irresponsáveis’, segundo comentou publicamente o próprio governador, que nunca fez questão de esconder seu protagonismo na ofensiva. Na narrativa, Mendes adotou a pauta nacional do ‘combate às fake news’, ao que classificou como uma onda de ataques à sua família.

Na decisão recente, porém, a magistrada citou a ‘inexistência de elementos suficientes’ para embasar o oferecimento de denúncia, já que não foi possível comprovar o vínculo associativo entre os envolvidos e o suposto trabalho orquestrado contra a família Mendes. Fernanda Mayumi reiterou posicionamento do MPMT, onde foi detalhado a falta de condições técnicas para configurar a materialidade delitiva apontada pelo inquérito quanto aos crimes de associação criminosa e de perseguição, consequentemente tornando imprópria a ação penal.

Mauro e a esposa, Virgínia Mendes, são acusados por Aprá de terem contratado um detetive particular, que foi gravado instalando um rastreador no carro do jornalista. Em uma gravação, o profissional da espionagem detalha que a ideia era montar uma cena para assassinar a reputação do comunicador, responsável por diversas denúncias sobre a gestão estadual, e diz que ‘trabalhava para a primeira-dama’. A acusação de Aprá, em atribuir a responsabilidade da contratação do espião à família Mendes, mesmo com a materialidade do vídeo, também foi anexada contra si na ‘Operação Fake News’ – alicerçada no inquérito agora arquivado – segundo citou a própria Polícia Civil.

Mais repercussões jurídicas

Em março de 2024, a ministra Carmen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal, determinou a suspensão dos efeitos da decisão do juiz João Bosco Soares, de Mato Grosso, que permitiu a busca e apreensão de aparelhos eletrônicos e computadores de Aprá, Popó e também do jornalista Enock Cavalcanti, ação feita tendo como base o inquérito aberto pela Delegacia de Repressão a Crimes Informáticos, sob a titularidade do delegado Ruy Peral. A liminar foi concedida nos autos da Reclamação Constitucional movida pelos jornalistas em conjunto com o Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso-SINDJOR/MT, a Federação Nacional dos Jornalistas-FENAJ e o Instituto Vladimir Herzog.

Em contato com a reportagem do MINUTO MT, Popó Pinheiro citou que as decisões judiciais são capazes de evidenciar o flagrante excesso da ação policial em Mato Grosso, em virtude de pressão diretamente exercida pelo atual gestor estadual. “A decisão que obtivemos no STF, em manifestação da ministra Carmen Lúcia, bem como esse despacho agora da juíza Fernanda, deixam claro que Mato Grosso vive, na prática, uma monarquia horrenda. No lugar de se portar como homem público democrático e saber que nessa posição é natural receber críticas, o nosso “rei” usa o Estado para perseguir e acuar, com poder de polícia, quem ousa falar a verdade sobre sua gestão. É o nosso Henrique VIII”, ironizou Popó.

Até o momento, o governador não se manifestou sobre o assunto. O espaço segue aberto e o contato pode ser feito via [email protected]

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