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Braga Netto nega existência de leitos ociosos em hospitais militares

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O ministro da Defesa, Walter Braga Netto, garantiu, hoje (12), que nenhum hospital militar funcionou com vagas ociosas ao longo dos 14 meses em que os casos da covid-19 sobrecarregaram o atendimento em estabelecimentos de saúde públicos e privados em quase todo o país.

Convocado a prestar esclarecimentos à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados sobre a existência de vagas ociosas em unidades de saúde administradas pelas Forças Armadas, Braga Netto disse que a capacidade dos estabelecimentos não tem sido suficiente para atender sequer a todos os militares da ativa, reservistas e dependentes.

“Encaminhamos muitos de nossos contribuintes para organizações de saúde de fora das forças. Não tínhamos capacidade para atender a mais pessoas do que as que foram atendidas”, declarou o ministro, enfatizando que leitos temporariamente disponíveis não podem ser confundidos com vagas ociosas.

“Leitos vagos não necessariamente significam leitos ociosos”, disse Netto, sustentando que, em qualquer hospital, é preciso manter um número de vagas disponíveis para remanejamento de pacientes já internados. “A pessoa que está ocupando um leito clínico pode precisar da UTI e, após algum tempo, voltar, abrindo uma vaga para outro paciente internado que precisa de cuidados intensivos.”

Segundo Braga Netto, os números de infectados e mortos pelo novo coronavírus (covid-19) entre os usuários do sistema de saúde militar são superiores aos do restante da população. Entre fevereiro de 2020 e a semana passada, 84.601 usuários do sistema de saúde militar foram infectados pela doença, incluindo, além de militares da ativa e reservistas, seus dependentes e pensionistas. Desses, 3.450 faleceram.

Epidemia entre militares

De acordo com o instrutor da Escola Superior de Guerra (ESG) tenente-coronel José Roberto Pinho de Andrade Lima, que assessorava o ministro, e apresentou aos deputados dados da epidemia entre os militares, a taxa de letalidade da doença entre o grupo, que é de 4,1%, supera a da população em geral, que é de 2,8%. E embora 97% do total de mortes de usuários do sistema militar tenham ocorrido entre reservistas e pensionistas (em geral, idosos), a maioria (65%) dos que adoeceram é composta por militares da ativa, sendo que 54.791 deles foram diagnosticados até a semana passada, dos quais 113 morreram devido a complicações da doença.

“É a maior concentração, a maior perda de militares da ativa desde a Segunda Guerra Mundial”, disse Lima, explicando que os 54.791 militares da ativa infectados representam 16% de todo o atual efetivo das Forças Armadas.

Segundo Andrade Lima, enquanto os números de novos casos e de mortes registrados diariamente entre a população em geral vêm caindo em comparação aos momentos de pico registrados entre março e abril deste ano, a quantidade de casos confirmados entre os militares aumentou cerca de 4% nos últimos 15 dias, período em que os óbitos diários cresceram 5,2%. O ministro e os militares associaram os números à natureza da atividade militar, apesar de garantirem que as Forças Armadas cumprem as recomendações das autoridades sanitárias.

Para o diretor de Saúde do Exército, general Alexandre Falcão, os profissionais dos estabelecimentos de saúde militares vivenciam os mesmos problemas registrados em outros estabelecimentos públicos de todo o país. Tendo, inclusive, que transferir pacientes para hospitais particulares conveniados.

“Procuramos atender da melhor forma possível. Tivemos que criar leitos emergenciais, pois nossos leitos de UTI não deram vazão à necessidade de atendimento aos contribuintes do sistema de saúde militar. Tivemos que fechar centros cirúrgicos; interromper o atendimento a pacientes não covid. Enfim, vivemos a mesma situação que toda a população brasileira”, Alexandre Falcão.

Os militares afirmaram que seus hospitais e unidades de saúde não recebem dinheiro do Sistema Único de Saúde (SUS), salvo a parcela relativa ao auxílio-saúde, benefício que os membros das Forças Armadas, a exemplo de outros servidores federais, têm direito. Além disso, 3,5% da remuneração de cada militar é descontada mensalmente para ajudar a custear o sistema. Somados, esses recursos chegam, hoje, à casa dos R$ 4,11 bilhões. Um investimento que, de acordo com os militares, é feito para “manter a capacidade operacional dos militares” e a saúde de seus dependentes.

“Precisamos desse sistema para dar suporte [aos militares] não só em casos eventuais, mas também em patologias correntes. Mas nosso sistema é tão limitado que não conseguimos atender sequer a todas as necessidades dos nossos contribuintes, que pagam para si e para seus dependentes”, acrescentou Falcão.

Edição: Fernando Fraga

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MT termina a terça (22) com somente um ponto de bloqueio

Conforme Chiroli, o governador Mauro Mendes (União), que reassumiu o cargo, pediu monitoramente das vias para evitar novos bloqueios

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Trecho da BR-364, em Sapezal, no qual o bloqueio é realizado por indígenas, segue ativo.

O secretário-adjunto de Integração Operacional Juliano Chiroli  fez um balanço, no final da tarde desta terça-feira (22), da operação desencadeada hoje pelas forças de segurança do estado para desobstruir as rodovias e afirmou que existe apenas um ponto que permanece interditado.

Trata-se de um trecho da BR-364, em Sapezal, no qual o bloqueio é realizado por indígenas. Segundo ele, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Federal darão o suporte para que a estrada seja liberada nas próximas horas.

“No momento, temos as rodovias todas liberadas no Estado. Apenas um ponto em Sapezal que há um bloqueio realizado por indígenas em que o suporte será dado pela a PF e PRF”, disse.

Conforme Chiroli, o governador Mauro Mendes (União), que reassumiu o cargo nesta tarde (22), após viagem realizada ao Egito, para participar da COP-27, determinou que as forças de segurança continuem nas rodovias para evitar novos bloqueios.

Os bloqueios tiveram início desde que Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi declarado presidente eleito do país. Nos últimos dias, no entanto, manifestações se intensificaram por conta da decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou o bloqueio das contas de mais de 40 empresas, quase que todos de Mato Grosso. Eles teriam sido identificados como ‘financiadores dos protestos’.

Além dos bloqueios, caminhões foram incendiados e a base da concessionária Rota do Oeste, em Lucas do Rio Verde, foi alvo de um atentado. Investigações são procedidas sobre os casos.  Ao todo, segundo Chiroli, desde quinta-feira (17), 15 pessoas foram presas.

Apesar do anunciado fim dos bloqueios, seguem manifestos pacíficos às margens de rodovias federais em vários pontos do estado.

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