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Com nova portaria, crédito do Brasil Soberano chega a mais empresas e alcança também fornecedores
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O governo federal alterou os critérios do Plano Brasil Soberano, fazendo com que mais empresas afetadas pelas tarifas adicionais dos EUA se beneficiem do programa de apoio.
Portaria conjunta assinada pelos ministros do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, e da Fazenda, Fernando Haddad, permite que as empresas cujo faturamento com exportações para os EUA seja superior a 1% do faturamento total acessem as linhas de crédito de R$ 30 bilhões do Plano. Até aqui, o piso para ter direito ao crédito era de 5%.
Os recursos são do FGE e as linhas estão sendo operadas pelo BNDES.
Fornecedores
Reconhecendo o impacto indireto das taxas impostas a produtos brasileiros pelo governo dos EUA, a portaria também incluiu uma nova regra que estende as medidas de apoio às empresas fornecedoras.
Para se enquadrar, elas devem comprovar o fornecimento de bens, no período de julho de 2024 a junho de 2025, para uma empresa exportadora com faturamento de exportações afetadas pelas tarifas dos EUA igual ou superior a 5% do faturamento total.
Confira a lista de produtos brasileiros afetados pela imposição de tarifas adicionais pelo governo dos EUA.
Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços
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“Turismo em Ação”: Cases da Ilha do Combu e da Bahia mostram como gerar renda e proteger a floresta
Na Green Zone da COP30, em Belém, o auditório lotado aguardava o início do painel “Turismo em ação: casos de sucesso no combate às mudanças climáticas”. Pedro da Cunha, diretor de Áreas Protegidas do MMA, quebrou o gelo lembrando um ponto simples e decisivo: proteger 30% do território só é possível com o apoio de, pelo menos, 30% da sociedade. Para ele, o turismo de natureza, quando bem planejado, transforma visitação em conservação, recreação em pertencimento e voto em política pública. É com esse foco que o Governo do Brasil, com Ministério do Turismo e Meio-ambiente: alinhar regras, estimular boas práticas e garantir que a experiência do visitante fortaleça, e não fragilize, as áreas protegidas.
A primeira história veio da Ilha do Combu. Ana de Sá contou como o Espaço Aruna nasceu, em 2017, para ser um lugar de encontro entre pessoas, marcas, floresta e comunidade ribeirinha. Bioconstrução, imersões do açaí, eventos corporativos de baixo impacto e um princípio inegociável: a Área de Proteção Ambiental (APA) pede responsabilidade. O Aruna fechou as portas para a madrugada, trocou a lógica de festa pela de reconexão e ajudou a articular o Comitê de Turismo Sustentável do Combu. O indicador que Ana mais gosta não está em planilhas: é ver os vizinhos continuarem no território, com renda digna e orgulho de origem. “Mudança climática é, também, crise de desconexão”, resume. O recém-aprovado plano gestor da APA é um avanço; o próximo passo é garantir o plano de manejo, com diálogo real com a comunidade.
De Manaus a Belém, Matheus Andrade trouxe a visão do chão de fábrica dos hostels. A Rede Local nasceu pequena, mas com uma ideia insistente: causar microrevoluções. Se o turismo responde por uma fatia relevante das emissões, cada detalhe importa. Por isso, filtros de água substituíram garrafas plásticas, a compra prioriza o produtor local, a eficiência energética virou regra e o desenho dos espaços reduz o carbono incorporado. Matheus aprendeu a dizer “não” a comodidades que viram lixo e a explicar por que o preço justo sustenta cadeias justas. A rede agora prepara o Ribeirinho Office, postos de trabalho remotos com internet via satélite, para que gente das comunidades possa atender reservas sem sair de casa. O combate à crise climática, para ele, começa com escolhas cotidianas que viram exemplo para hóspedes e vizinhos.
Do sul da Bahia veio uma história de 26 anos. Juari Braz Bomfim falou da Reserva da Jaqueira, 827 hectares protegidos por brigadas indígenas, plano de gestão e uma governança que coloca identidade e meio ambiente antes do turismo. A etnovivência recebe milhares de visitantes por ano, mas quem dita o ritmo são as tradições: festival Araguaí, casamento tradicional, artesanato, formação de jovens. Hoje, 17 aldeias Pataxó desenvolvem atividades turísticas em Porto Seguro, Santa Cruz Cabrália e Prado. A regra é clara: território é sagrado; latinha e garrafa ficam do lado de fora. Autonomia é o antídoto contra a exploração e o caminho para que a renda circule onde precisa.
Na plateia, um professor de energias renováveis propôs um gesto concreto: calcular os quilômetros voados e plantar árvores suficientes para compensar as emissões. A sugestão encontrou eco imediato, afinal, muitas das iniciativas apresentadas já combinam educação ambiental com plantio e manejo.
Ao final, Pedro costurou as ideias. O Brasil precisa escalar o que já funciona, sem perder a alma dos territórios. Isso pede três movimentos combinados: gestão compartilhada com dados de visitação para guiar investimentos; redes de aprendizagem contínua entre governos, empreendedores e comunidades; e comunicação honesta com o visitante, para que ele entenda o valor do turismo responsável e recuse o barato que sai caro para a natureza e para as pessoas.
Na saída, ficou a sensação de que o combate às mudanças climáticas não mora em promessas distantes, mas em escolhas repetidas todos os dias: a decisão de uma ilha que regula seus horários, de um hostel que troca a Pringles pela bananinha chips da feira, de um povo que mantém a floresta em pé. É assim, em pequenas e persistentes revoluções, que o turismo vira ação.
PROGRAMAÇÃO – O estande do Ministério do Turismo terá uma programação robusta e estratégica ao longo das duas semanas da COP30. No Auditório Carimbó, especialistas nacionais e internacionais participarão de debates de alto nível sobre turismo regenerativo, financiamento climático, justiça ambiental e a valorização de comunidades tradicionais, promovendo reflexões essenciais para o futuro do setor. Além da agenda de painéis, o MTur aproveitará o espaço para lançar produtos fundamentais voltados à adaptação climática do turismo, entre eles a Trilha Amazônia Atlântica, o Mapeamento do Turismo em Comunidades Indígenas, a série “Pelos Rios da Amazônia” e o Plano de Adaptação Climática do Turismo Brasileiro, reforçando o compromisso do Brasil com inovação e sustentabilidade.
Por Cíntia Luna
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo
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