BRASIL & MUNDO
Ministério do Turismo apresenta Plano de Adaptação Climática do setor na COP30
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O Ministério do Turismo apresentou nesta sexta-feira (14.11), em Belém (PA), o Plano de Adaptação Climática do Setor de Turismo, uma iniciativa estratégica voltada ao fortalecimento da resiliência do ramo no Brasil diante dos impactos das mudanças do clima. O evento ocorreu na Green Zone da COP30, no estande do órgão na conferência, espaço que é palco de vários debate sobre o futuro sustentável do turismo global.
A construção do plano foi conduzida pelo Ministério do Turismo, por meio da Secretaria Nacional de Políticas de Turismo. O processo seguiu metodologia participativa, envolvendo a realização de oficinas técnicas, consultas públicas na plataforma Brasil Participativo e consultas setoriais com representantes de segmentos econômicos e sociais do setor.
“O turismo brasileiro está se preparando para ser um dos protagonistas da transição verde. Com o Plano de Adaptação Climática, o Ministério do Turismo assume o compromisso de transformar desafios em oportunidades, fortalecendo destinos, protegendo comunidades e garantindo um futuro sustentável para o setor”, destacou a ministra do Turismo em exercício, Ana Carla Lopes.
Coordenado pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), com suporte do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Plano de Adaptação Climática do Brasil estrutura a resposta nacional aos desafios do clima e organiza a atuação governamental em 16 setores, como o Turismo.
Após a apresentação institucional, a coordenadora-geral de Turismo Sustentável e Responsável do Ministério do Turismo, Carolina Fávero, explicou que o evento na COP30 marcou a divulgação do trabalho desenvolvido.
“É a primeira vez que o turismo integra um plano de adaptação climática. Mais de 60% dos destinos têm baixa ou muito baixa capacidade de resiliência a eventos geohidrológicos, o que mostra a urgência de avançarmos na adaptação. Quando ocorre um desastre, todo o setor é afetado: empregos são interrompidos, atrativos são perdidos e comunidades veem seu patrimônio comprometido”, apontou Carolina.
A lista de ações previstas inclui a implantação do Observatório Nacional de Turismo Sustentável, desenvolvido em parceria com o Itaipu Parquetec. Segundo o diretor de Negócios e Empreendedorismo da empresa, Eduardo de Miranda, a unidade será essencial para orientar políticas públicas.
“Estamos trabalhando para desenvolver um observatório capaz de coletar, processar e divulgar dados atualizados que apoiem a tomada de decisão. A Itaipu, junto com o Ministério do Turismo, vem investindo para que esse observatório seja uma referência nacional”, declarou Miranda.
PLANO – O documento é organizado em três dimensões: Paisagem e Biodiversidade; Infraestrutura e Serviços; e Modos de Vida e Cultura, estabelecendo objetivos e metas até 2035. Entre eles, promover o desenvolvimento sustentável e resiliente dos destinos turísticos; fortalecer a segurança e a capacidade de adaptação frente a eventos climáticos extremos e valorizar modos de vida e culturas de comunidades turísticas, com foco na justiça climática.
A apresentação do plano marca um avanço na consolidação de políticas públicas voltadas à resiliência climática do turismo brasileiro, reforçando o compromisso do Governo do Brasil com a sustentabilidade, a inclusão social e a inovação.
Por Lívia Albernaz
Assessoria de Comunicação do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo
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Pegadas sustentáveis: trilhas que transformam territórios, pessoas e comunidades
Um painel nessa sexta-feira (14.11) no espaço “Conheça o Brasil” do Ministério do Turismo na COP30, em Belém (PA), abordou o tema “Pegadas Sustentáveis: trilhas de longo curso como instrumentos de transformação socioambiental”. Angelice Motter, representante da Associação Rede Brasileira de Trilhas, abriu o debate com a suavidade de quem conhece cada curva dessa caminhada coletiva. Ela contou que estava feliz pela oportunidade de moderar um diálogo que traduz, na prática, o impacto real da atividade no país.
Do palco, Anglice apresentou cada participante do painel como quem convida velhos parceiros para mais um trecho da jornada: Pedro Menezes, diretor de Áreas Protegidas do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima; Júlio Meyer, presidente da Rede Brasileira de Trilhas, e Renata Falzoni, cicloturista, jornalista e vereadora de São Paulo. Motter explicou que o objetivo daquele encontro era mostrar como conservação, turismo, economia e comunidade se conectam quando uma trilha marca o território.
O primeiro a entrar na narrativa foi Júlio Meyer, que lembrou das origens da Rede Brasileira de Trilhas. Contou que tudo começou no Rio de Janeiro, movido pela inquietação de voluntários que sonhavam com caminhos capazes de conectar paisagens, biomas e pessoas. Meyer destacou ainda do trabalho técnico que existe por trás de cada trecho: mapeamento, sinalização padronizada, classificação de risco, organização de serviços e definição dos atrativos, garantindo segurança e experiência qualificada aos caminhantes e ciclistas.
Quando passou o microfone a Renata Falzoni, o tom virou memória afetiva. Renata recordou que, antes de ser referência internacional em cicloturismo, foi montanhista e sempre buscou trilhas como forma de compreender o mundo. Mas frisou: nenhum lugar do planeta recebe cicloturistas como o Brasil. Ela apontou que o cicloturismo europeu movimenta bilhões, mas disse acreditar que o Brasil tem potencial para ir além, pela força cultural e pelo afeto das comunidades.
Na sequência, Pedro da Cunha e Menezes trouxe a leitura estratégica da política pública. Ele explicou que a Rede Brasileira de Trilhas foi desenhada para durar décadas e que sua força nasce do modelo de baixo para cima, construído por voluntários, associações e comunidades antes mesmo do reconhecimento estatal. Pedro falou sobre a importância das pegadas pretas e amarelas, explicando que elas são mais que sinalização: representam identidade nacional e evitam que o país seja fragmentado em centenas de modelos desconectados.
CELEBRAÇÃO – Renata Falzoni celebrou o lançamento da Trilha Amazônia Atlântica, no Pará, como uma festa para quem ama pedalar e caminhar por paisagens brasileiras. Pedro da Cunha e Menezes ressaltou que o estado ganha um legado concreto com as centenas de quilômetros da trilha, que conectam Belém à divisa com o Maranhão. Júlio Meyer resumiu que o grande desafio daqui em diante é organizar o movimento, mantendo todas as trilhas do país alinhadas na mesma direção.
No final, o painel deixou uma mensagem forte: cada pegada preta e amarela pintada na madeira, na rocha ou no tronco – típicas da Rede Brasileira de Trilhas – não é apenas um sinal de orientação, mas um convite para transformar o Brasil com passos lentos, pedaladas longas e comunidades fortalecidas pelo turismo que respeita, gera dignidade e preserva.
PROGRAMAÇÃO – O estande do Ministério do Turismo tem uma programação robusta e estratégica ao longo das duas semanas da COP30. No Auditório Carimbó, especialistas nacionais e internacionais participam de debates de alto nível sobre turismo regenerativo, financiamento climático, justiça ambiental e a valorização de comunidades tradicionais, promovendo reflexões essenciais para o futuro do setor.
Por Cíntia Luna
Assessora de Comunicação do Ministério do Turismo
Fonte: Ministério do Turismo
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