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EM UM ÚNICO MÊS

Mais de 30 desembargadores de MT recebem mais de R$ 130 mil

No caso dos magistrados mato-grossenses, os únicos que não receberam mais de R$ 130 mil no mês analisado foram os novatos

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JURÍDICO

Para 'driblar' a legislação que estabelece o teto constitucional de R$ 44 mil, o Judiciário cria dispositivos que justificam os valores acima do limite legal.

Dos 35 desembargadores do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, apenas dois não receberam mais de R$ 130 mil em outubro deste ano, o que significa que 94,8% ganharam acima do teto constitucional, que é de R$ 44 mil. Para que os valores acima do limite sejam repassados, o Judiciário cria dispositivos que se classificam como indenização e outros rótulos, que, na prática, driblam a legislação.

Os dados constam no painel de dados do Conselho Nacional de Justiça, onde detalha-se que na conta de cada um dos envolvidos entrou, além do salário, pensões e as demais espécies remuneratórias, incluindo as vantagens pessoais ou de qualquer natureza. A notícia vem à tona em momento conturbado do TJMT, após dois dos 35 terem sido afastados por possível venda de sentença. 

No caso dos magistrados mato-grossenses, os únicos que não receberam mais de R$ 130 mil no mês analisado foram os novatos, que entraram no cargo esse ano. Hélio Nishiyama foi nomeado em fevereiro e na folha de pagamento de outubro recebeu R$ 64,7 mil. Já Marcos Regenold Fernandes, que tomou posse em abril, recebeu R$ 65,6 mil.

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A que recebeu o maior valor foi a presidente do TJMT, Clarice Claudino da Silva, com R$ 175,2 mil. Desse valor, R$ 123,6 mil são de direitos eventuais, que abrangem pagamentos previstos em lei como abono constitucional de um terço de férias, gratificação natalina, serviço extraordinário, pagamentos retroativos, entre outros.

Já o salário bruto da magistrada é de R$ 39,7 mil. Como o valor bruto é alto, os descontos também são expressivos. Da desembargadora Clarice foram descontados R$ 39,9 mil por imposto de renda, previdência pública e retenção por teto constitucional, o que significa que o valor que caiu na conta foi de R$ 135,3 mil.

Os desembargadores ainda têm uma vantagem em relação aos demais servidores públicos. O pagamento das verbas devidas do passado não entre na fila dos precatórios, o que pode fazer a pendência se arrastar por anos. No caso deles, o pagamento é realizado imediatamente. Isso porque esses julgamentos são realizados em sessões administrativas do tribunal ou em conselhos do próprio Judiciário.

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Segundo levantamento da Secretaria do Tesouro Nacional do Governo Federal, o Brasil gasta cerca de 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB) com o Judiciário. O valor equivale a cerca de R$ 160 bilhões, mais que o triplo do observado nos países emergente, onde a conta média é de 0,5% do PIB. A conta faz com que o país tenha recebido a classificação de ter o maior custo do mundo para manter seus tribunais ativos, na contrapartida onde a lentidão para o alcance das sentenças também seja um dado concreto.

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JURÍDICO

Homem que matou por farol alto é condenado a 21 anos de cadeia

No total, Maroan foi condenado no Tribunal do Júri a 21 anos e 6 meses de reclusão e ao pagamento de 10 dias-multa

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Maroan Fernandes Haidar Ahmed já está detido no Presidio Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO)

Figura conhecida na cidade de Rondonópolis, Maroan Fernandes Haidar Ahmed foi condenado a 21 anos e 6 meses de prisão pelo assassinato do empresário Fábio Batista da Silva, após uma briga por farol alto. O crime aconteceu na madrugada do dia 18 de novembro de 2018 e causa revolta até hoje na cidade pelo motivo fútil.

A condenação ocorreu ontem (14), sete anos depois do crime, durante Tribunal do Júri da 1ª Vara Criminal de Rondonópolis, presidido pelo juiz Leonardo de Araújo Costa Tumiati. Maroan já está detido no Presidio Federal de Segurança Máxima de Porto Velho (RO) desde outubro do ano passado, por outros motivos. Ele participou da audiência por videoconferência.

No total, Maroan foi condenado a 21 anos e 6 meses de reclusão e ao pagamento de 10 dias-multa (correspondente a um trigésimo do maior salário mínimo mensal vigente à época do fato), pelo crime de homicídio duplamente qualificado. A pena deverá ser cumprida em regime inicial fechado, conforme determinação judicial, e a manutenção da prisão foi garantida, assegurando a ordem pública e o cumprimento da sentença.

O caso

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Fábio morreu após ser baleado na madrugada 18 de novembro de 2018 em um estabelecimento comercial na avenida Lions Internacional, Vila Aurora. Conforme informações de testemunhas, a vítima estava em uma mesa no comércio, quando o condutor de uma caminhonete Amarok de cor branca se aproximou e deixou o veículo com o farol alto em direção às pessoas que estavam no estabelecimento.

A vítima teria ido até o motorista e pedido para ele abaixar o farol, momento em que houve uma pequena discussão e, quando a vítima estava retornando para a mesa, foi atingida por um disparo de arma de fogo que teria sido efetuada pelo motorista da Amarok. Fábio não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. A vítima deixou três filhos menores de idade.

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