DENÚNCIAS E MAIS DENÚNCIAS
Secretário de MT "provoca" reprovados e defende concurso suspenso
O certame, realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), teve 67 mil inscritos e foi alvo de mais de 100 denúncias
JURÍDICO

O secretário de Estado de Segurança Pública (Sesp), Alexandre Bustamante, minimizou, nesta semana, os questionamentos sobre o concurso realizado em feveiro na área para preenchimento de cargos na Politec, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros de Mato Grosso, todos suspensos temporariamente pela Justiça após várias denúncias de irregularidades, e chegou a dar uma provocada nas tantas pessoas que buscaram a justiça afirmando que os “desclassificados sempre ficam insatisfeitos”.
Ele negou qualquer possibilidade de anular o certame, logo após isso ser defendido pelo próprio presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso – ALMT, que enxergou que o certamente já perdeu a credibilidade. “A principal polêmica que o concurso dá é sempre dos reprovados, dos desclassificados, que não concordam às vezes com as questões ou com o tipo de exame”, provocou Bustamente.
“Estamos vivendo um momento muito garantidor do direito de todos e todos têm o direito de recorrer à Justiça e vão questionar o concurso até o fim. Sempre os desclassificados não ficam satisfeitos e vão fazer suas falas”, acrescentou. O certame, realizado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), teve 67 mil inscritos e foi alvo de mais de 100 denúncias de concorrentes que apontaram supostas fraudes. Em março, a homologação do concurso foi suspensa.
Em maio, a Justiça Federal determinou a suspensão do processo por supostos problemas no Teste de Aptidão Física (TAF), realizado entre os dias 15 e 16 de maio em Cuiabá. Até mesmo um servidor, responsável por aplicar as provas, foi acusado de privilegiar alunos de uma academia que possui. Ainda em relação a prova teórica, um vídeo viralizou nas redes sociais denunciando o vazamento das provas 40 dias antes de sua aplicação. Segundo o secretário, porém, não há nada para se alarmar.
“É um concurso complexo, não feito apenas de prova objetiva, mas de provas físicas, exames médicos e odontológicos, psicotécnicos, e depois os aprovados ainda vão para a academia”, justificou Bustamante. O secretário salientou que não irá questionar a idoneidade da UFMT ou apontar má-fé de alguém.
Segundo Bustamante, pode ter havido erros no certame, mas cabe à Justiça “equilibrar a balança”. “Foram 67 mil inscritos e eu tenho nesse universo pouca gente questionando. Fazendo muito barulho? Com certeza. Mas são poucos os que estão entrando na Justiça e tendo respaldo. […] Eu acredito muito na estrutura do Estado e na finalização desse concurso”, completou.
“Problemas pontuais”
Bustamante afirmou que acredita no prosseguimento normal do certame assim que dois ”problemas pontuais” forem resolvidos. Um é quanto à lei aprovada pela Assembleia, após os deputados derrubarem o veto do governador Mauro Mendes (UB), que veda a eliminação de candidatos de concursos públicos que forem classificados abaixo do quantitativo de vagas.
“Essa lei altera a cláusula do edital, que é regra básica do concurso. E também temos uma decisão da Justiça Federal que altera cláusula do edital e abre oportunidade de recurso num momento em que não tinha recurso”, citou. “Mas são coisas pontuais, estamos trabalhando e a Justiça também tem seus freios e contrapesos”, completou.

JURÍDICO
Marido mandante de morte de personal da mulher pega 20 anos de cadeia
Segundo as investigações, Guilherme arquitetou o crime e contratou dois executores, após descobrir uma suposta traição da esposa

O Tribunal do Júri condenou, nesta terça-feira (5), Guilherme Dias de Miranda a 20 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado e Wallisson Magno de Almeida Santana a 9 anos em regime semiaberto por homicídio simples.
Guilherme foi acusado de mandar matar o personal trainer Danilo Campos, de 28 anos, que teria um suposto relacionamento com sua esposa. Já Wallison foi inicialmente denunciado como sendo um dos executores do crime, mas o MPE o apontou como piloto.
Danilo foi executado quando saía de uma academia no dia 8 de novembro de 2017, no bairro Jardim Cuiabá, na capital, quando um motociclista passou pelo local. O executor, até o momento, não foi identificado e nem preso.
Segundo as investigações, Guilherme arquitetou o crime e contratou dois executores, motivado por ciúmes. Policiais da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoas (DHPP), descobriram que a vítima havia conhecido a esposa de Guilherme em uma academia localizada no Shopping de Várzea Grande.
O caso foi descoberto pelo marido pouco tempo depois. Com a descoberta, Guilherme teria pedido a esposa para que frequentasse outra academia, porém, os encontros teriam continuado. De acordo com uma testemunha que era colega de trabalho de Danilo, o rapaz estaria recebendo ameaças.
A partir de então, teria começado a andar armado. Ainda conforme a testemunha, Danilo, apesar das ameaças, sempre se mostrou tranquilo e dizia que jamais tinha visto Guilherme na academia. Durante depoimento, a namorada de Danilo na época contou que conheceu a vítima em agosto de 2017 e negou ter conhecimento das ameaças supostamente cometidas por Guilherme.
A dupla foi presa em março de 2018, em São Paulo, enquanto tentavam fugir do país. A esposa de Guilherme, Ane Lise, chegou a ser presa em Foz do Iguaçu (PR) e trazida a Mato Grosso, mas acabou sendo colocada em liberdade após colaborar com as investigações e declarar ter sofrido ameaças do ex-companheiro.
Ela não foi denunciada pelo Ministério Público por envolvimento no crime. Danilo era filho de Nilo Campos, ex-vereador por Várzea Grande.
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