IMPASSE
UFMT nega imagens do TAF e juiz suspende concurso da Polícia Civil
A decisão é assinada pelo juiz Hiram Armênio Xavier Pereira, da 2ª Vara Federal Cível de Mato Grosso, que acolheu pedido da Defensoria
JURÍDICO

A Justiça Federal determinou a suspensão do concurso público da Polícia Civil de Mato Grosso por supostos problemas no Teste de Aptidão Física (TAF), realizado entre os dias 15 e 16 de maio em Cuiabá. A prova escrita foi aplicada no dia 21 de fevereiro deste ano.
A decisão é assinada pelo juiz Hiram Armênio Xavier Pereira, da 2ª Vara Federal Cível de Mato Grosso. O magistrado acolheu pedido da Defensoria Pública da União. Na mesma decisão, o juiz determinou que a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), organizadora do certame, forneça aos candidatos do concurso público, no prazo de 48 horas, as filmagens/gravações do TAF por eles realizados.
Também determinou que seja reaberto o prazo para interposição de recurso administrativo em face do teste, observando o prazo igual ao inicialmente previsto no edital do concurso. Foi requisitado ainda a apresentação de um novo cronograma do concurso público, no prazo de cinco dias.
A Defensoria interpôs uma tutela em regime de urgência alegando a necessidade do fornecimento das imagens do TAF por parte da UFMT aos candidatos para que pudessem apresentar recursos contra o resultado dessa fase.
De acordo com a Defensoria, a banca examinadora do concurso vem negando aos candidatos aos cargos de escrivão de polícia e investigador de polícia as gravações e filmagens do teste e, por esse motivo, eles não conseguiram interpor recurso administrativo, cujo prazo encerrou na quinta-feira (19).
“Asseverou que a postura dos réus é evidentemente inconstitucional e ilegal, pois inviabiliza a possibilidade de interposição de recurso e fere o princípio da publicidade”, diz trecho do pedido.
Na decisão, o magistrado escreveu que a negativa da banca examinadora não encontra amparo legal, muito menos constitucional. Conforme ele, o acesso à filmagem do exame físico é a única forma de permitir a averiguação da inexistência de erros na análise da comissão, possibilitando ao candidato o direito de recorrer, ou não, de forma assertiva de eventual resultado negativo.
O juiz pontuou que se a banca examinadora realizou a filmagem, não há motivo válido para negar seu acesso aos candidatos que assim o desejarem. “É de bom alvitre que o concurso seja suspenso enquanto a disponibilização das filmagens/gravações e a reabertura do prazo recursal não forem tomadas, considerando que certamente haverá alteração no cronograma do mesmo, visto que está prevista para o dia 25/05/2022 a divulgação do resultado da análise dos recursos contra o resultado do Teste de Aptidão Física , situação que impõe a apresentação de novo cronograma, que deverá ser disponibilizado pelos réus no endereço eletrônico em que são feitas todas as publicações relativas ao concurso em comento”, decidiu.

JURÍDICO
Marido mandante de morte de personal da mulher pega 20 anos de cadeia
Segundo as investigações, Guilherme arquitetou o crime e contratou dois executores, após descobrir uma suposta traição da esposa

O Tribunal do Júri condenou, nesta terça-feira (5), Guilherme Dias de Miranda a 20 anos de reclusão em regime fechado por homicídio qualificado e Wallisson Magno de Almeida Santana a 9 anos em regime semiaberto por homicídio simples.
Guilherme foi acusado de mandar matar o personal trainer Danilo Campos, de 28 anos, que teria um suposto relacionamento com sua esposa. Já Wallison foi inicialmente denunciado como sendo um dos executores do crime, mas o MPE o apontou como piloto.
Danilo foi executado quando saía de uma academia no dia 8 de novembro de 2017, no bairro Jardim Cuiabá, na capital, quando um motociclista passou pelo local. O executor, até o momento, não foi identificado e nem preso.
Segundo as investigações, Guilherme arquitetou o crime e contratou dois executores, motivado por ciúmes. Policiais da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoas (DHPP), descobriram que a vítima havia conhecido a esposa de Guilherme em uma academia localizada no Shopping de Várzea Grande.
O caso foi descoberto pelo marido pouco tempo depois. Com a descoberta, Guilherme teria pedido a esposa para que frequentasse outra academia, porém, os encontros teriam continuado. De acordo com uma testemunha que era colega de trabalho de Danilo, o rapaz estaria recebendo ameaças.
A partir de então, teria começado a andar armado. Ainda conforme a testemunha, Danilo, apesar das ameaças, sempre se mostrou tranquilo e dizia que jamais tinha visto Guilherme na academia. Durante depoimento, a namorada de Danilo na época contou que conheceu a vítima em agosto de 2017 e negou ter conhecimento das ameaças supostamente cometidas por Guilherme.
A dupla foi presa em março de 2018, em São Paulo, enquanto tentavam fugir do país. A esposa de Guilherme, Ane Lise, chegou a ser presa em Foz do Iguaçu (PR) e trazida a Mato Grosso, mas acabou sendo colocada em liberdade após colaborar com as investigações e declarar ter sofrido ameaças do ex-companheiro.
Ela não foi denunciada pelo Ministério Público por envolvimento no crime. Danilo era filho de Nilo Campos, ex-vereador por Várzea Grande.
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