Se você tem um carro da Ford, nada mais justo que ficar preocupado com a notícia de que a montadora está encerrando a produção em território nacional e fechando as fábricas de Camaçari (BA), de onde saíam Ka, Ka Sedan e EcoSport, e de Taubaté (SP), responsável pela produção de motores e transmissões.
Segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), a descontinuidade dos produtos não altera a responsabilidade do fabricante, que continua obrigado a dar suporte ao consumidor.
“Caso identifique um problema, poderá exigir do fornecedor o conserto do produto, ou ainda em casos de não reparação exigir o dinheiro de volta com base no artigo 18 do Código de Defesa do Consumidor”, diz Igor Marchetti, advogado da entidade.
Ele afirma ainda que o fabricante precisa manter a oferta de peças de reposição mesmo com o fim da produção por um prazo razoável. “Entendemos que o prazo razoável é o do tempo de vida útil médio dos produtos da mesma categoria.” Há um projeto de lei em tramitação que obriga a empresa a fornecer peças por cinco anos, no mínimo, após o encerramento das atividades.
Aparentemente esse não é um problema para a Ford em curto prazo. “Gostaria de reforçar que estamos comprometidos com nossos concessionários e clientes durante este processo de transformação. Manteremos a assistência total ao consumidor com operações de vendas, serviços, peças de reposição e garantia no Brasil, agora e no futuro”, disse o presidente da empresa na América do Sul, Lyle Watters, em comunicado enviado à rede de concessionários.