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CHEGA DE MIGALHAS

MT PRECISA da força e da visão das mulheres na política!

A verdade nua e crua é que a representação feminina nos cargos eletivos do nosso estado ainda é um VERGONHOSO espelho

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OPINIÃO

Durante décadas, ouvimos o blá-blá-blá sobre a “crescente” presença feminina na política brasileira, como se fosse um favor, uma concessão masculina. Em Mato Grosso, a realidade escancara a lentidão revoltante dessa “evolução”. Sim, colecionamos algumas conquistas, mas cada passo feminino nesse universo ainda hostil é uma batalha árdua contra muralhas de preconceito e estruturas machistas. E cada vitória não é um “marco para a democracia mato-grossense” – é o MÍNIMO que uma sociedade justa deveria garantir!

A verdade nua e crua é que a representação feminina nos cargos eletivos do nosso estado – seja na vereança, prefeitura, Assembleia, Câmara ou Senado – ainda é um VERGONHOSO espelho da nossa sociedade, onde somos MAIORIA, mas, nos espaços de decisão, somos uma FRAGMENTAÇÃO insignificante. E não se enganem com o “aumento do interesse” nas últimas eleições. É a FOME por voz, a URGÊNCIA de ver nossas pautas finalmente ganhando a atenção que merecem. Porque, sejamos claras: quando uma mulher assume um cargo, a conversa muda de tom. A igualdade de gênero deixa de ser um discurso vazio e ganha contornos de política pública real. A proteção social deixa de ser assistencialismo e se torna prioridade. A educação ganha um olhar mais sensível, a saúde da mulher sai da invisibilidade e o combate à violência doméstica – ah, o combate à violência doméstica – DEIXA DE SER UM CRIME ABANDONADO!

O “desafio” de superar preconceitos? É uma INJUSTIÇA gritante! A tal “jornada dupla ou tripla” não é uma peculiaridade feminina – é a imposição de uma sociedade que ainda nos vê como cuidadoras primárias, relegando a ambição política a um “extra”. E a necessidade constante de “provar competência”? É o machismo estrutural escancarado, a eterna dúvida sobre nossa capacidade, enquanto homens medíocres desfilam poder sem questionamento. Mas a verdade ecoa nos feitos de cada mulher que ousou chegar lá: quando nós lideramos, as políticas são MAIS INCLUSIVAS, MAIS HUMANAS, MAIS RESPONSIVAS às necessidades REAIS da nossa gente!

“Programas e iniciativas para incentivar a presença feminina”? Louváveis, sim – mas ainda insuficientes diante da dimensão do problema. ONGs, universidades, movimentos sociais e até o TRE fazem o que podem, mas é preciso um TSUNAMI de apoio, uma mudança CULTURAL profunda que desfaça séculos de opressão. Precisamos de partidos que ACREDITEM de verdade no potencial feminino, que invistam em candidaturas de mulheres com recursos e suporte real – não como cota para cumprir tabela!

Os “exemplos de mulheres que se destacaram”? São FARÓIS em meio à escuridão, provando que SIM, NÓS PODEMOS e NÓS FAREMOS! Mas não podemos nos contentar com exceções. A ampliação da nossa representatividade não é uma questão de “garantir direitos” – JÁ DEVERÍAMOS TÊ-LOS! É sobre construir uma sociedade EQUILIBRADA, onde a diversidade de olhares enriquece CADA decisão, onde a experiência feminina molda políticas públicas mais EFICIENTES e mais JUSTAS para TODOS!

Chega de pedir permissão! Chega de lutar por migalhas de poder! Mato Grosso precisa URGENTEMENTE da força, da inteligência, da sensibilidade e da DETERMINAÇÃO das suas mulheres na política. Fortalecer a educação política feminina não é caridade – é INVESTIMENTO no futuro do nosso estado. Fomentar o interesse das jovens não é ideologia – é INSPIRAÇÃO para um futuro mais igualitário. Ampliar os mecanismos de proteção contra a violência política de gênero não é vitimismo – é uma QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA em um sistema que ainda tenta nos silenciar.

Quando uma mulher conquista um espaço de poder, ela não está apenas abrindo uma porta para si. Ela está ESCANCARANDO um portal para que outras sigam, para que nossas vozes ecoem com a força que SEMPRE merecemos. E, quando as mulheres OCUPAREM os espaços de poder que nos pertencem por direito, preparem-se, Mato Grosso: a transformação será INEVITÁVEL – e a sociedade INTEIRA, finalmente, irá AVANÇAR de verdade!

Jacqueline Cândido de Souza é advogada e servidora pública, engajada na defesa dos direitos das mulheres e na promoção da igualdade de gênero.

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OPINIÃO

Antes que setembro acabe

Período para a chamada de consciência, pedido de cuidado com a saúde mental e a solicitação de rede de apoio para a abertura de conversas

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Foi inspirado no Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10/09) que o mês de setembro foi escolhido como o mês de alerta para os cuidados da saúde mental, para quebra de tabus sobre doenças emocionais e os transtornos mentais. É uma ação que ocorre mundialmente desde o ano de 1994. No Brasil foi instituído em 2013, com o lema “Se precisar, peça ajuda”, a cor amarela, a fita e o girassol compõem os símbolos da campanha.

A demarcação do período para a chamada de consciência, para o pedido de cuidado com a saúde mental e a solicitação de rede de apoio para a abertura de conversas sobre a temática são caminhos importantes para desmistificar as doenças mentais e também para salvar vidas. Para além disso, consideramos oportuno ampliar nossos olhares. Mais do que trazer soluções e respostas, apresentamos questionamentos que podem levar a outros caminhos para o grande desafio do cuidado com a saúde mental e com o bem-estar.

Para começar: essa campanha de setembro amarelo está a serviço de quem? As pessoas vivem e enfrentam muitos desafios o ano inteiro. Ousamos dizer que as pessoas que fogem do padrão heteronormativo, as que são colocadas às margens, que tem seus direitos desrespeitados, as que convivem diariamente com abusos e violências das mais diferentes formas sofrem todos os dias. Será que todos os problemas são realmente da ordem da saúde mental?

Outras perguntas que precisamos nos fazer: será que a nossa sociedade é a grande produtora de adoecimento psíquico das pessoas? Por que as pessoas que estão fora do que é dito como “padrão” não são apoiadas, acolhidas e amadas como elas são e devem ser? Por que o sofrimento é colocado como algo a ser combatido, muitas vezes com soluções rápidas e pouco efetivas? Por que temos dificuldades de perceber a raiz dos incômodos e das causas dos sofrimentos das pessoas?

Mais questões que podem nos ajudar a sair das nossas bolhas: O que o sofrimento faz com as pessoas? Quais são os reais produtores de adoecimento mental e físico das pessoas? Como os marcadores, raça, cor de pele, gênero, orientação sexual, crença, classe, idade, geração, dentre outros atravessam a saúde das pessoas? O sofrimento é individual ou é causado por contextos, fatores, abusos e violências? O que acontece com uma pessoa que tem sua identificação, sua escolha e sua decisão de vida negados e ignorados? Como apreender as questões que envolvem o sofrimento a partir das leituras sociais?

Ainda, mais problematizações que podem indicar outros olhares e sensações: Quais corpos recebem cuidado e atenção, de fato no atendimento e tratamento da saúde mental? Por que ainda alguns corpos são escolhidos e outros preteridos? O que significa a expressão: “O outro/ aquele outro?” Quem são as pessoas que são colocadas às margens da nossa sociedade e são lidas como fora da curva? Por que isso ocorre?

E também essas questões: ainda vivemos numa sociedade que prevalece “modelos” e “padrões” de ser, viver e pertencer enquanto cidadãos? Como as dores são lidas pela nossa sociedade e quais são eleitas como legítimas? De onde e quais perspectivas ocorrem essas escolhas? Quais grupos sociais têm segurado o zelo e o bem-viver? O que, de fato, nós precisamos: politizar o sofrimento ou despatologizar a vida?

São muitas as perguntas que perpassam o nosso nascer, viver e o morrer. Há tantas questões que atravessam o nosso existir! O mês de setembro é importante, mas precisamos de mais conversas, mais alertas e mais cuidados todos os meses do ano, porque a vida é cheia de mistérios, é envolvida por muitos contextos e fatores sociais.

Julianne Caju é Jornalista, Professora e Pesquisadora.

Giselle Nunes é Psicóloga, Professora e Pesquisadora.

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