A Polícia Civil prendeu, na sexta-feira (22), em Tangará da Serra e Lucas do Rio Verde, dois acusados de participação no desaparecimento de uma adolescente, no mês passado, na cidade de Diamantino (182 km de Cuiabá). Um deles é primo da vítima e já teria abusado sexualmente dela.

Marina Sofia Menezes Ventura, que completou 14 anos neste mês, desapareceu na tarde de 20 de outubro, no bairro Bom Jesus, após sair de casa e não fazer mais contato com familiares. A Delegacia de Diamantino instaurou investigação para apurar o sumiço da menor e chegou à informação de que a adolescente foi vista em um veículo.

O primeiro investigado, detido em Tangará da Serra, foi reconhecido por uma testemunha como uma das pessoas vistas saindo do referido veículo, na estrada próximo a um frigorífico da cidade. Momentos depois, uma dupla que estava no mesmo veículo retirou do porta-malas uma pessoa com as mesmas características da adolescente desaparecida, que tinha as mãos amarradas.

Com base nas evidências reunidas na investigação, o delegado Marcos Bruzzi representou pela prisão temporária do jovem de 18 anos. A equipe policial da Delegacia de Diamantino fez diligências e, com apoio da Delegacia de Tangará, o suspeito foi localizado e cumprida a prisão.

Aos investigadores, ele disse que foi abordado por um cunhado da vítima, identificado como João Vitor, que já estava acompanhando de um outro criminoso para a execução do crime. A motivação seria um valor de R$ 25 mil que a vítima receberia como indenização pela morte do pai. Ele não deu detalhes sobre como o crime foi executado ou do paradeiro da menor.

João Vitor foi preso em Lucas do Rio Verde e as investigações mostraram que ele é um traficante de drogas e o “disciplina” de uma facção criminosa, ou seja, é o responsável por agredir e torturar pessoas “condenadas” pelas lideranças da facção.

Segundo consta, há informações de que ele havia abusado sexualmente da vítima e que temia que ela o denunciasse. Segundo consta, ele teria fugido com a irmã de Marina, sua companheira, logo após o cometimento do crime.

Ouvido em interrogatório, o investigado se contradisse nas informações sobre o local onde estava durante o dia, na data em que adolescente desapareceu, e não soube explicar porque, na data do crime, voltou para casa com uma roupa diferente da que usava quando saiu.