CASO POLÊMICO
Detetive instala rastreador em carro de jornalista, que fugiu de MT pra não morrer
POLÍCIA
O jornalista político e investigativo, Alexandre Aprá, que abandonou sua casa em Mato Grosso e está recluso, com medo de morrer, de fato, estava sendo perseguido por um profissional “detetive”.
Uma filmagem mostra o exato momento onde um homem se aproxima do carro do jornalista e instala um aparelho rastreador.
VEJA:
Segundo acusa o profissional de comunicação, o detetive estaria arquitetando falsos flagrantes na tentativa de difamá-lo, tanto em relação a drogas quanto a um possível envolvimento amoroso com menores de idade.
Para Aprá, não resta dúvidas: a perseguição é toda financiada e arquitetada pelo governador, Mauro Mendes (DEM), sobretudo após divulgações minuciosas do jornalista para gastos suspeitos do gestor estadual.
A gastança encontrou como caminho de saída dos cofres públicos o investimento governamental em publicidade, caso que passou a ser detalhado em uma série de reportagens de Aprá.
O profissional de imprensa agora áudios que seriam do próprio detetive, que fez contato com tons de clara ameaça, após se dar conta de que Aprá tinha conseguido descobrir sua tentativa de rastreamento.
O detetive se irrita com o movimento antecipado do alvo e deixa claro que o “problema” seria a produção dos seus trabalhos no site.
Até o momento, a assessoria do governador e nem o próprio comentaram o assunto e as acusações. A esposa de Mauro, Virgína Mendes, também é citada pelo jornalista no complô possivelmente criminoso contra sua pessoa.
Na notícia-crime que fez para a Superintendência da Polícia Federal de Mato Grosso, no último dia 3 de setembro, Aprá ressalta que vem recebendo recados para “parar de mexer no vespeiro”.
Desde 2013, o “Isso é Notícia” é alvo de ações na Justiça de diversas pessoas do grupo político que levou Mauro Mendes até o comando do estado.
Ao aprofundar as divulgações sobre os gastos governamentais com mídia, o jornalista conseguiu descobrir que havia sido contratado um detetive para seguir seus passos e para lhe imputar crimes.
Aprá conseguiu infiltrar um amigo, que se passou ao detetive como um informante a seu favor, mas que na verdade municiava o jornalista sobre os passos contra si.
Foi assim que essa pessoa denominada de “anjo” conseguiu os áudios e demais evidências da contratação de um trabalho inicial de “assassinato de reputação” de Aprá.
Atemorizado com o teor das abordagens que passou a ser receptor, Aprá pediu a abertura de um inquérito na PF e detalhou ter testemunhas para comprovar tudo que está sofrendo.
Parlamentar “compra” a briga
O deputado estadual, Valdir Barranco (PT), tomando conhecimento dos fatos, está trabalhando em um requerimento pedindo providências e celeridade na investigação.
O documento foi encaminhado ao secretário de segurança pública de Mauro Mendes, Alexandre Bustamante, bem como ao Ministério Público Estadual, na pessoa do procurador-geral, José Antônio Borges, indicado ao cargo pelo governador, bem como ao comando da Polícia Civil de Mato Grosso e da própria Superintendência da PF.
Em sua justificativa, Barranco chama a atenção para as autoridades da segurança pública quanto a obrigação de uma garantia constitucional que o caso levanta.
“O que aconteceu com o jornalista Alexandre Aprá, nada mais é que mais uma forma encardida de fazer com
que os meios de comunicação fiquem amarrados no poder público (…) A democracia sofre quando a imprensa é calada”, resumiu o petista, no fim do seu documento.
Confira no link a seguir a denúncia feita por Aprá na Polícia Federal – noticia-crime-PF
Abraji
Alexandre Aprá foi um dos jornalistas acolhidos pelo Programa de Proteção Legal para Jornalistas, da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo – Abraji.
A iniciativa da Abraji é uma resposta ao crescimento das ameaças à liberdade de imprensa e do assédio judicial a jornalistas e comunicadores no Brasil.
Os objetivos do programa são garantir assistência jurídica a jornalistas que, em razão do seu trabalho, estejam sendo silenciados ou constrangidos por meio de processos judiciais.
Também poderão ser acolhidos profissionais que estejam sendo assediados, ameaçados e perseguidos e que tenham interesse em processar civilmente os agressores, buscando o fim dos ataques e/ou a reparação de danos.

POLÍCIA
Facção criminosa impõe “caixinha” e queima de comércio em MT
As investigações apontam que os criminosos cobravam pagamentos mensais ilegais sobre cada galão de água vendido na cidade

Uma facção criminosa que agia com extorsão, ameaças e até incêndio criminoso contra comerciantes de água mineral foi alvo da Operação Orcrim 66, deflagrada nesta sexta-feira (25) em General Carneiro (442 km de Cuiabá). Três pessoas foram presas, e outros 14 alvos tiveram mandados cumpridos, entre buscas e quebras de sigilo bancário.
As investigações da Polícia Civil apontam que os criminosos cobravam pagamentos mensais ilegais — apelidados de “caixinha” — sobre cada galão vendido na cidade. Em alguns casos, obrigavam os empresários a comprar produtos de empresas ligadas à facção, sob ameaça de represálias.
Um comerciante teve seu estabelecimento incendiado após se recusar a pagar o valor exigido. Em outras ocasiões, vítimas relataram terem sido ameaçadas por videochamadas com homens armados, numa clara tentativa de intimidação.
A ofensiva policial teve participação de 40 agentes e foi coordenada pelos delegados Nelder Martins e Pablo Rigo. A operação é parte de um esforço estadual contra a presença de facções no interior do estado, integrando a estratégia “Tolerância Zero” do Governo de Mato Grosso e ações do Ministério da Justiça.
A cidade de General Carneiro fica na altura do km 66 da BR-070, ponto que deu nome à operação. Denúncias podem ser feitas anonimamente pelo número 181.
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