A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou o estupro e a morte de Solange Aparecida Sobrinho, 52 anos, encontrada sem vida no campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, no dia 24 de julho. O suspeito, Reyvan da Silva Carvalho, preso preventivamente desde 29 de agosto, foi indiciado nesta terça-feira (23) pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

O caso agora segue para análise do Ministério Público, que pode apresentar denúncia à Justiça, solicitar novas diligências ou até pedir o arquivamento, dependendo da avaliação das provas reunidas.

O corpo de Solange foi localizado em uma área abandonada próxima à avenida Arquimedes Pereira Lima, utilizada como ponto de encontro por usuários de drogas. A vítima vestia apenas um sutiã e apresentava sinais de estrangulamento.

Imagens de câmeras de segurança mostraram Solange circulando pelo campus no dia anterior ao crime. Já a perícia técnica encontrou DNA compatível com o de Reyvan tanto no corpo da vítima quanto em uma bituca de cigarro recolhida no local. O material genético também foi relacionado a outros casos de estupro e feminicídio ocorridos em anos anteriores.

Histórico de violência

Reyvan acumula antecedentes criminais relacionados a violência sexual. Em 2022, foi preso em flagrante por estuprar uma mulher no Jardim Leblon, atrás da UPA em construção. Em 2021, atacou outra vítima de 33 anos no bairro Tijucal, levando-a para um terreno baldio, onde a agrediu e violentou — ela estava grávida na época.

No mesmo ano, foi apontado como autor do assassinato de Marinalva Soares da Silva, 39 anos, encontrada morta em 2020 atrás de uma churrascaria, também em Cuiabá. Antes disso, em 2020, tentou estuprar uma mãe e sua filha adolescente, ambas atacadas sob ameaça de faca no Tijucal, mas conseguiram escapar.

Agora, com a conclusão do inquérito sobre a morte de Solange, o acusado deve responder mais uma vez à Justiça.