A 2ª edição da Operação Renorcrim — que mobiliza as unidades especializadas no combate às organizações criminosas de todas as Polícias Civis do país — atingiu em cheio o caixa das facções que atuam no Brasil. Com ações realizadas entre os dias 18 de abril e 2 de maio, a operação resultou em um prejuízo estimado de R$ 35,3 milhões para os grupos criminosos, com a apreensão de 1,5 tonelada de drogas, 110 armas de fogo, além do confisco de R$ 11,6 milhões em contas bancárias e outros R$ 17,4 milhões em bens.

No balanço divulgado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a ofensiva também cumpriu 565 mandados de busca e apreensão e efetuou 541 prisões. O foco da ação foi atingir diretamente a estrutura financeira e logística dos grupos criminosos, desarticulando suas operações e sufocando suas fontes de renda.

Coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência (Diopi), a Renorcrim reúne forças das polícias civis dos 26 estados e do Distrito Federal. Segundo o secretário da Senasp, Mario Sarrubbo, esse tipo de atuação coordenada é essencial para enfraquecer o poder das facções. “Quando conseguimos sufocar financeiramente essas organizações, ao mesmo tempo em que prendemos suas lideranças e retiramos armas e drogas das ruas, estamos atingindo o núcleo de sustentação do crime organizado”, afirmou.

A operação reforça uma tendência de integração entre os órgãos de segurança pública para enfrentar as redes criminosas em todas as frentes — do tráfico de drogas e armas à lavagem de dinheiro. A expectativa é de que novas etapas sejam realizadas ainda este ano.