OPERAÇÃO SISTEMA
Polícia desarticula quadrilha que levava cocaína de MT para o DF
O lucro milionário do bando era direcionado para a aquisição de imóveis, assim como injetado em estabelecimentos comerciais
POLÍCIA

As investigações da Operação “Sistema”, deflagrada pela Polícia Civil nesta quarta-feira (4), no Distrito Federal e em Mato Grosso, mostraram que o bando que transportava cocaína a partir de Mirassol D’Oeste para as imediações de Brasília movimentou R$ 10 milhões com o tráfico de drogas. O valor é referente ao início da apuração.
Segundo informações do G1-DF, os suspeitos investigados atuavam na Vila Telebrasília e em Samambaia, regiões satélites da capital federal. Eles se dividiam em dois núcleos. As investigações começaram há três anos e revelaram uma complexa estrutura de organização criminosa sediada no Distrito Federal, sendo que os entorpecentes saiam do Mato Grosso.
O lucro principal ficava com três líderes, que direcionavam grande parte dos ganhos com o tráfico de drogas à aquisição de imóveis, assim como injetando-os em estabelecimentos comerciais por eles titularizados. À época, as investigações apontaram que os criminosos usavam empresas fictícias para movimentar dinheiro do crime organizado de todo país. Os valores chegam a R$ 750 milhões.
Cerca de R$ 2 milhões da organização criminosa do DF passaram pelas contas das empresas de fachada dos suspeitos alvos da operação em Minas Gerais. As investigações apontam que o lucro principal ficava com os comandantes do grupo. Eles direcionavam parte dos ganhos com tráfico de drogas à aquisição de imóveis e investimentos em estabelecimentos comerciais.
A Polícia Civil de Mato Grosso afirma esse tipo de crime trata-se de clássica e mafiosa estratégia de lavagem de dinheiro, com objetivo de confundir e dificultar o trabalho investigativo.
Mandados
Na manhã desta quarta (4), a Polícia Civil de Mato Grosso, por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), cumpriu seis mandados de busca e apreensão domiciliar e dois de prisão temporária em Mirassol. Além do estado, foram cumpridos mais de 70 mandados, entre mandados de busca e apreensão e prisão, em São Paulo, Goiás e DF, além de sequestro de bens e bloqueios de contas bancárias ligadas à organização criminosa.
Os suspeitos que atuavam em cidades mineiras foram alvo de uma operação, em março de 2021.
Aquisição de drogas
A investigação comprovou que a organização criminosa adquiriu e realizou a logística do transporte de dois grandes carregamentos de cloridrato de cocaína. O primeiro, apreendido em janeiro, em Uruaçu (GO), ocasião em que cerca de 300 quilos de cocaína eram transportados em compartimento falso de um caminhão do tipo boiadeiro.
O segundo, no mês de fevereiro, também na região de Uruaçu (GO), ocasião em que a Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu, em atuação conjunta com a Polícia Rodoviária Federal, 205 quilos de cloridrato de cocaína. A organização criminosa atuou da mesma forma nas duas situações, contratando os mesmos batedores e responsáveis pela logística do transporte de drogas, o que revelou a atuação de núcleo criminoso da cidade de Mirassol do Oeste (MT), de onde saíram os dois carregamentos.

POLÍCIA
Avaliador oficial do TAF teria beneficiado clientes de sua academia em MT
Deputado estadual, Claudinei Lopes, e o vereador da capital, Diego Guimarães já reforçaram o coro da polêmica e cobram esclarecimentos

Um grupo de candidatos aprovados na primeira fase do concurso público para cargos nas Polícias Militar, Civil e Corpo de Bombeiros tem se mobilizado para expor uma nova denúncia de supostas ilegalidades envolvendo a segunda parte do certame, ou seja, a aplicação do Teste de Aptidão Física (TAF).
Eles denunciam que um servidor público e empresário do setor de academia e testes de preparação física, atuou como avaliador oficial do TAF aplicado aos candidatos e, supostamente, teria beneficiado amigos e alunos de sua empresa privada.
A mobilização dos denunciantes encontrou respaldo junto ao vereador Diego Guimarães (Cidadania) e ao deputado estadual Delegado Claudinei (PL), que expuseram as denúncias cobrando apuração por parte da Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp-MT), responsável pelo concurso, que é organizado e executado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) desde fevereiro deste ano.
As denúncias envolvem o servidor público e empresário Duliomar Aparecido Figueiredo Sampaio, que se apresenta como personal Dulio Sampaio. Ele é servidor efetivo da Sesp-MT e, no mês de abril, foi cedido ao Corpo de Bombeiros, conforme ato publicado no Diário Oficial do Estado no dia 20 de abril deste ano. Além disso, é dono da empresa Crosstaf Centro De Treinamento Fisico E Especializado Eireli, situada no bairro Ipase, em Várzea Grande.
No local, Dúlio é um dos instrutores e preparadores para alunos interessados em diferentes tipos de treinamento físicos, inclusive o TAF aplicado no concurso público da Sesp-MT. Ainda assim, segundo os denunciantes, ele foi um dos avaliadores oficiais nas provas do TAF. Isso fez alguns candidatos questionar sua atuação e sugerir que ele poderia ter beneficiado candidatos que seriam seus alunos no Crosstaff. Ou seja, em sua empresa onde ele também atua como preparador de clientes que vão prestar concursos e serão submetidos ao teste físico.
Na última quarta-feira (18), o deputado Delegado Claudinei usou a tribuna da Assembleia Legislativa para denunciar a situação e pedir esclarecimentos ao titular da Sesp-MT. Ele informou que havia protocolado no dia anterior, um ofício ao chefe do Ministério Público Estadual, José Antônio Borges, com cópia para a pró-reitoria administrativa da UFMT, relatando suspeita de fraude na aplicação do TAF.
Já o vereador Diego Guimarães usou suas redes sociais para informar que também recebeu denúncias no mesmo sentido feitas por candidatos que fizeram a prova do concursos para a Polícia Militar e enviou ofício à Sesp- pedindo esclarecimentos ao secretário Alexandre Bustamante e ao comando-geral da Polícia Militar.
SUSPENSÃO
Em decorrência de negativas da banca examinadora em fornecer imagens do TAF a candidatos que pretendem ingressar com recursos administrativos, a Justiça Federal já suspendeu temporariamente a continuidade do concurso relativo à Polícia Civil.
O juiz federal Hiran Armênio Xavier Pereira, da 2ª Vara Federal de Mato Grosso, acolheu pedido da Defensoria Pública da União e mandou os responsáveis fornecerem as imagens a todos os candidatos interessados. Detemrinou ainda a divulgação de um novo cronograma de prazos.
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