MERCADINHOS
Assembleia não vai tolerar luxo em presídios, diz Max Russi
Ele também reafirmou que não aceitará radicalismos ou perseguições aos 13 parlamentares que votaram pela manutenção dos mercadinhos
POLÍTICA

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado Max Russi (PSB), afirmou que o parlamento estadual não permitirá a entrada de produtos de luxo nos chamados “mercadinhos” dentro dos presídios do estado. A declaração foi dada na sexta-feira (11) e reforça a posição da Casa diante da derrubada do veto do governador Mauro Mendes (União) ao projeto que regulamenta a venda de itens básicos nas unidades prisionais.
“Concordo que possa ser vendido um sabonete ou uma pasta de dente. Não concordo com nada supérfluo, absolutamente nada. Se o governo liberar chocolate, Nutella ou qualquer coisa diferente, vai ter crítica da Assembleia e acompanhamento rigoroso”, declarou o presidente.
Max Russi explicou que a proposta aprovada não garante automaticamente a liberação dos produtos, mas apenas dá ao governo a possibilidade de autorizar, caso julgue necessário, a venda de itens básicos de higiene e alimentação.
“O que temos que deixar claro é que não foi liberado nada. Estão divulgando de forma incorreta”, afirmou.
Ao comentar a repercussão da decisão e as críticas feitas pelo governador, Russi disse que “faz parte” do debate político, mas reafirmou que não aceitará radicalismos ou perseguições aos 13 parlamentares que votaram pela manutenção dos mercadinhos.
“Não vivemos mais na época da Inquisição. Temos que ter postura, compromisso com a sociedade e equilíbrio”, disse.

POLÍTICA
Deputados querem secretários fora do governo já em dezembro
Movimentação de pré-candidatos no secretariado estadual gera incômodo na Assembleia Legislativa pelo uso da máquina pública

A movimentação de secretários estaduais rumo às eleições de 2026 já provoca desconforto entre deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Nos bastidores, cresce a articulação para que os auxiliares diretos do governador Mauro Mendes (União) que desejam disputar cargos eletivos deixem seus cargos ainda em dezembro deste ano — três meses antes do prazo legal de desincompatibilização, em março de 2026.
O deputado estadual Júlio Campos (União) foi o primeiro a defender publicamente a proposta, que já circula entre parlamentares como forma de “nivelar o jogo” e evitar o uso da estrutura governamental em benefício de futuras candidaturas.
“Eles vão ter que deixar o cargo até abril. Então também, se a Assembleia quiser, pode acertar com o governador para eles se afastarem no dia 31 de dezembro, agora, para evitar um jogo desigual. Como já foi feito no passado, em alguns governos, secretário que fosse disputar a eleição se afastava no último dia do ano anterior”, sugeriu.
Os nomes mais citados como potenciais candidatos são os secretários de Saúde, Gilberto Figueiredo; de Educação, Alan Porto; e o presidente da MT Par, Wener Santos. Os três têm mantido intensa agenda pública e são frequentemente mencionados como nomes fortes para a disputa a deputado federal ou estadual.
A proposta de Júlio Campos ecoa críticas feitas anteriormente pelo deputado Eduardo Botelho (União), que já havia ironizado o fato de gestores “técnicos” agora demonstrarem ambições eleitorais. O governador Mauro Mendes, por sua vez, reagiu às críticas dizendo que cada gestor tem o direito de construir seu caminho político, desde que cumpra suas funções com competência — avaliação compartilhada por Júlio.
Apesar do incômodo de alguns colegas, o veterano parlamentar minimizou a concorrência. “Meu voto é meu voto. Júlio é Júlio. Qualquer um que disputar faz bem. Eu gostaria que viessem mais gente pro voto. Nós fazemos, em vez de quatro, fazemos oito deputados estaduais e quatro federais. Como no passado era o nosso PFL, o nosso DEM”, afirmou.
E mandou um recado aos que temem a disputa: “Candidato que tem medo de disputar a eleição, de pedir voto, não deve ser candidato. Eu já disputei oito eleições, perdi duas, ganhei seis e posso disputar mais uma ou mais duas, né? Dependendo da minha saúde, não tenho medo de disputar.”
Nos próximos meses, a proposta de saída antecipada deve ganhar força nas conversas entre Palácio Paiaguás e Assembleia, sobretudo se os secretários intensificarem seus movimentos políticos. Para os deputados, quanto mais cedo a desincompatibilização, menor a vantagem de quem tem caneta na mão.
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