SEM PERFIL
Barranco praticamente descarta apoio do PT a Neri Geller
Líder petista quer um projeto majoritário que abrace Lula de corpo e alma e não vê essa condição e coragem no pré-candidato do PP
POLÍTICA

O deputado estadual Valdir Barranco (PT), líder do seu partido em Mato Grosso, afirmou que considera pouco provável o apoio da federação formada por PV, PT e PCdoB a candidatura de Neri Geller (PP), que deve disputar o Senado Federal.
Isto porque, segundo o petista, o pré-candidato progressista dificilmente irá abraçar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Presidência da República, mesmo que esteja sendo deixado de lado pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), que já anunciou que fará campanha para Wellington Fagundes (PL).
De acordo com Barranco, a candidatura própria ou eventuais apoios ao Senado, todavia, por parte da federação depende ainda da definição de quem estará a frente da disputa pelo Governo do Estado, sendo que ainda não há um consenso.
“O Neri não assume a candidatura do Lula e o primordial para nós é a pessoa assumir de corpo, alma e coração a candidatura do Lula, e ele não fará isso, não adianta que não fará. Nós temos a obrigação de ter uma candidatura ao Senado que nós possamos confiar nesse compromisso”, afirmou o petista. “Lógico que o PT e a federação são muito maiores. Mas a minha opinião é de que ele não assumirá a campanha do Lula, portanto não tem chance nenhuma de estar conosco”, completou o parlamentar.
Como o governador Mauro Mendes (UNIÃO) ainda não decidiu quem irá apoiar ao Senado, havia a conversa, nos bastidores, de que o deputado federal Neri Geller poderia estar no grupo da federação PT, PV e PCdoB e ser o candidato do grupo ao Senado. A hipótese, no entanto, foi descartada pelo próprio progressista.
Apesar de ter sido ministro de Dilma e ter participado de várias reuniões de grupos de apoio à Lula (PT), a recente aproximação de Mauro com Bolsonaro engessou o parlamentar. “Estivemos com o Mauro desde o primeiro dia, então isso é natural. Eu sempre falei bem do Governo, como é que vou agora dizer que ele não presta?! Não posso sair dessa coerência”, justificou.
A aproximação de Geller com a federação foi via Emanuel Pinheiro (MDB), prefeito de Cuiabá, com quem o deputado federal tem boa relação. O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), é a principal liderança do PV mato-grossense, que compõe a federação. Emanuel trabalha para que Stopa seja candidato ao Governo com apoio de Lula em Mato Grosso.
“A federação ainda não está discutindo nenhum nome para Senado. No nosso calendário ainda estamos definindo a questão da chapa majoritária para Governo. Até porque, se o PT apontar o nome para Governo dentro da federação, obviamente não vai poder apontar para Senado, e isso vale para todas as siglas. Nós vamos decidir isso caso a caso”, reforçou Barranco.
A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), até quis ensaiar uma pré-candidatura, mas não obteve apoio do próprio partido e desistiu.

POLÍTICA
Bezerra dá novo “chega pra lá” em Janaína e expõe desgaste com Mauro
Veterano contrapôs fala da correligionária e diz que não há qualquer deslealdade em curso caso o MDB lance um candidato ao Governo

A deputada estadual, Janaína Riva (MDB), embora vice-presidente estadual do seu partido, novamente quis falar com voz de chefia e tomou uma lição pública do verdadeiro mandatário do MDB, o deputado federal, Carlos Bezerra (MDB).
O veterano deixou claro, nesta quarta-feira (6), que a voz de Janaína é só mais uma e desqualificou uma avaliação feita pela correligionária, que tentou constranger o próprio Bezerra, forçando-o a seguir na base do governador, Mauro Mendes (UB).
Riva afirmou que o MDB seria desleal se não apoiasse a reeleição de Mauro, atual chefe do Executivo Estadual. Bezerra rebateu Janaína e mostrou que não passa nem perto de ter o apego que a deputada tem com o atual governador.
Bezerra disse que não vê nenhum “ato de deslealdade”, como sugeriu a parlamentar, caso a sigla decida deixar a base de Mendes para lançar o ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado federal constituinte, Percival Muniz (MDB), ao Palácio Paiaguás.
Alas do MDB se movimentam para levantar Percival como o representante dos grupos que não aprovam a gestão de Mauro e defendem uma candidatura própria para rivalizar com o atual gestor estadual nas urnas.
Bezerra contrapôs Janaína ao site RDNEWS e disse que é um direito dos emedebistas postularem um nome para o pleito. O Federal pontuou que a decisão irá acontecer apenas na convenção, cuja data ainda não foi fechada, mas deve ocorrer após o dia 20 de julho.
“Não é um ato de deslealdade, mas um direito que cada um tem”, citou Bezerra. Com uma longa carreira política, Percival é ex-deputado estadual, ex-federal e ex-prefeito de Rondonópolis. Bezerra disse que reconhece a força política que o possível pré-candidato carrega.
“O Percival é um membro de partido, uma pessoa histórica e tem um bom perfil. Ele tem o mesmo direito que qualquer outro membro do MDB de concorrer ao governo, mas é a convenção que vai resolver”, disse.
A projeção de Percival, que vem ganhando holofotes, nos últimos dias, tem perturbado a ala “maurista”, liderada por Janaína, dentro do MDB. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por outro lado, é um entusiasta do projeto Percival.
Opositor ferrenho a Mauro, Pinheiro antagonizou com Janaína e disse que insistir em se manter na base, aí sim, seria uma traição ao partido. “Defender o MDB na base é naufragar o partido e trair a legenda, uma das maiores de Mato Grosso e do Brasil”, disparou.
Cenário conflituoso
Janaina Riva vem sofrendo com conflitos que envolvem interesses pessoais, familiares, eleitorais e partidários desde o fim do ano passado. Militante de diversas bandeiras de esquerda, ela teve de reduzir a silhueta e passou a ser uma “bolsonarista envergonhada” depois que o sogro, o atual senador, Wellington Fagundes (PL), passou a integrar o mesmo partido do presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Riva criticou abertamente e, como agora, foi chamada atenção de maneira pública por Bezerra, quando tentou força o MDB a não seguir conjunto ao projeto Neri Geller (PP) senador, algo que o líder emedebista não parece cogitar. Janaína teria a opção de sair no partido para poder apoiar o sogro, na janela que se fechou em março, mas não quis correr o risco de ir para outra sigla e ver sua reeleição ameaçada em uma legenda mais fraca.
Por causa de Wellington, Janaína já teve de declarar que vai de Bolsonaro em 2022, o que provou reação de Bezerra, apoiador declarado da senadora Simone Tebet (MDB), do seu partido, ao maior cargo da nação. O veterano chamou o manifesto de Riva de “pensamento isolado” dentro do partido.
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