FRUSTRAÇÃO
Bolsonaro desmarca vinda à Marcha pra Jesus e desola apoiadores
A desistência do presidente e sua equipe de confirmar o evento para a agenda presidencial frustrou apoiadores mato-grossenses
POLÍTICA

O presidente da República Jair Bolsonaro (PL), não irá mesmo participar da “Marcha para Jesus” programada para o dia 18 de junho, em Cuiabá, por conta de incompatibilidade de agenda. A expectativa em torno de sua participação no evento era gigantesca, tanto que a projeção de público já estava em 80 mil presentes.
Além da Marcha, apoiadores do presidente já se mobilizavam para uma ‘Motociata para Jesus’, que prometia reunir um número maciço de bolsonaristas. A informação da não vinda do presidente foi confirmada por membros do Cerimonial da Presidência da República. O Presidente do Conselho de Ministros Evangélicos (Comec-MT), pastor Fábio Sena, responsável pela organização da Marcha, afirmou que ainda não foi notificado oficialmente do cancelamento da participação do presidente.
Segundo membros da bancada federal, como o senador, Wellington Fagundes, e o deputado federal, José Medeiros, ambos do PL, a expectativa em torno da presença do presidente nasceu pela possibilidade da mesma, mas o próprio mandatário nacional e sua assessoria em nenhum momento confirmaram que viriam, logo, não o episódio não pode ser tratado como um cancelamento.
A presença de Bolsonaro havia sido anunciada pela organização do evento no dia 19 de abril, quando o chefe do Estado brasileiro esteve na capital mato-grossense para participar do lançamento da Marcha e se encontrou com lideranças políticas. O evento ganhou contornos políticos com a possibilidade de estar na agenda presidencial.
Os deputados Gilberto Cattani (PL) e Xuxu Dal Molin (União), por exemplo, destinaram R$ 100 mil cada para a organização da Marcha, enquanto Ulysses Moraes (PTB) e Valmir Moretto (Republicanos), deram R$ 50 mil, cada um, e o Delegado Claudinei (PL) ficou responsável por encaminhar R$ 40 mil de sua emenda.

POLÍTICA
Bezerra dá novo “chega pra lá” em Janaína e expõe desgaste com Mauro
Veterano contrapôs fala da correligionária e diz que não há qualquer deslealdade em curso caso o MDB lance um candidato ao Governo

A deputada estadual, Janaína Riva (MDB), embora vice-presidente estadual do seu partido, novamente quis falar com voz de chefia e tomou uma lição pública do verdadeiro mandatário do MDB, o deputado federal, Carlos Bezerra (MDB).
O veterano deixou claro, nesta quarta-feira (6), que a voz de Janaína é só mais uma e desqualificou uma avaliação feita pela correligionária, que tentou constranger o próprio Bezerra, forçando-o a seguir na base do governador, Mauro Mendes (UB).
Riva afirmou que o MDB seria desleal se não apoiasse a reeleição de Mauro, atual chefe do Executivo Estadual. Bezerra rebateu Janaína e mostrou que não passa nem perto de ter o apego que a deputada tem com o atual governador.
Bezerra disse que não vê nenhum “ato de deslealdade”, como sugeriu a parlamentar, caso a sigla decida deixar a base de Mendes para lançar o ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado federal constituinte, Percival Muniz (MDB), ao Palácio Paiaguás.
Alas do MDB se movimentam para levantar Percival como o representante dos grupos que não aprovam a gestão de Mauro e defendem uma candidatura própria para rivalizar com o atual gestor estadual nas urnas.
Bezerra contrapôs Janaína ao site RDNEWS e disse que é um direito dos emedebistas postularem um nome para o pleito. O Federal pontuou que a decisão irá acontecer apenas na convenção, cuja data ainda não foi fechada, mas deve ocorrer após o dia 20 de julho.
“Não é um ato de deslealdade, mas um direito que cada um tem”, citou Bezerra. Com uma longa carreira política, Percival é ex-deputado estadual, ex-federal e ex-prefeito de Rondonópolis. Bezerra disse que reconhece a força política que o possível pré-candidato carrega.
“O Percival é um membro de partido, uma pessoa histórica e tem um bom perfil. Ele tem o mesmo direito que qualquer outro membro do MDB de concorrer ao governo, mas é a convenção que vai resolver”, disse.
A projeção de Percival, que vem ganhando holofotes, nos últimos dias, tem perturbado a ala “maurista”, liderada por Janaína, dentro do MDB. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por outro lado, é um entusiasta do projeto Percival.
Opositor ferrenho a Mauro, Pinheiro antagonizou com Janaína e disse que insistir em se manter na base, aí sim, seria uma traição ao partido. “Defender o MDB na base é naufragar o partido e trair a legenda, uma das maiores de Mato Grosso e do Brasil”, disparou.
Cenário conflituoso
Janaina Riva vem sofrendo com conflitos que envolvem interesses pessoais, familiares, eleitorais e partidários desde o fim do ano passado. Militante de diversas bandeiras de esquerda, ela teve de reduzir a silhueta e passou a ser uma “bolsonarista envergonhada” depois que o sogro, o atual senador, Wellington Fagundes (PL), passou a integrar o mesmo partido do presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Riva criticou abertamente e, como agora, foi chamada atenção de maneira pública por Bezerra, quando tentou força o MDB a não seguir conjunto ao projeto Neri Geller (PP) senador, algo que o líder emedebista não parece cogitar. Janaína teria a opção de sair no partido para poder apoiar o sogro, na janela que se fechou em março, mas não quis correr o risco de ir para outra sigla e ver sua reeleição ameaçada em uma legenda mais fraca.
Por causa de Wellington, Janaína já teve de declarar que vai de Bolsonaro em 2022, o que provou reação de Bezerra, apoiador declarado da senadora Simone Tebet (MDB), do seu partido, ao maior cargo da nação. O veterano chamou o manifesto de Riva de “pensamento isolado” dentro do partido.
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