BANDIDO, TRAIDOR DA PÁTRIA E MALDITO
Cattani e mais dois viram alvo de inquérito por outdoor contra Lula
A denúncia foi encaminhada para o MPE por conta do suposto envolvimento de Cattani, que possui foro especial por prerrogativa de função
POLÍTICA

O Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), do Ministério Público Estadual (MPE), instaurou um inquérito policial contra o deputado estadual Gilberto Cattani e outras duas pessoas pela suspeita de associação criminosa na instalação de um outdoor contra o ex-presidente Lula (PT), em Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá).
Na peça publicitária, o ex-presidente é chamado de “bandido”, “traidor da pátria” e “maldito”. A instauração do inquérito foi determinada pelo coordenador do Naco, procurador de Justiça Domingos Sávio, no último dia 18 de abril.
Além do deputado, também serão investigados o representante do Movimento Conservador do Município, Thiago Mota da Silva, e o diretor do Sindicato Rural, Michel Pagno. A abertura da investigação policial foi um pedido feito pelo Partido dos Trabalhadores à Polícia Civil de Rondonópolis.
A denúncia foi encaminhada para o Naco por conta do suposto envolvimento de Cattani, que possui foro especial por prerrogativa de função. No documento, o PT também pede para que eles sejam investigados pelos crimes de difamação, injúria e ameaça.
Na determinação, Domingos Sávio explica, porém, que delitos contra a honra somente são investigados mediante queixa. Isso significa que Lula precisa provocar a Polícia a fim de que ele possa instaurar o inquérito policial.
Por outro lado, entendeu ser de “todo coerente que o delegado de Polícia que oficia perante este Núcleo de Ação de Competência Originária analise o mérito dessa representação no que pertine, repita-se, aos crimes contra a honra, e, se for o caso, apure a ocorrência delitiva concomitantemente ao crime de Associação Criminosa, seja em observância ao princípio da economicidade, seja pela flagrante conexão entre eles”.
“Indícios de prática delitiva”
Ainda na determinação, o procurador aponta que há “indícios da prática de ilícitos penais” por parte do deputado e dos integrantes do movimento. “A propósito, verifica-se que eles além de, aparentemente, terem elaborado e afixado o multicitado outdoor se referindo ao representante – Luiz Inácio Lula da Silva – como sendo “Bandido”, “Traidor da pátria” e “maldito”, planejavam a confecção de vários outros cartazes da mesma natureza”.
“Convém mencionar, nesse particular, uma conversa de Whatsapp, divulgado no blog “Marreta Urgente” na qual um número identificado como “Grupo de Direita” encaminha a foto do outdoor e, em seguida, afirma que serão colocados mais 10 (dez) cartazes idênticos na cidade de Rondonópolis”.

POLÍTICA
Emanuelzinho quer R$ 20 mil de Abílio por postagem com sua foto
Ex-vereador fez post nas redes sociais sobre sua pré-candidatura a deputado federal e tentou reviver a “rivalidade” com a família Pinheiro

O deputado federal Emanuelzinho (MDB-MT) já entrou na Justiça contra o ex-vereador de Cuiabá, Abílio Jacques Brunini Moumer, o “Abilinho” (PL), por um post do ex-membro da Câmara de Vereadores da capital, no Instagram, neste início de semana, que utiliza sua imagem.
De acordo com o processo, Emanuelzinho pede a retirada da publicação (que já foi feita), uma retratação pública de Abilinho, além do pagamento de uma indenização de R$ 20 mil. Em seu pedido, o deputado federal, que é filho do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), aponta que Abilinho possui uma “rixa” com sua família.
O ex-vereador fazia oposição ao prefeito da capital e chegou a disputar o segundo turno das eleições de 2020, no entanto, acabou sendo derrotado por Pinheiro, que conseguiu se reeleger. “Tal imagem, retrata o autor em papel antagonista ao do réu, se valendo de uma rixa infundada que o réu possui com a família do autor e que demonstra o claro viés vexatório da aludida publicação, uma vez que incita o ódio por parte de seus correligionários para com a pessoa do autor”, diz o parlamentar no processo.
No post discutido nos autos, Abilinho aparece na frente da imagem, ressaltando sua pré-candidatura a deputado federal, e Emanuelzinho em segundo plano, em uma tentativa de criar a mesma “rivalidade” que teve com o pai do deputado federal, em busca de atrair holofotes.
A montagem sugere que o parlamentar seria um “alvo” do ex-vereador. “A imagem está sendo exposta sem o consentimento do autor, que em momento algum autorizou este tipo de publicação veiculada pelo réu com caráter degradante e ridicularizante”, reclama o parlamentar no processo.
O caso está sob análise do 2º Juizado Especial Cível de Cuiabá, que ainda não proferiu uma decisão sobre o assunto. O post no Instagram já foi apagado por Abilinho, que a um seguidor esclareceu em novo post, agora sozinho na imagem, que “sua esposa tinha achado a imagem muita feia”.
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