CONFLITO IDEOLÓGICO
Cattani reconhece dificuldade de Wellington com bolsonaristas
O motivo, segundo o parlamentar, seria o histórico político do congressista, que já teria apoiado a esquerda no passado.
POLÍTICA

O deputado estadual Gilberto Cattani (PL) afirmou, durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, nesta semana, que o senador e candidato à reeleição, Wellington Fagundes (PL), tem encontrado dificuldades para ter o apoio de bolsonaristas dentro do próprio partido. O motivo, segundo o parlamentar, seria o histórico político do congressista, que já teria apoiado a esquerda no passado.
Wellington Fagundes já atuou na base dos ex-presidentes petistas Lula e Dilma. Ele foi, inclusive, o coordenador de campanha em Mato Grosso para a reeleição de Dilma Rousseff, em 2014. Para Cattani, o senador já demonstrou que mudou de lado e tem apresentado isso com atitudes e ações no Estado.
“Dentro do bolsonarismo raiz, temos que ter lado. O Wellington Fagundes precisa escolher esse lado urgentemente para de fato encampar isso. Ele é o nosso candidato ao Senado, mas os bolsonaristas não aceitam devido ao passado dele. Sabemos que ele já militou pela esquerda, como a maioria dos brasileiros. O que precisamos de fato é mostrar que ele veio e está do nosso lado, para combater conosco tudo aquilo que acreditamos. Para isso, ele precisa de ações, que acho inclusive que ele tem feito”, afirma.
O passado de Wellington Fagundes é visto como uma pedra no sapato dos chamados “bolsonaristas raiz” em Mato Grosso. A ida do presidente da República Jair Bolsonaro para o PL fez com que os apoiadores do chefe do Palácio do Planalto tivesse que apadrinhar, também, o projeto de reeleição do senador, que lidera a sigla no Estado.

POLÍTICA
Apressado, trio já se engalfinha por comando da ALMT em 2023
A ironia é que a própria Janaína é a atual vice-presidente reeleita da Casa e entende que seu nome no comando seria alternar o poder.

A confiança na reeleição no pleito eleitoral de outubro é tão grande, que os atuais deputados estaduais, Max Russi (PSB), Eduardo Botelho (UB) e Janaína Riva (MDB) já travam uma batalha pesada nos bastidores visando o comando da próxima mesa diretora, a partir de janeiro de 2023.
A tensão atrás das cortinas, aliás, é tanta, que a Janaína externou, recentemente, a queda de braço e alfinetou o atual presidente, Eduardo Botelho, que recentemente retornou ao cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, isto porque já está em seu terceiro biênio como comandante da mesa diretora.
Em entrevista à Rádio Metrópole FM, Janaína foi dura ao dizer que a Assembleia “não tem dono” e que o seu comando precisa ser democrático. “Nós temos que acabar com esse coronelismo na Assembleia. Se Botelho e Max estão achando que vão ficar se perpetuando no poder, estão muito enganados. Porque eu não vou aceitar e os deputados não vão”, afirmou.
No seguimento da entrevista, a deputada foi pega na contradição, em virtude do pai, José Riva, ter ficado 20 anos no comando do parlamento e assumiu que o pai foi um dos “donos da ALMT”, teve que fazer uma crítica indireta familiar, mas reiterou que esse tipo de coisa acabou.
“Meu pai foi dono da Assembleia como outros foram. […] E hoje nós temos uma legislação, que poderia até ter o nome de ‘Lei Riva’, que proíbe a troca de cargos entre primeiro-secretário e presidente. Essa legislação é extremamente importante para Assembleia parar de ter dono”, citou, referindo-se a manobra que era executada no passado pelo pai, que mantinha sempre o mesmo grupo no poder.
A emedebista mostrou estar obcecada pela gestão e disse que não aceitará que deputados tentem derrubar a legislação para se favorecer, ameaçando levar o povo pra dentro do plenário para fazer pressão nos colegas. Ela adiantou que fará oposição à Mesa Diretora, caso a intenção seja o seguimento dos mesmos.
A ironia é que a própria Janaína é a atual vice-presidente reeleita da Casa de Leis e entende que seu nome no comando seria alternar o poder.
Botelho reage
Como não poderia deixar de ser, Botelho reforçou que quem instituiu o modelo atual de comando do legislativo foi José Riva. “Quem criou isso dentro da Assembleia foi o pai dela. O Riva foi quem transformou a eleição de presidente, quem criou a reeleição. Agora é fácil [ela] falar, já usufruiu de tudo”, afirmou o atual presidente, em entrevista à TV Cidade Verde.
Em outro momento, o deputado cutucou novamente Janaína e disse que “acabou o negócio de acertinho”, reforçando que cada deputado decide a própria vida, criticando a preocupação antecipada da deputada, já que não se sabe sequer quem serão os 24 a estar no parlamento em 2022.
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