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VENDA DE RODOVIAS

Deputado classifica Mauro Mendes como “governo do pedágio”

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POLÍTICA

O deputado estadual Faissal Calil (Cidadania) subiu o tom contra o governador Mauro Mendes, na sessão de quarta-feira (12.03), classificando a gestão estadual como um verdadeiro “governo do pedágio”. A crítica do parlamentar se concentra na concessão de mais 2.104 quilômetros de rodovias estaduais à iniciativa privada, em 32 novas praças de pedágio, impactando diretamente os cidadãos que utilizam as estradas mato-grossenses.

 

O governo de Mato Grosso argumenta que o leilão, previsto para ocorrer nesta sexta-feira (14) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), faz parte de um plano de modernização da infraestrutura viária e permitirá novos investimentos em pavimentação. No entanto, para o deputado, a decisão penaliza os usuários das rodovias e reforça um modelo em que o custo da melhoria recai exclusivamente sobre a população.

 

“Esse é o governo do pedágio. Está transmitindo para empresas privadas concessões de rodovias boas, e quem vai pagar vai ser a população. O que eu fico mais indignado é que serão mais 32 praças de pedágio. Ou seja, realmente vamos viver no estado do pedágio.”, criticou Faissal.

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Sem debate e sem transparência

 

Durante seu discurso, o deputado relembrou um projeto de lei que apresentou no mandato anterior, que previa que qualquer concessão de rodovia no estado precisasse passar pela análise e aprovação da Assembleia Legislativa. A proposta, segundo ele, foi rejeitada, deixando o poder de decisão concentrado no Executivo, sem consulta ao Legislativo e à sociedade.

 

“O que é uma democracia? Democracia é ter um parlamento forte que defenda a população, diferente de uma ditadura. Infelizmente, no estado de Mato Grosso, nos últimos anos, estamos vendo um governo sem parlamento. Praticamente uma ditadura”, declarou Faissal, ao criticar a condução das concessões rodoviárias.

 

Para o Governo, a ampliação do programa de concessões estaduais prevê a privatização de rodovias estratégicas para o escoamento da produção agrícola e a mobilidade da população, incluindo trechos de ligação entre municípios como Cuiabá, Tangará da Serra, Nova Mutum, Sinop e Juína. O governo do estado prevê um investimento de R$ 8 bilhões ao longo dos próximos 30 anos, mas o modelo adotado para a concessão tem gerado forte oposição.

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Privatização de rodovias boas e a conta para o cidadão

 

Uma das principais críticas de Faissal Calil é o fato de que as rodovias repassadas à iniciativa privada já estão em bom estado de conservação. Ao invés de focar em estradas degradadas, o governo tem entregado trechos já pavimentados e utilizados diariamente por milhares de motoristas, que agora precisarão pagar pedágios para continuar trafegando pelas vias.

 

“Pasmem! Infelizmente, o projeto [de regulamentação das concessões] não foi aprovado, e neste ano, para surpresa de todos os mato-grossenses, abriu-se mais seis concessões de rodovias. O leilão é sexta-feira agora para mais de 2 mil quilômetros de rodovias estaduais sendo concessionados”, destacou Faissal.

 

 

 

 

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POLÍTICA

Deputados querem secretários fora do governo já em dezembro

Movimentação de pré-candidatos no secretariado estadual gera incômodo na Assembleia Legislativa pelo uso da máquina pública

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Deputado Júlio Campos é um dos poucos a falar abertamente sobre o assunto

A movimentação de secretários estaduais rumo às eleições de 2026 já provoca desconforto entre deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Nos bastidores, cresce a articulação para que os auxiliares diretos do governador Mauro Mendes (União) que desejam disputar cargos eletivos deixem seus cargos ainda em dezembro deste ano — três meses antes do prazo legal de desincompatibilização, em março de 2026.

O deputado estadual Júlio Campos (União) foi o primeiro a defender publicamente a proposta, que já circula entre parlamentares como forma de “nivelar o jogo” e evitar o uso da estrutura governamental em benefício de futuras candidaturas.

“Eles vão ter que deixar o cargo até abril. Então também, se a Assembleia quiser, pode acertar com o governador para eles se afastarem no dia 31 de dezembro, agora, para evitar um jogo desigual. Como já foi feito no passado, em alguns governos, secretário que fosse disputar a eleição se afastava no último dia do ano anterior”, sugeriu.

Os nomes mais citados como potenciais candidatos são os secretários de Saúde, Gilberto Figueiredo; de Educação, Alan Porto; e o presidente da MT Par, Wener Santos. Os três têm mantido intensa agenda pública e são frequentemente mencionados como nomes fortes para a disputa a deputado federal ou estadual.

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A proposta de Júlio Campos ecoa críticas feitas anteriormente pelo deputado Eduardo Botelho (União), que já havia ironizado o fato de gestores “técnicos” agora demonstrarem ambições eleitorais. O governador Mauro Mendes, por sua vez, reagiu às críticas dizendo que cada gestor tem o direito de construir seu caminho político, desde que cumpra suas funções com competência — avaliação compartilhada por Júlio.

Apesar do incômodo de alguns colegas, o veterano parlamentar minimizou a concorrência. “Meu voto é meu voto. Júlio é Júlio. Qualquer um que disputar faz bem. Eu gostaria que viessem mais gente pro voto. Nós fazemos, em vez de quatro, fazemos oito deputados estaduais e quatro federais. Como no passado era o nosso PFL, o nosso DEM”, afirmou.

E mandou um recado aos que temem a disputa: “Candidato que tem medo de disputar a eleição, de pedir voto, não deve ser candidato. Eu já disputei oito eleições, perdi duas, ganhei seis e posso disputar mais uma ou mais duas, né? Dependendo da minha saúde, não tenho medo de disputar.”

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Nos próximos meses, a proposta de saída antecipada deve ganhar força nas conversas entre Palácio Paiaguás e Assembleia, sobretudo se os secretários intensificarem seus movimentos políticos. Para os deputados, quanto mais cedo a desincompatibilização, menor a vantagem de quem tem caneta na mão.

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