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Emanuel vê Bolsonaro entrando em fria ao apoiar Mauro Mendes
Pinheiro garantiu que irá dialogar com o MT para fechar apoio à federação do PV, PCdoB e PT, que pretende lançar um candidato de oposição.
POLÍTICA

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), lamentou o fato do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) estar apoiando a reeleição do governador Mauro Mendes (UB), seu principal rival político. O mandatário nacional confirmou a aliança em entrevista a uma emissora de rádio mato-grossenses, no fim da última semana. Para Emanuel, o chefe de Estado “não sabe a fria que está entrando”.
“É uma pena. O presidente Bolsonaro não sabe a fria que ele está entrando, então, ele vai saber só com o tempo. É uma pena, mas eu tenho que respeitar e cuidar da nossa vida e desenvolver as melhores propostas que nós temos. Nós temos uma gestão realizadora que queremos levar os feitos da gestão em Cuiabá de opção pelos mais pobres, de prioridade, de inclusão social”, apontou, durante a inauguração da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do bairro Ribeirão do Lipa.
Emanuel é uma das principais lideranças de oposição que buscam uma nome para contrapor a reeleição de Mauro, defendendo inclusive a pré-candidatura do vice-prefeito José Roberto Stopa (PV) ao Palácio Paiaguás. Apesar dos planos políticos, o prefeito esbarra em interesses dentro do seu próprio partido, o MDB, que querem ver o partido seguindo a parceria com Mendes.
Contudo, Pinheiro garantiu que irá dialogar com a sigla para fechar apoio à federação entre o PV, PCdoB e PT, que pretende lançar um candidato de oposição. “Eu vou tentar convencer o meu partido a vir para apoiar, para fazer uma coligação com a federação e vir apoiar os candidatos que vão representar esse momento de mudança, eu vou trabalhar pelo nome do Stopa, vou ajudar”, enfatizou.
Recentemente, em conversa com o MINUTO MT, o líder emedebista, Carlos Bezerra (MDB), enfatizou que gostaria de ver um projeto político para o estado que “priorizasse o social”, indicando claramente que não vê isso no atual governador. Todavia, a esposa do veterano, Teté Bezerra, recentemente recebeu espaço para virar secretária e isso pode ter mudado a conversa.

POLÍTICA
Bezerra dá novo “chega pra lá” em Janaína e expõe desgaste com Mauro
Veterano contrapôs fala da correligionária e diz que não há qualquer deslealdade em curso caso o MDB lance um candidato ao Governo

A deputada estadual, Janaína Riva (MDB), embora vice-presidente estadual do seu partido, novamente quis falar com voz de chefia e tomou uma lição pública do verdadeiro mandatário do MDB, o deputado federal, Carlos Bezerra (MDB).
O veterano deixou claro, nesta quarta-feira (6), que a voz de Janaína é só mais uma e desqualificou uma avaliação feita pela correligionária, que tentou constranger o próprio Bezerra, forçando-o a seguir na base do governador, Mauro Mendes (UB).
Riva afirmou que o MDB seria desleal se não apoiasse a reeleição de Mauro, atual chefe do Executivo Estadual. Bezerra rebateu Janaína e mostrou que não passa nem perto de ter o apego que a deputada tem com o atual governador.
Bezerra disse que não vê nenhum “ato de deslealdade”, como sugeriu a parlamentar, caso a sigla decida deixar a base de Mendes para lançar o ex-prefeito de Rondonópolis e ex-deputado federal constituinte, Percival Muniz (MDB), ao Palácio Paiaguás.
Alas do MDB se movimentam para levantar Percival como o representante dos grupos que não aprovam a gestão de Mauro e defendem uma candidatura própria para rivalizar com o atual gestor estadual nas urnas.
Bezerra contrapôs Janaína ao site RDNEWS e disse que é um direito dos emedebistas postularem um nome para o pleito. O Federal pontuou que a decisão irá acontecer apenas na convenção, cuja data ainda não foi fechada, mas deve ocorrer após o dia 20 de julho.
“Não é um ato de deslealdade, mas um direito que cada um tem”, citou Bezerra. Com uma longa carreira política, Percival é ex-deputado estadual, ex-federal e ex-prefeito de Rondonópolis. Bezerra disse que reconhece a força política que o possível pré-candidato carrega.
“O Percival é um membro de partido, uma pessoa histórica e tem um bom perfil. Ele tem o mesmo direito que qualquer outro membro do MDB de concorrer ao governo, mas é a convenção que vai resolver”, disse.
A projeção de Percival, que vem ganhando holofotes, nos últimos dias, tem perturbado a ala “maurista”, liderada por Janaína, dentro do MDB. O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), por outro lado, é um entusiasta do projeto Percival.
Opositor ferrenho a Mauro, Pinheiro antagonizou com Janaína e disse que insistir em se manter na base, aí sim, seria uma traição ao partido. “Defender o MDB na base é naufragar o partido e trair a legenda, uma das maiores de Mato Grosso e do Brasil”, disparou.
Cenário conflituoso
Janaina Riva vem sofrendo com conflitos que envolvem interesses pessoais, familiares, eleitorais e partidários desde o fim do ano passado. Militante de diversas bandeiras de esquerda, ela teve de reduzir a silhueta e passou a ser uma “bolsonarista envergonhada” depois que o sogro, o atual senador, Wellington Fagundes (PL), passou a integrar o mesmo partido do presidente, Jair Bolsonaro (PL).
Riva criticou abertamente e, como agora, foi chamada atenção de maneira pública por Bezerra, quando tentou força o MDB a não seguir conjunto ao projeto Neri Geller (PP) senador, algo que o líder emedebista não parece cogitar. Janaína teria a opção de sair no partido para poder apoiar o sogro, na janela que se fechou em março, mas não quis correr o risco de ir para outra sigla e ver sua reeleição ameaçada em uma legenda mais fraca.
Por causa de Wellington, Janaína já teve de declarar que vai de Bolsonaro em 2022, o que provou reação de Bezerra, apoiador declarado da senadora Simone Tebet (MDB), do seu partido, ao maior cargo da nação. O veterano chamou o manifesto de Riva de “pensamento isolado” dentro do partido.
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