NADA FEITO
Filho de Mauro tenta recuperar passaporte, mas Justiça nega
O magistrado considerou legal todas as medidas impostas pela Justiça Federal e não a revogou, mantendo a movimentação de Luis monitorada
POLÍTICA
O desembargador federal da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), André Nekataschalow, negou o habeas corpus impetrado pela defesa do jovem filho do governador Mauro Mendes (União), Luis Antonio Taveira Mendes, de 25 anos, e manteve, nesta semana, as medidas cautelares contra o empresário, como pagamento de fiança e recolhimento do seu passaporte.
Na decisão, assinada na terça-feira (14), o magistrado considerou legal todas as medidas impostas pela Justiça Federal e não a revogou, afirmando que inexiste quaisquer elementos que poderia provocar a nulidade da decisão que autorizou a 2ª fase da Operação Hermes e seus mandados de busca e apreensão, inclusive à empresa que Luis é sócio.
‘Foram indicadas, ainda, situações específicas envolvendo as duas empresas em que houve a compra ilegal de mercúrio, com a utilização de notas fiscais adulteradas’, justifica o desembargador. Nekataschalow ainda aponta que os possíveis crimes ambientais cometidos já justificam a fixação das medidas cautelares alternativas.
‘Portanto, sua cominação associada à imposição de medidas cautelares não constitui ilegalidade. O art. 326 do Código de Processo Penal estabelece que, para determinar o valor da fiança, a autoridade considerará a natureza da infração, as condições pessoais de fortuna e vida pregressa do acusado, as circunstâncias indicativas de sua periculosidade, bem como a importância provável das custas do processo, até final julgamento’, diz outro trecho da decisão.
A decisão que a defesa de Luis Mendes tentava anular trouxe indícios de crimes ambientais com a pena mais severa, equivalente a 6 anos de prisão, segundo o qual a fiança será fixada, nessa hipótese, entre 10 a 200 salários mínimos. Contudo, André Nekataschalow afirmou não verificar a presença de elementos para determinar o pagamento de 200 salários mínimos como fiança e estipulou 10.
‘Dessa forma, adequada a redução da fiança para 10 salários mínimos, sendo mantidas as demais medidas cautelares fixadas pelo Juízo a quo, quais sejam: proibição de alterar o endereço de seu domicílio, sem comunicação ao Juízo; a proibição de deixar o país sem a autorização do Juízo, sendo que o recolhimento e acautelamento dos passaportes deverá ser feito pela autoridade Policial, efetuando-se, ainda, a comunicação às autoridades de fronteira quanto ao Impedimento’, finaliza.
Com a decisão, o valor da fiança cai de R$ 264 mil para R$ 13.200 mil. Contudo, o recolhimento do seu passaporte deverá ser efetuada pela Polícia Federal. Luis Antonio Taveira Mendes é sócio das empresas Kin Mineradora Ltda e Mineração Aricá Ltda, que foram vasculhadas pela PF. Ele chegou a ter seu pedido de prisão pedido pela PF por supostamente integrar um grupo de financiadores de um esquema criminoso envolvendo a comercialização de mercúrio contrabandeado para garimpos, mas a justiça não viu elementos necessários para a reclusão.
POLÍTICA
Sérgio Ricardo aceita críticas, mas reitera transparência da gestão Emanuel
O atual comandante da Corte de Contas disse que o TCE não se sente imune a críticas, mas defendeu a postura técnica da agremiação.
O conselheiro presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Sérgio Ricardo, disse que aceita as críticas de alguns vereadores e outras lideranças políticas sobre o parecer da Corte pela aprovação das contas do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) referentes ao ano de 2023. Contudo, fez a ressalva de que a gestão merece o reconhecimento pela transparência que possui.
O presidente do TCE elogiou as ações da gestão de Emanuel, que garantiram o selo ouro de transparência ao prefeito. “Seria possível a imprensa saber disso tudo (reiteradas denúncias) que sabe se não houve transparência? Não tem como mais não ter transparência, queira a instituição ou não. Vem à tona tudo que a gente sabe, a gente não conseguiria saber sem a transparência da Prefeitura de Cuiabá”.
Entre os que criticaram publicamente a postura do TCE estão os vereadores Demilson Nogueira (PP) e Eduardo Magalhães (Republicanos). Isso porque, as contas haviam sido reprovadas e depois, após esclarecimento da equipe técnica do prefeito de custos adicionais, como no caso da saúde, onde a capital tem absorvido a demanda do interior, foi reformulada a votação com parecer favorável pela aprovação das contas.
Sérgio Ricardo enfatizou que os responsáveis por efetivamente aprovar as contas são os parlamentares municipais. “Quero lembrar que os vereadores irão ter a oportunidade de votar as contas porque o TCE não vota, mas dá um parecer e os sete conselheiros dão parecer. A votação pela aprovação ou reprovação é os vereadores quem irão fazer. E agora fica a grande oportunidade de aprovar ou não”, citou.
O atual comandante da Corte de Contas disse que democraticamente o TCE não se sente imune a críticas, mas defendeu a postura técnica da agremiação. “A gente aceita qualquer crítica qualquer posicionamento contrário ao dos conselheiros. A forma como eles votaram, os conselheiros conhecem, cada um fez o seu voto consciente. Nós conhecemos de finanças, porque senão não estaríamos lá. Conhecemos de julgamento, conhecemos de gastos e as contas foram votadas com relação aos programas da prefeitura. Não com relação aos gastos”, reiterou.
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