POLÍTICA
Governo de MT suspende licitação de contestado BRT
POLÍTICA

O Governo de Mato Grosso suspendeu, ontem (17), o processo licitatório para a contratação das obras do sistema de Ônibus de Trânsito Rápido (BRT), em Cuiabá e Várzea Grande, que foi o modelo de transporte escolhido pelo governador, Mauro Mendes (DEM/UB), e aliados, para substituir o Veículo Leve sobre Trilhos – VLT, troca que no fim das contas deve custar mais R$ 2 bilhões aos cofres públicos.
De acordo com a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), a decisão da suspensão do processo do BRT atende a um pedido das empresas interessadas no certame, em razão do aumento de casos de Covid-19, consequente, a diminuição de seus quadros de funcionários. A abertura das propostas da construção do sistema de transporte estava marcada para o dia 27 de janeiro.
Agora, a licitação com novas datas, será publicada pela Sinfra-MT no Diário Oficial do Estado (DOE). A concorrência será realizada na modalidade de Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCi), do tipo menor preço. A obra está orçada em R$ 480.500.531,82, valor que compreende a elaboração dos projetos básicos e executivos de engenharia, de desapropriação, obtenção de licenças, outorgas, aprovações e execução das obras de implantação do corredor do BRT.
Segundo a assessoria da Sinfra, no valor da obra também estão inclusas as construções de 46 estações, de um terminal na região do Coxipó e outro no CPA, e a reconstrução do Terminal André Maggi, em Várzea Grande. Será construído ainda um viaduto para passagem do BRT na rotatória das avenidas Fernando Corrêa da Costa e Beira Rio, de uma nova ponte sobre o Rio Coxipó e a criação de um parque linear na Avenida Historiador Rubens de Mendonça, mas conhecida como do CPA.
Também estão previstos a requalificação do Largo do Rosário e demais adequações no trânsito. No RDCi, a empresa vencedora ficará responsável pela elaboração do projeto e depois pela execução da obra, que tem um prazo de dois anos para ser concluída após o seu início.
Troca onerosa
Para “liberar” o projeto do BRT, o governador achou benéfico assumir e quitar o restante da dívida do VLT, algo em torno de R$ 560 milhões, que já soma-se a uma cifra bilionária gasta desde 2014. Com o recurso citado, mais o que vai se investir no BRT, o Executivo Estadual finalizaria o “projeto da Copa”.
Entretanto, e estranhamente, mesmo com os vagões já no estado há anos, no aguardo de entrarem em funcionamento, e com todo o modal mais de 50% construído, Mauro Mendes preferiu injetar e dissolver mais centenas de milhões e enterrar o projeto.
A obviedade de investir o mesmo valor e ter um transporte muito mais rápido, confortável e moderno aos cuiabanos, várzea-grandenses e mato-grossenses, que sempre visitam a capital do estado, quando se analisa a relação incomparável do VLT com BRT, principalmente com o primeiro já tendo mais de 50% da obra executada, cria um enorme ponto de interrogação.
O enredo mostra-se suficiente para, quem sabe, fazer emergir num futuro breve um dois maiores escândalos de desrespeito a dinheiro público na história recente de Mato Grosso, mesmo com a “concorrência” dos fatos já conhecidos das últimas gestões.

POLÍTICA
Apressado, trio já se engalfinha por comando da ALMT em 2023
A ironia é que a própria Janaína é a atual vice-presidente reeleita da Casa e entende que seu nome no comando seria alternar o poder.

A confiança na reeleição no pleito eleitoral de outubro é tão grande, que os atuais deputados estaduais, Max Russi (PSB), Eduardo Botelho (UB) e Janaína Riva (MDB) já travam uma batalha pesada nos bastidores visando o comando da próxima mesa diretora, a partir de janeiro de 2023.
A tensão atrás das cortinas, aliás, é tanta, que a Janaína externou, recentemente, a queda de braço e alfinetou o atual presidente, Eduardo Botelho, que recentemente retornou ao cargo por decisão do Supremo Tribunal Federal – STF, isto porque já está em seu terceiro biênio como comandante da mesa diretora.
Em entrevista à Rádio Metrópole FM, Janaína foi dura ao dizer que a Assembleia “não tem dono” e que o seu comando precisa ser democrático. “Nós temos que acabar com esse coronelismo na Assembleia. Se Botelho e Max estão achando que vão ficar se perpetuando no poder, estão muito enganados. Porque eu não vou aceitar e os deputados não vão”, afirmou.
No seguimento da entrevista, a deputada foi pega na contradição, em virtude do pai, José Riva, ter ficado 20 anos no comando do parlamento e assumiu que o pai foi um dos “donos da ALMT”, teve que fazer uma crítica indireta familiar, mas reiterou que esse tipo de coisa acabou.
“Meu pai foi dono da Assembleia como outros foram. […] E hoje nós temos uma legislação, que poderia até ter o nome de ‘Lei Riva’, que proíbe a troca de cargos entre primeiro-secretário e presidente. Essa legislação é extremamente importante para Assembleia parar de ter dono”, citou, referindo-se a manobra que era executada no passado pelo pai, que mantinha sempre o mesmo grupo no poder.
A emedebista mostrou estar obcecada pela gestão e disse que não aceitará que deputados tentem derrubar a legislação para se favorecer, ameaçando levar o povo pra dentro do plenário para fazer pressão nos colegas. Ela adiantou que fará oposição à Mesa Diretora, caso a intenção seja o seguimento dos mesmos.
A ironia é que a própria Janaína é a atual vice-presidente reeleita da Casa de Leis e entende que seu nome no comando seria alternar o poder.
Botelho reage
Como não poderia deixar de ser, Botelho reforçou que quem instituiu o modelo atual de comando do legislativo foi José Riva. “Quem criou isso dentro da Assembleia foi o pai dela. O Riva foi quem transformou a eleição de presidente, quem criou a reeleição. Agora é fácil [ela] falar, já usufruiu de tudo”, afirmou o atual presidente, em entrevista à TV Cidade Verde.
Em outro momento, o deputado cutucou novamente Janaína e disse que “acabou o negócio de acertinho”, reforçando que cada deputado decide a própria vida, criticando a preocupação antecipada da deputada, já que não se sabe sequer quem serão os 24 a estar no parlamento em 2022.
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