INDICAÇÃO
Kalynka quer mais 20 salas sensoriais em Rondonópolis
As salas multissensoriais são ambientes planejados para estimular os sentidos e promove o desenvolvimento cognitivo e emocional das crianças
POLÍTICA

Reafirmando seu compromisso com a educação inclusiva, a vereadora Kalynka Meirelles anunciou a indicação para a criação de mais 20 salas de recursos multissensoriais em Rondonópolis. A proposta vem na sequência da implantação da primeira sala sensorial da cidade, instalada no CMEI Mãe Margarida, na região da Vila Rica — um marco histórico para o atendimento de crianças com deficiência.
Ainda no primeiro mês deste mandato, Kalynka participou de visitas técnicas a unidades e instituições voltadas à inclusão em Cuiabá e Várzea Grande, acompanhada do vice-prefeito Altemar Lopes, do secretário de Educação Carlos Júnior e da neuropsicóloga Dra. Erica Rezende, fundadora do projeto Autismo na Escola. A comitiva conheceu de perto o funcionamento das salas sensoriais, utilizadas como ferramenta de apoio pedagógico e terapêutico para estudantes neurodivergentes.
A atuação da vereadora nessa pauta, no entanto, começou ainda no início do seu primeiro mandato. Naquela ocasião, Kalynka também visitou escolas inclusivas na capital e buscou apoio para implantar esse modelo em Rondonópolis. Agora, com o compromisso da atual gestão, o projeto finalmente saiu do papel.
“As salas multissensoriais são ambientes planejados para estimular os sentidos — visão, audição, tato, olfato e equilíbrio — com o objetivo de promover o desenvolvimento cognitivo, emocional e motor de crianças com deficiência. Desde o início do meu mandato, busco trazer para Rondonópolis políticas públicas inclusivas e estruturantes. A instalação da primeira sala foi uma grande conquista, mas nosso compromisso é ampliar esse acesso”, destacou a vereadora.
Kalynka Meirelles também agradeceu ao secretário Carlos Júnior e ao prefeito Cláudio Ferreira por acolherem a proposta e viabilizarem a primeira unidade como parte das ações dos 100 primeiros dias de gestão — iniciativa que coloca Rondonópolis como a primeira cidade do interior de Mato Grosso a contar com uma sala multissensorial, e que caminha para se consolidar como referência estadual em políticas públicas voltadas à inclusão.
Com a nova indicação, a expectativa é que a rede municipal possa ampliar significativamente o atendimento às crianças que mais precisam.
“Nosso objetivo é garantir que todas as crianças, independentemente de suas condições, tenham a oportunidade de aprender e se desenvolver com dignidade. As salas sensoriais são um passo importante nesse caminho, e vamos seguir trabalhando por uma educação verdadeiramente inclusiva”, finalizou.

POLÍTICA
MT terá o maior custo do país com criação de vagas na AL
Ampliação de cadeiras no Congresso provoca efeito cascata nas assembleias estaduais e pode custar mais de R$ 140 milhões por ano

Mato Grosso lidera o ranking nacional de impacto financeiro com a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que amplia o número de parlamentares. Caso o projeto seja confirmado no Senado, o Estado terá seis novas cadeiras na Assembleia Legislativa (ALMT), o que gerará um custo anual adicional de R$ 21,4 milhões aos cofres públicos.
O aumento ocorre por efeito cascata: com a criação de duas novas vagas para a bancada federal de Mato Grosso, automaticamente serão abertas seis novas cadeiras estaduais, conforme estabelece a Constituição. Em todo o país, 30 novos deputados estaduais serão criados, somando mais de R$ 76 milhões em gastos por ano. Quando somado ao custo extra de R$ 64,8 milhões da Câmara dos Deputados, o impacto total ultrapassa os R$ 140 milhões anuais.
O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nos portais de transparência dos legislativos estaduais, considerando salários, verbas indenizatórias, auxílios e despesas com assessores. Cada deputado estadual em Mato Grosso recebe R$ 34,7 mil de salário, R$ 65 mil de cota parlamentar e pode nomear até 60 assessores, com custo mensal de R$ 180 mil. O custo anual por parlamentar mato-grossense é de aproximadamente R$ 3,57 milhões.
As assembleias do Rio Grande do Norte e do Amazonas também teriam direito a seis novos deputados. Os custos aos cofres estaduais seriam de, respectivamente, R$ 16,8 milhões e R$ 15,9 milhões. Cada parlamentar potiguar tem direito a 27 assessores. Pará (R$ 9,5 milhões) e Santa Catarina (R$ 4 milhões) ganharão quatro deputados, enquanto Ceará (R$ 2,25 milhões) e Paraná (R$ 1,9 milhão) receberão um parlamentar extra.
Segundo o especialista em gestão pública Wellington Arruda, além desses valores, ainda há gastos indiretos, como veículos oficiais, diárias e cursos. “Quanto mais deputados, mais se diluem os recursos dentro do teto permitido, mas o custo total da máquina legislativa aumenta”, alerta.
O projeto de ampliação de vagas na Câmara é uma resposta do parlamento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a revisão da distribuição de deputados com base na população atual dos Estados. Como alternativa à redistribuição das 513 cadeiras existentes — que faria Estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco perderem representantes —, o Congresso optou por aumentar o total de vagas para 531 deputados federais, beneficiando os Estados que mais cresceram demograficamente.
Com isso, além de Mato Grosso, também receberão seis novos deputados estaduais o Rio Grande do Norte e o Amazonas. Os custos estimados para esses Estados são de R$ 16,8 milhões e R$ 15,9 milhões por ano, respectivamente. Outros Estados, como Pará e Santa Catarina, ganharão quatro cadeiras; Minas Gerais, Goiás, Paraná e Ceará terão uma vaga extra cada.
Para Marina Atoji, diretora de programas da Transparência Brasil, a medida não visa necessariamente ampliar a representatividade: “É um mecanismo para criar mais cargos e ampliar o controle partidário sobre verbas públicas. A proporcionalidade poderia ser resolvida com a redução de algumas bancadas, mas isso é descartado por motivos políticos”.
Estado conservador, gasto progressivo
O aumento no número de parlamentares também pressiona as contas de Estados com dificuldades fiscais. Embora Mato Grosso tenha uma das maiores receitas per capita do país, a criação de novas despesas permanentes contraria o discurso de austeridade e eficiência defendido por parte da própria base governista local.
O economista Felipe Salto, da Warren Investimentos, destaca que, mesmo sendo um impacto pequeno diante do orçamento nacional, o aumento de despesas com parlamentares é inoportuno. “O Congresso deveria estar ajudando a conter o avanço dos gastos obrigatórios, não ampliando o peso da máquina pública”, criticou.
A proposta ainda precisa passar pelo Senado para se tornar definitiva. Se for aprovada, valerá a partir da eleição de 2026, quando as novas cadeiras começarão a ser ocupadas — com salário e estrutura possivelmente reajustados até lá.
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