DESESPERO
Mãe é presa após abandonar filha recém-nascida dentro de sacola
Mulher alegou desespero por falta de apoio do pai da bebê e condições financeiras; menina foi encontrada com cordão umbilical e placenta
POLÍTICA

Uma mulher de 35 anos foi presa neste sábado (12) no bairro Doutor Fábio, em Cuiabá, acusada de abandonar a própria filha recém-nascida dentro de uma sacola plástica, no bairro CPA 4. O crime chocou a população local e mobilizou a Polícia Militar, que realizou o resgate da bebê e prendeu a suspeita dois dias depois.
Segundo o boletim de ocorrência, a mulher confessou que deu à luz na última terça-feira (7) e, sem registrar a criança, decidiu abandoná-la dois dias depois por não ter condições de criá-la. Ela relatou morar sozinha, já ter outros filhos e que procurou ajuda do suposto pai da menina, mas ele teria se recusado a assumir a responsabilidade.
O paradeiro da mulher foi revelado pelo próprio homem, após ser alertado pela atual namorada, que reconheceu a história nas notícias e procurou a polícia. A prisão foi realizada por uma equipe do 9º Batalhão no local indicado.
A mulher foi encaminhada para a delegacia e responderá por abandono de incapaz. A criança, por sua vez, foi resgatada no dia 10 de abril por policiais militares do 3º Batalhão, após moradores do CPA 4 ouvirem o choro vindo de um monte de lixo e alertarem uma viatura que passava pela região.
A bebê foi encontrada dentro de uma sacola, ainda com o cordão umbilical e restos de placenta, mas estava vestida e se movimentava bastante. Ela foi levada imediatamente à UPA da Morada do Ouro, onde recebeu atendimento médico. Pesando cerca de três quilos, a criança está fora de perigo e sob os cuidados das autoridades competentes.

POLÍTICA
Deputados querem secretários fora do governo já em dezembro
Movimentação de pré-candidatos no secretariado estadual gera incômodo na Assembleia Legislativa pelo uso da máquina pública

A movimentação de secretários estaduais rumo às eleições de 2026 já provoca desconforto entre deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Nos bastidores, cresce a articulação para que os auxiliares diretos do governador Mauro Mendes (União) que desejam disputar cargos eletivos deixem seus cargos ainda em dezembro deste ano — três meses antes do prazo legal de desincompatibilização, em março de 2026.
O deputado estadual Júlio Campos (União) foi o primeiro a defender publicamente a proposta, que já circula entre parlamentares como forma de “nivelar o jogo” e evitar o uso da estrutura governamental em benefício de futuras candidaturas.
“Eles vão ter que deixar o cargo até abril. Então também, se a Assembleia quiser, pode acertar com o governador para eles se afastarem no dia 31 de dezembro, agora, para evitar um jogo desigual. Como já foi feito no passado, em alguns governos, secretário que fosse disputar a eleição se afastava no último dia do ano anterior”, sugeriu.
Os nomes mais citados como potenciais candidatos são os secretários de Saúde, Gilberto Figueiredo; de Educação, Alan Porto; e o presidente da MT Par, Wener Santos. Os três têm mantido intensa agenda pública e são frequentemente mencionados como nomes fortes para a disputa a deputado federal ou estadual.
A proposta de Júlio Campos ecoa críticas feitas anteriormente pelo deputado Eduardo Botelho (União), que já havia ironizado o fato de gestores “técnicos” agora demonstrarem ambições eleitorais. O governador Mauro Mendes, por sua vez, reagiu às críticas dizendo que cada gestor tem o direito de construir seu caminho político, desde que cumpra suas funções com competência — avaliação compartilhada por Júlio.
Apesar do incômodo de alguns colegas, o veterano parlamentar minimizou a concorrência. “Meu voto é meu voto. Júlio é Júlio. Qualquer um que disputar faz bem. Eu gostaria que viessem mais gente pro voto. Nós fazemos, em vez de quatro, fazemos oito deputados estaduais e quatro federais. Como no passado era o nosso PFL, o nosso DEM”, afirmou.
E mandou um recado aos que temem a disputa: “Candidato que tem medo de disputar a eleição, de pedir voto, não deve ser candidato. Eu já disputei oito eleições, perdi duas, ganhei seis e posso disputar mais uma ou mais duas, né? Dependendo da minha saúde, não tenho medo de disputar.”
Nos próximos meses, a proposta de saída antecipada deve ganhar força nas conversas entre Palácio Paiaguás e Assembleia, sobretudo se os secretários intensificarem seus movimentos políticos. Para os deputados, quanto mais cedo a desincompatibilização, menor a vantagem de quem tem caneta na mão.
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