DIREITA UNIDA
Mato Grosso pode eleger dois senadores aliados de Bolsonaro
Medeiros e Galvan mantêm trajetória política ligada ao bolsonarismo e defendem bandeiras como a liberdade econômica e o agro
POLÍTICA

Durante o encontro do PL Mulher realizado neste fim de semana em Primavera do Leste, lideranças conservadoras de Mato Grosso reforçaram a articulação para as eleições de 2026 com foco na disputa pelo Senado. O deputado federal José Medeiros (PL) e o ex-presidente da Aprosoja Brasil, Antonio Galvan (DC), participaram do evento e demonstraram alinhamento político e estratégico em torno das pautas associadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Medeiros e Galvan mantêm trajetória política ligada ao bolsonarismo e defendem bandeiras como a liberdade econômica e o fortalecimento do agronegócio. Ambos são cotados como possíveis candidatos ao Senado e, com a perspectiva de duas vagas em disputa, a possibilidade de eleger dois nomes alinhados à direita tem sido considerada por apoiadores.
Nas redes sociais, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) sinalizou apoio direto aos dois. “Aqui estão meus dois senadores 01 (Galvan) e 02 (Medeiros). O Senado tem que defender o povo contra o autoritarismo”, escreveu.
O evento também contou com a presença de representantes do PL e da presidente estadual do Democracia Cristã (DC), Paula Boaventura, que é esposa de Galvan e tem atuado na mobilização feminina conservadora.
Com histórico de votação expressiva em candidatos da direita, Mato Grosso aparece como um dos estados com maior potencial para garantir duas cadeiras no Senado a aliados de Bolsonaro. As articulações regionais seguem em ritmo acelerado, com foco na construção de uma candidatura conjunta que evite divisões no campo conservador.

POLÍTICA
Deputados querem secretários fora do governo já em dezembro
Movimentação de pré-candidatos no secretariado estadual gera incômodo na Assembleia Legislativa pelo uso da máquina pública

A movimentação de secretários estaduais rumo às eleições de 2026 já provoca desconforto entre deputados da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). Nos bastidores, cresce a articulação para que os auxiliares diretos do governador Mauro Mendes (União) que desejam disputar cargos eletivos deixem seus cargos ainda em dezembro deste ano — três meses antes do prazo legal de desincompatibilização, em março de 2026.
O deputado estadual Júlio Campos (União) foi o primeiro a defender publicamente a proposta, que já circula entre parlamentares como forma de “nivelar o jogo” e evitar o uso da estrutura governamental em benefício de futuras candidaturas.
“Eles vão ter que deixar o cargo até abril. Então também, se a Assembleia quiser, pode acertar com o governador para eles se afastarem no dia 31 de dezembro, agora, para evitar um jogo desigual. Como já foi feito no passado, em alguns governos, secretário que fosse disputar a eleição se afastava no último dia do ano anterior”, sugeriu.
Os nomes mais citados como potenciais candidatos são os secretários de Saúde, Gilberto Figueiredo; de Educação, Alan Porto; e o presidente da MT Par, Wener Santos. Os três têm mantido intensa agenda pública e são frequentemente mencionados como nomes fortes para a disputa a deputado federal ou estadual.
A proposta de Júlio Campos ecoa críticas feitas anteriormente pelo deputado Eduardo Botelho (União), que já havia ironizado o fato de gestores “técnicos” agora demonstrarem ambições eleitorais. O governador Mauro Mendes, por sua vez, reagiu às críticas dizendo que cada gestor tem o direito de construir seu caminho político, desde que cumpra suas funções com competência — avaliação compartilhada por Júlio.
Apesar do incômodo de alguns colegas, o veterano parlamentar minimizou a concorrência. “Meu voto é meu voto. Júlio é Júlio. Qualquer um que disputar faz bem. Eu gostaria que viessem mais gente pro voto. Nós fazemos, em vez de quatro, fazemos oito deputados estaduais e quatro federais. Como no passado era o nosso PFL, o nosso DEM”, afirmou.
E mandou um recado aos que temem a disputa: “Candidato que tem medo de disputar a eleição, de pedir voto, não deve ser candidato. Eu já disputei oito eleições, perdi duas, ganhei seis e posso disputar mais uma ou mais duas, né? Dependendo da minha saúde, não tenho medo de disputar.”
Nos próximos meses, a proposta de saída antecipada deve ganhar força nas conversas entre Palácio Paiaguás e Assembleia, sobretudo se os secretários intensificarem seus movimentos políticos. Para os deputados, quanto mais cedo a desincompatibilização, menor a vantagem de quem tem caneta na mão.
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