ALTERNATIVA DA DIREITA
Mauro defende Caiado para Presidência da República
Chefe do Executivo mato-grossense elogia gestão de Caiado e diz que o goiano está preparado para disputar o comando do país em 2026.
POLÍTICA

O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), manifestou apoio à pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), à Presidência da República em 2026. Segundo Mendes, Caiado reúne atributos suficientes para encarar a disputa pelo comando do país.
“Caiado tem experiência, trajetória consolidada e uma gestão bem avaliada em Goiás. Ele está preparado para o cenário nacional”, afirmou o chefe do Executivo mato-grossense em entrevista na segunda-feira (05).
Pré-candidato já declarado, Caiado lançou seu nome oficialmente em abril e apresentou o slogan de sua pré-campanha: “Coragem para endireitar o Brasil”. Ele surge como uma das alternativas em meio às incertezas envolvendo a participação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no pleito, por conta de pendências jurídicas.
Mauro Mendes esteve em Goiás no fim de semana, onde participou de um evento sertanejo ao lado de Caiado, da primeira-dama Virginia Mendes e de outras lideranças. Questionado sobre conversas com o governador goiano, Mendes confirmou que o diálogo ocorreu e destacou que a decisão sobre quem receberá seu apoio dependerá do cenário nacional e do desfecho jurídico envolvendo Bolsonaro.
“O apoio da federação [União Brasil e PP] não é decidido em nível regional. Essas discussões são tratadas nacionalmente. Conversei bastante com o Caiado, ele está decidido e comprometido com o projeto. É preciso reconhecer a liderança do ex-presidente Bolsonaro, mas enquanto sua situação jurídica não estiver clara, temos que aguardar”, pontuou Mendes.

POLÍTICA
MT terá o maior custo do país com criação de vagas na AL
Ampliação de cadeiras no Congresso provoca efeito cascata nas assembleias estaduais e pode custar mais de R$ 140 milhões por ano

Mato Grosso lidera o ranking nacional de impacto financeiro com a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que amplia o número de parlamentares. Caso o projeto seja confirmado no Senado, o Estado terá seis novas cadeiras na Assembleia Legislativa (ALMT), o que gerará um custo anual adicional de R$ 21,4 milhões aos cofres públicos.
O aumento ocorre por efeito cascata: com a criação de duas novas vagas para a bancada federal de Mato Grosso, automaticamente serão abertas seis novas cadeiras estaduais, conforme estabelece a Constituição. Em todo o país, 30 novos deputados estaduais serão criados, somando mais de R$ 76 milhões em gastos por ano. Quando somado ao custo extra de R$ 64,8 milhões da Câmara dos Deputados, o impacto total ultrapassa os R$ 140 milhões anuais.
O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nos portais de transparência dos legislativos estaduais, considerando salários, verbas indenizatórias, auxílios e despesas com assessores. Cada deputado estadual em Mato Grosso recebe R$ 34,7 mil de salário, R$ 65 mil de cota parlamentar e pode nomear até 60 assessores, com custo mensal de R$ 180 mil. O custo anual por parlamentar mato-grossense é de aproximadamente R$ 3,57 milhões.
As assembleias do Rio Grande do Norte e do Amazonas também teriam direito a seis novos deputados. Os custos aos cofres estaduais seriam de, respectivamente, R$ 16,8 milhões e R$ 15,9 milhões. Cada parlamentar potiguar tem direito a 27 assessores. Pará (R$ 9,5 milhões) e Santa Catarina (R$ 4 milhões) ganharão quatro deputados, enquanto Ceará (R$ 2,25 milhões) e Paraná (R$ 1,9 milhão) receberão um parlamentar extra.
Segundo o especialista em gestão pública Wellington Arruda, além desses valores, ainda há gastos indiretos, como veículos oficiais, diárias e cursos. “Quanto mais deputados, mais se diluem os recursos dentro do teto permitido, mas o custo total da máquina legislativa aumenta”, alerta.
O projeto de ampliação de vagas na Câmara é uma resposta do parlamento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a revisão da distribuição de deputados com base na população atual dos Estados. Como alternativa à redistribuição das 513 cadeiras existentes — que faria Estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco perderem representantes —, o Congresso optou por aumentar o total de vagas para 531 deputados federais, beneficiando os Estados que mais cresceram demograficamente.
Com isso, além de Mato Grosso, também receberão seis novos deputados estaduais o Rio Grande do Norte e o Amazonas. Os custos estimados para esses Estados são de R$ 16,8 milhões e R$ 15,9 milhões por ano, respectivamente. Outros Estados, como Pará e Santa Catarina, ganharão quatro cadeiras; Minas Gerais, Goiás, Paraná e Ceará terão uma vaga extra cada.
Para Marina Atoji, diretora de programas da Transparência Brasil, a medida não visa necessariamente ampliar a representatividade: “É um mecanismo para criar mais cargos e ampliar o controle partidário sobre verbas públicas. A proporcionalidade poderia ser resolvida com a redução de algumas bancadas, mas isso é descartado por motivos políticos”.
Estado conservador, gasto progressivo
O aumento no número de parlamentares também pressiona as contas de Estados com dificuldades fiscais. Embora Mato Grosso tenha uma das maiores receitas per capita do país, a criação de novas despesas permanentes contraria o discurso de austeridade e eficiência defendido por parte da própria base governista local.
O economista Felipe Salto, da Warren Investimentos, destaca que, mesmo sendo um impacto pequeno diante do orçamento nacional, o aumento de despesas com parlamentares é inoportuno. “O Congresso deveria estar ajudando a conter o avanço dos gastos obrigatórios, não ampliando o peso da máquina pública”, criticou.
A proposta ainda precisa passar pelo Senado para se tornar definitiva. Se for aprovada, valerá a partir da eleição de 2026, quando as novas cadeiras começarão a ser ocupadas — com salário e estrutura possivelmente reajustados até lá.
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