OXIGENAÇÃO
Mauro oficializa novo comandante da PM em Mato Grosso
Coronel Fernando, como é chamado, responde atualmente pela Secretaria Adjunta de Integração Operacional da Secretaria de Estado de Segurança
POLÍTICA

Com discurso de ‘oxigenação’, o governador Mauro Mendes (União) definiu e oficializou, na terça-feira (26), o coronel Cláudio Fernando Carneiro Tinoco como novo comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso. Ele assume o cargo efetivamente na próxima sexta-feira (29) no lugar do coronel Alexandre Mendes.
Coronel Fernando, como é chamado, responde atualmente pela Secretaria Adjunta de Integração Operacional da Secretaria de Estado de Segurança Pública, sendo responsável, entre outras atribuições, pelas operações integradas, que impediram as tentativas de mais de 40 invasões de terras no estado, desde o ano passado.
“A vinda do coronel Fernando vai somar muito às nossas ações para intensificar o combate ao crime organizado. Ele é um militar que possui experiência e também tem o respeito da tropa. O foco será continuar e intensificar o trabalho para tornar Mato Grosso um lugar mais seguro para todos os mato-grossenses”, afirmou o governador.
Fernando é bacharel em Administração, pela União de Ensino Superior de Nova Mutum e em Direito, pela Universidade de São Paulo – UNCID. Ele também é especialista em Gestão de Segurança Pública pela Unemat.
Foi comandante do Núcleo de Polícia Militar, da Companhia de Polícia Militar e do 26º Batalhão de Polícia Militar, todos em Nova Mutum. Além de ter sido comandante do 14º Comando Regional da Polícia Militar de Mato Grosso.
Segundo informaões de bastidores, a troca de comando estaria relacionado a um descontentamento do governador com a efetividade do combate das forças de segurança ao crescimento de facções criminosas no estado.
Mendes tem a meta de se eleger senador e quer usar como plataforma de campanha um histórico de combate ferrenho à criminalidade, o que entende hoje não ser uma realidade concreta para poder usar.

POLÍTICA
MT terá o maior custo do país com criação de vagas na AL
Ampliação de cadeiras no Congresso provoca efeito cascata nas assembleias estaduais e pode custar mais de R$ 140 milhões por ano

Mato Grosso lidera o ranking nacional de impacto financeiro com a proposta aprovada pela Câmara dos Deputados que amplia o número de parlamentares. Caso o projeto seja confirmado no Senado, o Estado terá seis novas cadeiras na Assembleia Legislativa (ALMT), o que gerará um custo anual adicional de R$ 21,4 milhões aos cofres públicos.
O aumento ocorre por efeito cascata: com a criação de duas novas vagas para a bancada federal de Mato Grosso, automaticamente serão abertas seis novas cadeiras estaduais, conforme estabelece a Constituição. Em todo o país, 30 novos deputados estaduais serão criados, somando mais de R$ 76 milhões em gastos por ano. Quando somado ao custo extra de R$ 64,8 milhões da Câmara dos Deputados, o impacto total ultrapassa os R$ 140 milhões anuais.
O levantamento foi feito pelo jornal O Estado de S. Paulo com base nos portais de transparência dos legislativos estaduais, considerando salários, verbas indenizatórias, auxílios e despesas com assessores. Cada deputado estadual em Mato Grosso recebe R$ 34,7 mil de salário, R$ 65 mil de cota parlamentar e pode nomear até 60 assessores, com custo mensal de R$ 180 mil. O custo anual por parlamentar mato-grossense é de aproximadamente R$ 3,57 milhões.
As assembleias do Rio Grande do Norte e do Amazonas também teriam direito a seis novos deputados. Os custos aos cofres estaduais seriam de, respectivamente, R$ 16,8 milhões e R$ 15,9 milhões. Cada parlamentar potiguar tem direito a 27 assessores. Pará (R$ 9,5 milhões) e Santa Catarina (R$ 4 milhões) ganharão quatro deputados, enquanto Ceará (R$ 2,25 milhões) e Paraná (R$ 1,9 milhão) receberão um parlamentar extra.
Segundo o especialista em gestão pública Wellington Arruda, além desses valores, ainda há gastos indiretos, como veículos oficiais, diárias e cursos. “Quanto mais deputados, mais se diluem os recursos dentro do teto permitido, mas o custo total da máquina legislativa aumenta”, alerta.
O projeto de ampliação de vagas na Câmara é uma resposta do parlamento ao Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a revisão da distribuição de deputados com base na população atual dos Estados. Como alternativa à redistribuição das 513 cadeiras existentes — que faria Estados como Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco perderem representantes —, o Congresso optou por aumentar o total de vagas para 531 deputados federais, beneficiando os Estados que mais cresceram demograficamente.
Com isso, além de Mato Grosso, também receberão seis novos deputados estaduais o Rio Grande do Norte e o Amazonas. Os custos estimados para esses Estados são de R$ 16,8 milhões e R$ 15,9 milhões por ano, respectivamente. Outros Estados, como Pará e Santa Catarina, ganharão quatro cadeiras; Minas Gerais, Goiás, Paraná e Ceará terão uma vaga extra cada.
Para Marina Atoji, diretora de programas da Transparência Brasil, a medida não visa necessariamente ampliar a representatividade: “É um mecanismo para criar mais cargos e ampliar o controle partidário sobre verbas públicas. A proporcionalidade poderia ser resolvida com a redução de algumas bancadas, mas isso é descartado por motivos políticos”.
Estado conservador, gasto progressivo
O aumento no número de parlamentares também pressiona as contas de Estados com dificuldades fiscais. Embora Mato Grosso tenha uma das maiores receitas per capita do país, a criação de novas despesas permanentes contraria o discurso de austeridade e eficiência defendido por parte da própria base governista local.
O economista Felipe Salto, da Warren Investimentos, destaca que, mesmo sendo um impacto pequeno diante do orçamento nacional, o aumento de despesas com parlamentares é inoportuno. “O Congresso deveria estar ajudando a conter o avanço dos gastos obrigatórios, não ampliando o peso da máquina pública”, criticou.
A proposta ainda precisa passar pelo Senado para se tornar definitiva. Se for aprovada, valerá a partir da eleição de 2026, quando as novas cadeiras começarão a ser ocupadas — com salário e estrutura possivelmente reajustados até lá.
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