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NÚMEROS SUBESTIMADOS

Mauro promete revisar LOA e garantir pagamento de emendas

Após pressão dos deputados e ameaça de judicialização, governador afirma que está aberto ao diálogo e defende equilíbrio fiscal

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POLÍTICA

Governador sustenta que o texto da LOA foi elaborado com base em parâmetros técnicos e realistas

Após enfrentar críticas públicas e pressão crescente da Assembleia Legislativa, o governador Mauro Mendes (União Brasil) anunciou nesta quinta-feira (16) que irá revisar a Lei Orçamentária Anual (LOA) para garantir o pagamento das emendas parlamentares. A medida tenta distensionar o embate entre o Executivo e os deputados, que chegaram a cogitar acionar a Justiça para obrigar o governo a liberar os recursos.

Mauro declarou estar aberto ao diálogo e disposto a discutir ajustes, mas defendeu o modelo de gestão fiscal adotado em sua administração. Segundo ele, o Estado mantém estabilidade financeira inédita e cumpre compromissos com regularidade.

“É natural que haja críticas, mas também é importante colocar as coisas em perspectiva. Mato Grosso nunca teve uma situação financeira tão equilibrada. Somos um governo que paga em dia, investe nos municípios e planeja com responsabilidade. Vou ouvir os deputados e debater o que for necessário, mas é inegável que essa forma de administrar trouxe prosperidade ao Estado”, afirmou o governador.

Nos bastidores, parlamentares reclamam que o governo estaria contingenciando recursos e atrasando repasses, o que impacta a execução de obras e compromissos locais. Por isso, parte dos deputados defende que o Executivo está desrespeitando a Constituição Estadual ao não executar integralmente as emendas.

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Em resposta, Mauro rebateu as acusações e ressaltou que o cronograma de pagamentos vem sendo seguido. Ele também destacou que o montante destinado a emendas individuais em Mato Grosso é um dos mais altos do país.

“O Estado destina até R$ 25 milhões por parlamentar, enquanto há lugares em que o valor não passa de R$ 3 milhões. Pagamos dentro do previsto. Estão reclamando sem razão. Alguns optaram por destinar recursos a festas, mas, ainda assim, seguimos o cronograma e vamos cumprir tudo até o fim do ano”, argumentou.

Apesar do tom firme, o governador sinalizou abertura para ajustes. “Se houver argumentos técnicos e consistentes, podemos readequar. Estou disposto a escutar a base aliada”, disse.

O impasse ocorre durante a tramitação da LOA de 2025, quando deputados afirmam que o governo subestimou a receita e reduziu repasses para o Legislativo e outros poderes, o que, segundo eles, ameaça a autonomia institucional. A tensão aumentou após o deputado Carlos Avallone (PSDB) acusar a atual gestão de ser “a que mais subestima o orçamento” nos últimos anos.

O governo, por outro lado, sustenta que o texto da LOA foi elaborado com base em parâmetros técnicos e realistas, priorizando o equilíbrio das contas públicas e a manutenção da estabilidade econômica do Estado.

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POLÍTICA

Cira bloqueia R$ 379 milhões de grupo do setor de etanol

O grupo acumula mais de R$ 470 milhões em débitos com o estado e a decisão judicial busca assegurar ressarcimento dos cofres públicos

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A empresa é investigada por montar um esquema de blindagem patrimonial e fraude estruturada para sonegar tributos

O Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira-MT) obteve na justiça o bloqueio de R$ 379,5 milhões em bens, imóveis e ativos financeiros de um grupo empresarial do setor de etanol. A empresa é investigada por montar um esquema de blindagem patrimonial e fraude estruturada para sonegar tributos.

A decisão judicial, que está sob segredo de justiça, busca assegurar com as medidas adotadas o ressarcimento dos cofres do estado. O grupo acumula mais de R$ 470 milhões em débitos com o Estado de Mato Grosso e cerca de R$ 639 milhões em obrigações fiscais federais.

As investigações foram realizadas pela Coordenadoria de Inteligência da Procuradoria-Geral do Estado (PGE-MT), que utilizou rastreamento financeiro, cruzamento de dados societários, análise de registros patrimoniais e transações imobiliárias. O trabalho revelou uma estrutura jurídica supostamente criada para dificultar a cobrança de tributos e atrapalhar as investigações.

“Essa é uma resposta firme do Estado contra estratégias ilegais de ocultação de patrimônio. A investigação mostrou que o grupo concentrava dívidas em uma única empresa operacional, enquanto o patrimônio era transferido para outras empresas do mesmo grupo, com o objetivo de esconder os bens. Esse tipo de fraude prejudica a justiça fiscal e a concorrência leal”, afirmou o coordenador de Inteligência da PGE-MT, procurador Wilmer Cysne Prado Vasconcelos Neto.

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O delegado titular da Delegacia Fazendária, Walter de Melo Fonseca Júnior, destacou que o grupo é considerado devedor contumaz. “Utilizava estruturas jurídicas para esconder patrimônio e evitar o cumprimento da lei. A atuação do Cira-MT mostra que o combate aos crimes contra a ordem tributária exige investigação financeira e enfrentamento de esquemas empresariais sofisticados. Esse resultado reforça o compromisso com a proteção do interesse público.”

A promotora de Justiça Anne Karine Louzich Hugueney Wiegert, Secretária-Geral do Cira-MT, destacou a relevância da atuação conjunta dos órgãos públicos no combate à sonegação fiscal. “Sem dúvida, essa estrutura de trabalho, por meio de um Comitê Interinstitucional, favorece a sinergia dos órgãos e instituições, e torna a recuperação de créditos fiscais de titularidade do Estado ainda mais eficaz. Nosso papel, enquanto comitê, é demonstrar que o Estado está preparado para enfrentar práticas que lesam os cofres públicos”, apontou.

O Cira-MT é formado por representantes do Ministério Público Estadual (MPE), Procuradoria-Geral do Estado (PGE), Controladoria-Geral do Estado (CGE), Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp/PJC-Defaz) e Secretaria de Fazenda (Sefaz). O Comitê atua no combate a grandes esquemas de sonegação fiscal e ocultação de patrimônio.

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